Magia, encantamento e ilusionismo na Amazônia marcam primeira noite em Parintins

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Com o bumbódromo lotado, o boi Garantido abriu a primeira noite da 52ª edição do Festival Folclórico de Parintins. A apresentação começou pontualmente às 21h30 de sexta-feira (30) e apresentou o tema Magia e Fascínio no Coração da Amazônia.

De um grande coração que se abriu no meio da arena, o boi vermelho apareceu agitando a galera, como é chamada a torcida. Nesse primeiro dia, o Garantido quis mostrar a criação da Amazônia e o encanto que isso gera nas pessoas. Uma grande floresta encantada foi retratada em uma alegoria que chamou a atenção pela mobilidade e expressões faciais.

Vários momentos da festa emocionaram o público. Para a aposentada Néia Macedo, moradora de Brasília e apaixonada pelo boi vermelho, o que mais toca é a alegria da torcida. “Eu gosto muito do ritual indígena, mas de verdade, eu acho a galera tudo de lindo. Eles enfrentam fila desde cinco da manhã, tem força para gritar, para pular. Eu acho muito lindo”, disse a torcedora.

Já a manauara Maira Dias conta que o momento preferido do show foi a encenação da lenda que deu origem ao festival. “É o auto do boi porque conta a história do boi e sempre emociona a gente”, explicou.

O primeiro dia do Festival de Parintins contou com a presença do ministro do Turismo, Marx Beltrão, que conversou com a imprensa no intervalo entre as apresentações. Ele ressaltou a grandeza da festa e informou que a cidade amazonense será promovida no restante do país como destino cultural e turístico.

“Nós vamos levar a imagem de Parintins e divulgar todo esse festival pelo Brasil inteiro para que todas as regiões do país, cada estado, conheça cada vez mais esse festival e cada ano possa trazer mais turistas para cá. Assim como vamos levar também todas as imagens daqui, desse belíssimo festival que é impressionante para todos os países que nós fazemos promoção através da Embratur para que todos os anos turistas internacionais também venham conhecer a cidade de Parintins”, destacou o ministro.

Boi Caprichoso

O boi Caprichoso entrou na Arena quase uma hora da madrugada com o tema a Poética do Imaginário Caboclo. Com uma alegoria gigantesca, o boi azul apresentou as influências da cultura caboclae o encontro de diversos povos. O “Cine Teatro Brasil de Parintins” foi representando na Arena pelo artista Glaucivan Silva e homenageou o cineasta Silvino Santos.

O Caprichoso também chamou a atenção do público com números de ilusionismo, resultado de uma parceria com um dos maiores ilusionistas do país Issao Imamura. “A gente quer mostrar que o folclore, quando contado em uma história, é uma história mágica. Então o ilusionismo tem tudo a ver para ilustrar essa magia que a gente tem em relação ao folclore brasileiro”, explicou Imamura.

A novidade agradou Mateus Sabá, que é torcedor do Caprichoso desde criança. Ele lembra, entretanto, que a tradição não deve ser esquecida. “Com toda essa tecnologia a arte precisa acompanhar tudo isso. Uma manifestação artística que é tão tradicional colocar essas inovações no espetáculo é muito legal porque acompanha as tendências. É importante ter cuidado de nunca perder a tradição para que a gente reconheça o espetáculo e a história”, ressaltou.

A primeira noite do festival folclórico de parintins 2017 encerrou depois das três horas da madrugada. A festa continuou ontem (1º)  com outras lindas apresentações, e encerra neste domingo (2).

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