Gaúcha Marthina Brandt é eleita a Miss Brasil 2015

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A Miss Rio Grande do Sul, Marthina Brandt, foi eleita Miss Brasil 2015, em cerimônia realizada na noite desta quarta-feira em São Paulo. A gaúcha de 23 anos desbancou as misses Santa Catarina (2º lugar) e São Paulo (3º) na grande final. Com a vitória de Marthina, o Rio Grande do Sul se consolida como o maior vencedor do concurso, com 13 títulos no total. Minas Gerais vem em seguida, com oito vitórias. A Miss Pernambuco, Sayonara Veras, entrou no Top 15 de favoritas, mas não conseguiu ficar entre as 10 semifinalistas.
Marthina Brandt é estudante de direito e representou o município de Bom Princípio no concurso de Miss Rio Grande do Sul, realizado em junho. Ela deixou para trás as outras concorrentes nesta 61ª edição do Miss Brasil ao mostrar maior desenvoltura ao responder a pergunta do jurado Paulo Borges, criador do São Paulo Fashion Week, sobre as três principais características da mulher contemporânea.

martinaCom um ritmo mais ágil que em edições anteriores, a cerimônia começou com uma bela coreografia das 27 candidatas, em trajes casuais. Vídeos mostraram também como foram os ensaios e seletivas das beldades antes da grande noite. A festa foi apresentada pela modelo Mariana Weickert e o ator Cássio Reis. Apesar de alguns erros de concordância e gaguejar pelo nervosismo, Mariana provou que consegue desenrolar uma atração ao vivo. O grupo vocal Cluster Sisters (que ficou conhecido no reality SuperStars) foi a atração musical da noite.
Além da coroa e do direito de representar o Brasil no Miss Universo 2015 – que está previsto para ser realizado no dia 20 de dezembro, em Las Vegas (EUA) -, Marthina faturou uma viagem para Istambul (Turquia) e um carro zero quilômetro.

Fonte: Zero Hora

“Se profeta Maomé estivesse vivo, ele seria feminista”, diz líder muçulmano

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Para Carlos Meneses, diretor do Centro Cultural Imam Hussein, no Rio de Janeiro, não há fundamentos na religião muçulmana que justifiquem discriminação das mulheres e violência jihadista: ‘isso é anti-islâmico’.

Desde os atentados às Torres Gêmeas, nos Estados Unidos, a religião mulçumana, também chamada de islã, é alvo de preconceito e discriminação. É comum as pessoas associarem seus praticantes ao terrorismo.

No entanto, o líder mulçumano Carlos Meneses, diretor do Centro Cultural Imam Hussein, no Rio de Janeiro, esclarece que essas pessoas que usam o Islã para justificar ações violentas não conhecem os verdadeiros ensinamentos do profeta Maomé.Maomé2

“Pessoas matam e degolam em nome de Deus, mas não tem nada de religioso nisso. Isso é anti-islâmico”, destaca Carlos Meneses. Sobre os grupos terroristas que atuam na Síria e no Iraque, o religioso afirma que não há fundamentos religiosos que justifiquem a violência praticada por eles.

“O nome é Estado Islâmico, mas de islâmico não tem nada. Lá no alcorão está escrito que a guerra não é coisa de Deus. Vejo o Estado Islâmico muito mais como um movimento político organizado. Existe um interesse econômico muito grande naquela região”, afirma Carlos Meneses.Muçulmano 1

Busca religiosa

Engenheiro de formação, Carlos é brasileiro, estudou a vida inteira em escolas católicas e converteu-se ao islamismo xiita ainda bem jovem. A religião sempre esteve presente em sua vida de alguma maneira. E a escolha pelo islã não foi por acaso.

“Sempre senti a necessidade de acreditar em algo. Toda essa criação à nossa volta tem um sentido. Não é possível que a gente esteja aqui só para viver e morrer. O islã me chamou a atenção porque ele não nos afasta da ciência”, explica o religioso. Em várias partes do alcorão há referências ao conhecimento científico.

Para esclarecer essas e outras questões sobre o islã, Carlos e outros praticantes fundaram o Centro Cultural. Lá são realizadas palestras e rodas de conversas sobre a religião e a sua história.

NOVA AMEAÇA

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Samarco admite risco de rompimento nas barragens Santarém e Germano – As duas apresentam danos após colapso da barragem do Fundão. – Segundo diretor da mineradora, são feitas obras emergenciais.

Do G1 MG, com informações do Jornal Hoje

Representantes da mineradora Samarco, cujos donos são a Vale e a anglo-australiana BHP, admitiram que há risco de rompimento nas barragens de Santarém e Germano – que ficam perto da que se rompeu no dia 5 de novembro, em Mariana, na Região Central de Minas Gerais.

Nesta terça-feira (17), o diretor de operações e infraestrutura da Samarco, Kléber Terra, disse em entrevista coletiva que o fator de segurança na barragem de Santarém é de 1,37 numa escala de 0 a 2, o que significaria uma estabilidade de 37%.

Na de Germano, o diretor afirmou que o dique Selinha – que é uma das estruturas – tem índice de 1,22, o menor em todo o complexo. A Samarco já havia informado que o fator de 1,00 significa que a estrutura está no seu limite de equilíbrio.

Barragem Germano é monitorada após rompimento das barragens do Fundão e Samtarém em Mariana, na Região Central de Minas (Foto: Reprodução/TV Globo)Barragem Germano é monitorada após rompimento da barragem do Fundão, em Mariana, na Região Central de Minas (Foto: Reprodução/TV Globo)

Ainda segundo Terra, estão sendo feitas obras emergenciais nas duas barragens. O diretor explica que blocos de rocha estão sendo colocados de cima para baixo, para reforçar a estrutura. Este procedimento deve durar cerca de 45 dias na barragem de Germano. Na de Santarém, as obras têm um prazo de 90 dias.

 

DESASTRE AMBIENTAL – Barragem se rompe em Mariana, MG

Danos na barragem de Santarém
Nesta segunda-feira (16), a Samarco afirmou que, diferentemente do que havia informado no dia 5 de novembro, quando disse que duas barragens entraram em colapso, a barragem do Fundão foi a única a se romper.

Segundo a mineradora, houve “galgamento” na barragem de Santarém, ou seja, ela transbordou com os rejeitos da barragem de Fundão, mas “o maciço remanescente está íntegro mesmo estando parcialmente erodido”.

O engenheiro especialista em barragens Joaquim Pimenta de Ávila explicou ao G1 que isto significa que Santarém está com capacidade menor de retenção porque está mais baixa. “Ela não se rompeu. Para falar que houve rompimento teria que ter levado tudo. Tem muito rejeito lá ainda. Está cheio de lama”, disse. O engenheiro falou que sobrevoou as barragens.

Nesta segunda-feira, a mineradora havia afirmado que uma intervenção definitiva para reparar os danos está na etapa de estudos de engenharia para escolha da melhor alternativa.

A terceira barragem do complexo, a Germano, tem trincas decorrentes do rompimento da barragem de Fundão, conforme a Samarco. “A estrutura principal da barragem de Germano está preservada. As estruturas auxiliares e as trincas observadas, decorrentes do rebaixamento do reservatório de Fundão, estão sendo monitoradas de maneira intensa e permanente”.

O Fantástico obteve, junto ao Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, imagens das rachaduras em Germano, veja abaixo:

Trinca na barragem de Germano, na Região Central de Minas (Foto: Reprodução/Fantástico)Trinca na barragem de Germano, na Região Central de Minas (Foto: Corpo de Bombeiros/Reprodução/Fantástico)
Parte do degrau da barragem Germano, em Minas, cedeu após o colapso da barragem do Fundão (Foto: Corpo de Bombeiros/Reprodução/Fantástico)Parte do degrau da barragem Germano, em Minas, cedeu após o colapso da barragem do Fundão (Foto: Corpo de Bombeiros/Reprodução/Fantástico)

Segundo a mineradora, as obras de emergência para prevenir o rompimento de Germano e de Santarém já foram iniciadas.

“Todas as estruturas estão sendo monitoradas em tempo real por meio de radares, e inspeções diárias são realizadas pela equipe técnica da empresa. Além disso, estão sendo utilizados drones, escaneamento a laser e a instrumentação geotécnica existente para a avaliação técnica, sendo que para a barragem de Germano, as leituras são automatizadas com aquisição de dados online”, diz o comunicado.

Mortes e devastação do ambiente
No dia 5 de novembro, a barragem de Fundão se rompeu provocando um “tsunami” de lama que destruiu o distrito de Bento Rodrigues e varreu outros distritos da região central de Minas Gerais.

A lama atingiu o Rio Doce, provocando a morte de peixes e prejudicando o abastecimento de água em cidades banhadas pelo rio. Até a tarde desta segunda-feira, 12 pessoas seguiam desaparecidas, sendo nove funcionários da Samarco e três moradores de Bento Rodrigues.

Quatro corpos aguardavam identificação. Sete mortos na tragédia já foram identificados.

Entre mitos e fatos: Confissões de um jovem ativista

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Recentemente, assisti a uma audiência da Câmara em que estavam presentes o pastor Silas Malafaia, o deputado Marco Feliciano (PSC-SP), o ativista de direitos LGBT Toni Reis e a admirável deputada Erika Kokay (PT-DF). E sinceramente, tive muitas dificuldades para discernir se estava assistindo a uma audiência pública séria numa das mais importantes casas legislativas do mundo.

O que se apresentava ali era um festival de aberrações: indecoro, chamamentos nada agradáveis e incapacidade de se manter um tom que permitisse ao mesmo tempo o debate de idéias e o sarcasmo fino esperado de recintos como aquele. Parecia muito mais uma daquelas brigas de sala de aula que aconteciam quando ainda estávamos no Ensino Fundamental.

“Se você acha que pode falar isso de mim e sair ileso está muito enganado!”, disse Joãozinho, ao que todos gritavam “Uhhhhh! Ahhhh! Dá nele! Dá nele!”.

E logo começavam os elogios dos tolos: “Esse João é um mito. Ele dá na cara. Ele me representa”.

Eu nunca escolhi ser como o Joãozinho, ou o Pedrinho que o desafiava. Sempre vi esse tipo de situação como desgastante, enfadonha e “uma perda de tempo”.

Ao invés disso, tornava-me para os livros e me preocupava um pouco mais com as provas e trabalhos. Para mim, não existiam mitos, mas apenas pessoas reais. Umas muito infantis, outras nem tanto – e eu tentava fazer o possível para ser parte do segundo grupo.

O dicionário Michaelis define mito como:

1 Fábula que relata a história dos deuses, semideuses e heróis da Antiguidade pagã. 2 Interpretação primitiva e ingênua do mundo e de sua origem. (…) 5 Coisa inacreditável. 6 Enigma. 7 Utopia.

E a política não está livre deles: criamos heróis de contos de fadas que defenderão os pobres (Lula), o Brasil de bem (Aécio), o macho alfa heterossexual (Bolsonaro), e, mais recentemente, a centro-esquerda órfã (Ciro Gomes).

Mitos são criados por pessoas por palavras e passados adiante por palavras. Ganham força nas palavras, mas são apenas isso: palavras. Palavras de uma fábula.

Sem as palavras, tornam-se unicamente histórias fictícias de quem tem muito pouco a oferecer.

Sem seus cargos, seus partidos, seus apoiadores e sem os inconsequentes que batem palma e gritam “Uhhhhhh, ahhhhh”, os Joõezinhos e Pedrinhos briguentos voltam a ser apenas o que eram: um livro mal escrito, um coração nada valente e uma vida que só encontra sentido, força e prestígio nos valentões que a suportam, à esquerda ou à direita.

São os bullies da vida que vazam para a política a velha política: bruta, grosseira, violenta e mesquinha, mais preocupada com a fama pessoal e com os golpes rasteiros do que com o bem do País.

Prefiro não trabalhar com mitos na política. Mitos políticos são seres que inventamos para satisfazer nossa necessidade por pão e circo: entretenimento gerado a partir de algo que não foi criado para entreter.

Na política, prefiro olhar para pessoas de verdade e aquilo que elas têm a oferecer além de público e palavras.

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Prefiro quem enfrentou todas as adversidades para se alfabetizar aos 16 anos de idade.
Prefiro quem continuou estudando e expandindo os limites do seu conhecimento.
Prefiro quem enfrentou os jagunços na defesa da floresta e das populações ribeirinhas.
Prefiro quem dedicou a vida para preservar o patrimônio ecológico do planeta.
Prefiro quem recebeu a maior premiação da ONU na área ambiental.
Prefiro quem foi considerada pelo jornal The Guardian como uma das 50 pessoas capazes de salvar o planeta.
Prefiro quem recebeu o Prêmio Goldman do Meio Ambiente.
Prefiro quem recebeu das mãos do príncipe Philip da Inglaterra a medalha Duque de Edimburgo, em reconhecimento à sua trajetória e luta em defesa da Floresta Amazônica.
Prefiro quem recebeu o prêmio norueguês Sophie da Sophie Foundation por sua luta em defesa da amazônia brasileira.
Prefiro quem recebeu da Fundação Príncipe Albert 2º de Mônaco o Prêmio sobre Mudanças Climáticas.
Prefiro quem foi escolhida para carregar a bandeira olímpica na abertura dos Jogos Olímpicos de Londres, junto a ganhadores do prêmio Nobel.
Prefiro quem, ainda neste ano de 2015, recebeu na Universidade de Harvard a homenagem e o reconhecimento por sua vida e obra.
Prefiro quem não mentiu na eleições, mas foi sincera sobre o que precisava ser feito.
Prefiro quem apresentou um programa completo desde o começo, construído com a sociedade civil. 244 páginas de programa que, infelizmente, não receberam a devida atenção, senão dos marqueteiros inescrupulosos.
Prefiro quem não foi citada em nenhum ponto da Lava-Jato.
Prefiro quem, mesmo depois de ter recebido inúmeras pedradas durante a campanha eleitoral, preferiu não jogar lenha na fogueira do impeachment de forma inconsequente.
Prefiro quem, mesmo depois da fama, nunca deixou as populações indígenas do Brasil a sua própria sorte.
Prefiro quem não se furtou das decisões difíceis que se colocaram à mesa quando o risco de uma “década perdida” estava em jogo, mesmo que isso significasse um sacrifício pessoal.
Prefiro quem, no lugar do embate violento, optou pelo diálogo paciente e o debate respeitoso.

Entre mitos, lendas e utopias dessa política brasileira, prefiro a realidade possível queMarina Silva tem a oferecer. Sem heróis salvadores da pátria. Sem “Uhhhhh”. Sem “Ahhh”. Sem bullies valentões com os olhos destilando ódio. Sem o incentivo à guerra virtual rasa e emburrecedora que tomou conta do debate político nacional.

É apenas realidade. Construída coletivamente, com diálogo e respeito.

E isso me basta.

Favoritar – Engenheiro, ativista da Rede Sustentabilidade

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