Santander continua fechado em Rondônia em protesto contra demissões

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As duas únicas agências do Santander em Rondônia, ambas localizadas no Centro de Porto Velho, continuam fechada em protesto contra às várias demissões promovidas neste ano. Nos últimos sete dias já foram demitidos mais dois funcionários e um outro pediu demissão por não suportar mais tanta pressão por parte da administração do banco espanhol.

Isso tem aumentado o clima de medo e incertezas entre os trabalhadores, especialmente aqueles que já possuem quase três décadas de dedicação ao banco, e que agora se tornaram alvos preferidos de desligamento para dar vagas a novos funcionários que, por sua vez, receberão salário inferior comparando com os que já fazem parte do quadro funcional, ou seja, o Santander está com intenções de por em prática a rotatividade que visa apenas o lucro em detrimento ao ser humano.

ENTENDA

Na manhã de ontem (22) o Santander demitiu mais um funcionário. Essa foi a segunda demissão sem justa causa promovida pelo Santander em menos de uma semana. Na última quarta-feira (17) um funcionário com mais de 27 anos trabalhando para o Banco Santander, foi sumariamente demitido logo que chegou ao local de trabalho, sem a menor justificativa e sem aviso prévio. Ainda ontem outro funcionário de carreira, da gerência administrativa, pediu demissão por não suportar mais a pressão e perseguição do banco.

Revoltados com os casos dos colegas, os bancários cruzaram os braços e juntamente com dirigentes do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO), fecharam as duas agências do Santander por tempo indeterminado, até que o banco entre em contato para discutir o caso e rever os desligamentos dos trabalhadores.

LUCROS VS PESSOA

Somente neste ano, já ocorreram oito demissões do Banco Santander em Rondônia, em um quadro funcional com um pouco mais de 50 pessoas nas duas agências do Estado.

O Santander lucrou no Brasil, apenas nos seis primeiros meses de 2016, R$ 3,466 bilhões (crescimento de 4,8% em relação ao mesmo período do ano passado), mas mesmo assim, cortou 1369 postos de trabalho, sendo 1.265 apenas neste último trimestre.

Fonte: SEEB

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