Greve dos bancários chega ao seu 14º dia

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Nesta segunda feira (19), a greve nacional dos bancários completa 14 dias com mais de 12.600 agências e centros administrativos fechados em todo o país, e com mais de 87% de adesão em Rondônia.

Na ultima sexta feira (16) aconteceu mais uma rodada de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), a tendência é que a paralisação cresça ainda mais.

E todo este cenário que traz transtornos à população em geral é culpa pura e simplesmente dos banqueiros, que insistem em desrespeitar e desvalorizar os trabalhadores com a provocativa oferta de 7% de reajuste nos salários, na PLR e nos auxílios refeição, alimentação creche (2,39% abaixo da inflação) e abono de R$ 3.300,00 (pago em parcela única e que não incide nas férias, 13º salário, FGTS, vales, auxílios e previdência) durante a oitava rodada de negociação ocorrida na quinta-feira (15), em São Paulo.

Isso sem mencionar que os representantes patronais viram completamente as costas para as demais reivindicações dos bancários, como saúde, condições de trabalho, segurança, igualdade de oportunidades e garantia de emprego

“Essa postura de intransigência dos banqueiros, de não querer oferecer índices decentes e atender a pontos importantes da nossa pauta de reivindicações, nos obrigam a continuar e ampliar a greve, pois é a nossa única forma de lutar pelo que queremos. Fazemos greve porque é a nossa única alternativa e, obviamente, a culpa da greve é exatamente dos bancos, que só pensam em lucrar a todo o custo e estão desprezando completamente os seus funcionários, os verdadeiros responsáveis por estes lucros sucessivos. E dito isso, só podemos pedir que a população em geral, afetada pela greve, compreenda a nossa luta e nos apóie contra essa política brutal do sistema financeiro de massacrar milhares de pais e mães de família que trabalham nos bancos, por isso mesmo uma de nossas bandeiras de luta é a contratação de mais bancários para minimizar a pressão sobre os atuais funcionários e claro, melhorar o atendimento ao cliente e usuário”, destacou Euryale Brasil, secretário geral do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia.

AS PRINCIPAIS REIVINDICAÇÕES DOS BANCÁRIOS

* Reajuste salarial de 14,78%, o que significa 5% de aumento real acima da inflação.

* PLR de três salários mais R$ 8.317,90 fixos para todos.

* Piso salarial de R$ 3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).

* Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$ 880,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

* Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.

* Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.

* Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

* Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.

* Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, como determina a legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.

* Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transsexuais e pessoas com deficiência (PCDs).

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