Parentes e amigos de Delcídio do Amaral (PT-MS) aconselharam o senador a negociar um acordo de delação premiada. Eles avaliam que esse seria o melhor caminho para tirar o petista da prisão ainda este ano.
Em conversas reservadas, o entorno mais próximo do senador considerou pequenas as chances de Delcídio conseguir um habeas corpus na Justiça após a divulgação da gravação feita por Bernardo Cerveró. Na conversa, Delcídio relata suposta pressão a ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) em busca de um habeas corpus para o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró.
A mulher de Delcídio, Maika, que visitaria o marido neste fim de semana na Superintendência da PF (Polícia Federal), em Brasília, para tratar do tema da delação premiada, era uma ferrenha defensora da estratégia e discutiu o assunto com o advogado do senador. Ela tem dito que o marido não pode pagar sozinho por erros cometidos pelo PT e pelo Planalto.
Na delação, Delcídio contaria o que sabe sobre o esquema de corrupção e desvios na Petrobras em troca de benefícios concedidos pela Justiça. No depoimento que prestou à PF, o parlamentar citou a presidenta Dilma Rousseff pelo menos três vezes. “A então ministra [de Minas e Energia no governo Lula] Dilma já conhecia Nestor Cerveró desde a época em que ela atuou como secretária de Energia no governo Olívio Dutra, no Rio Grande do Sul”, afirmou.
Fonte: Agência Estad0 (AE)