Sem aumento real não tem acordo. É a resposta dos bancários à Fenaban

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Os bancos mais uma vez desrespeitaram os bancários e se recusaram a apresentar uma nova proposta na oitava rodada de negociação com o Comando Nacional, realizada em São Paulo nesta quinta-feira (15), décimo dia greve da categoria, que continua se fortalecendo em todo o país. Não foi marcada nova rodada de negociação. O Comando Nacional, formado pela Contraf-CUT, federações e sindicatos, orienta os bancários a ampliarem a greve em todo o país.

De acordo com levantamento da Contraf-CUT, 12.608 agências e 49 centros administrativos foram fechados nesta quinta-feira no Brasil inteiro, um aumento de 72% comparado ao dia anterior ou 70% de crescimento em relação ao primeiro dia da paralisação. Nas 12 bases sindicais da Federação Centro Norte (Fetec-CUT/CN), pararam 1.687 agências, 99% a mais que no dia 6. Com isso, já são 54% de todas as agências do país paralisadas.

Em Rondônia a greve continua ampliando as adesões, com 114 das 130 agências existentes no Estado fechadas nesta quinta-feira.

Pela segunda rodada consecutiva a Fenaban manteve a proposta apresentada no dia 9 de setembro, de reajuste de 7% (2,29 pontos percentuais abaixo da inflação) e abono de R$ 3.300 em parcela única, ignorando as reivindicações sobre preservação do emprego e da saúde, melhores condições de trabalho e combate às metas abusivas, mais segurança e igualdade de oportunidades.

“Não podemos admitir de forma alguma essa política dos banqueiros quererem reduzir nosso salário em troca de abono, pois sabemos que isso é uma estratégia altamente nociva aos trabalhadores, já que não incide sobre 13º, sobre férias, sobre FGTS e principalmente sobre a aposentadoria. Não vamos recuar na nossa proposta de ganho real e, novamente, vamos mostrar para os bancos que a greve está e vai ficar ainda mais forte diante de mais essa demonstração de intransigência e desrespeito com os bancários”, menciona José Pinheiro, presidente do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO) e membro do Comando Nacional dos Bancários.

ABONO É RETROCESSO

Segundo cálculo do Dieese, com a política de reajustes abaixo da inflação e concessão de abonos durante os dois governos FHC, de 1995 a 2002 os bancários tiveram perdas salariais de 4,60% nos bancos privados, de 33,53% no Banco do Brasil e de 37,38% na Caixa Econômica Federal.

Fonte: SEEB-RO

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