Cruzando avenidas e enfrentando o trânsito pesado das manhãs na capital do País, Dilma pedala nos arredores do Palácio da Alvorada e se mistura a outros ciclistas

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Quem acompanha a rotina de exercícios matinais da presidenta Dilma Rousseff pelos arredores do Palácio da Alvorada, sua residência oficial em Brasília, já presenciou alguns momentos de tensão. Desde maio, Dilma se aventura por ruas e avenidas movimentadas da capital federal e se mistura ao trânsito pesado da manhã, quando sai acompanhada de perto por três seguranças. Ela atravessa avenidas e passa por trechos mais acidentados.

Em média, Dilma pedala 45 minutos por dia. Em uma festa, em agosto do ano passado, contou que faz 12 quilômetros por dia e que ainda tem disposição para nadar na piscina do Alvorada e fazer musculação na academia da residência oficial.

Nas ruas, de capacete e luvas, Dilma não deixa de acenar para quem a reconhece, já que se exercita no mesmo horário de muitos ciclistas. Durante o percurso, que muda constantemente, os seguranças, que seguem também de bicicleta, criam uma espécie de bloqueio para a proteger. Porém, em alguns momentos, um verdadeiro comboio de carros se forma atrás do grupo e não é incomum ver motoristas curiosos com a cena enquanto ultrapassam pela contramão.

Durante o ano passado, fotógrafos e cinegrafistas que acompanham de perto a rotina da presidenta testemunharam algumas situações em que acharam que acidentes seriam inevitáveis. E, em setembro, durante um de seus passeios, Dilma parou para ajudar um ciclista que havia caído depois de desviar de um cachorro. Ao lado dele – que não sofreu graves ferimentos –, a presidenta esperou a chegada do socorro médico e dos bombeiros e conversou com outros ciclistas, que pediram a liberação do autódromo de Brasília para que possam pedalar.

Apesar do risco iminente quando se pedala em meio ao trânsito, para Paulo César Marques, professor de Engenharia de Tráfego da Universidade de Brasília, andar de bicicleta na cidade é uma situação absolutamente normal, uma vez que as mesmas regras se aplicam a ciclistas e aos automóveis.

Marques também não acredita em penalidades que Dilma poderia ter por conta de algumas de suas manobras: “Não há menção no código de trânsito sobre aplicação de multas a veículos não motores, como bicicletas por exemplo. Além disso, o potencial ofensivo de um ciclista é muito menor do que um motorista”.
Acostumados aos corredores dos ministérios, fotógrafos e cinegrafistas passaram a dar plantão nas primeiras horas do dia em frente ao Palácio da Alvorada para acompanhar Dilma.

Situações arriscadas.

“A presidenta deixou a segurança do Alvorada e passou a se aventurar pela vizinhança, em ruas e avenidas muito movimentadas no horário do rush da manhã. Em certos momentos ficamos com receio, há muitos caminhões e, no meio desse trânsito pesado, a presidenta da República pedalando. Já presenciamos algumas situações bem arriscadas”, conta o fotógrafo André Coelho. “A presidenta é sempre cordial e educada. Todas as vezes que sai e retorna ao Alvorada ela nos cumprimenta com um ‘bom dia’. Da nossa parte procuramos fazer o mesmo e manter uma distância segura, sem sermos invasivos. Afinal, ela está em um momento de lazer.”

Uso de simulador passa a ser obrigatório nas autoescolas neste ano

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A partir deste ano é obrigatório o uso do simulador de direção veicular nas autoescolas para quem vai tirar carteira de motorista e dirigir carros de passeio, na categoria B. Resolução do Contran (Conselho Nacional de Trânsito), publicada em julho do ano passado, deu prazo até o dia 31 de dezembro de 2015 para que a exigência fosse implantada.

Os motoristas que vão adicionar à habilitação a categoria B também devem ter aulas no simulador. O candidato que for tirar a primeira habilitação terá que fazer, no mínimo, 25 horas de aula prática. Do total, 20 horas em veículo de aprendizagem, sendo quatro horas no período noturno. As demais cinco horas serão feitas no simulador de direção, sendo uma hora com conteúdo noturno. Quem já tem carteira de motorista e vai adicionar a categoria B faz 20 horas de aula, sendo cinco no simulador.

No aparelho, os alunos têm reproduzidas situações como ultrapassagem, mudança de faixa, direção com chuva e manobra em marcha à ré. De acordo com o Contran, em uma segunda etapa será obrigatório o uso do simulador para quem dirigir veículos comerciais, caminhões, ônibus e motos.

A obrigatoriedade de aulas no simulador de direção veicular foi prevista, inicialmente, pelo Contran, e depois suspensa. Em fevereiro de 2014, donos de autoescolas protestaram nas proximidades do Congresso Nacional contra o uso de simuladores. (Abr)

Brasil é o País mais atingido por raios: são 50 milhões por ano

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O Brasil é o local mais atingido por raios no mundo: são 50 milhões por ano. E muitos casos são registrados em praias. Esse fenômeno tem causado mortes no País. No dia 1, um turista que estava em Angra dos Reis, no Litoral Sul do Estado do Rio de Janeiro, morreu depois de receber uma descarga elétrica na beira da praia.

Um especialista explicou que tantos raios caem por aqui por causa da extensão do País e, principalmente, em função do clima tropical, que ajuda na formação de tempestades. De acordo com o último levantamento do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), 1.789 pessoas morreram no Brasil nos últimos 15 anos. Cinco em cada cem casos acontecem na praia. A instituição prevê um aumento de pelo menos 20% na quantidade de raios no Brasil neste verão, em decorrência do El Niño, que muda a circulação do ar no planeta e provoca seca em um canto e aumenta as tempestades no outro.

“Não se deve ir para a água, porque geralmente você é o ponto mais alto. Estando na praia, a melhor coisa para buscar proteção é um carro fechado, porque dentro de um carro de metal você estará protegido, ou um estabelecimento totalmente fechado”, disse o especialista em raios Jeferson Alves.

O fenômeno também é registrado no campo e na cidade. Dentro de casa igualmente é preciso ter cuidado. Nesse caso, o perigo está em usar aparelhos ligados na tomada, como computador.

Dilma sanciona LDO 2016 mas veta reajuste do Bolsa Família

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A presidente Dilma Rousseff sancionou com vetos a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2016. O texto foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União de 31 de dezembro e traz, entre os vetos, dispositivo que previa reajuste para os beneficiários do Bolsa Família. A LDO contém parâmetros e estimativas que orientam a elaboração do Orçamento deste ano.

De acordo com a proposta aprovada pelo Congresso Nacional, a correção do benefício para todas as famílias seria medida de acordo com a inflação acumulada de maio de 2014 a dezembro de 2015. Ao vetar o trecho da lei, a presidenta Dilma Rousseff justificou que o reajuste não está previsto no projeto de Lei Orçamentária de 2016, que já foi aprovado pelos parlamentares e deve ser sancionado por ela nos próximos dias.

Mudanças estruturais

“Assim, se sancionado, o reajuste proposto, por não ser compatível com o espaço orçamentário, implicaria necessariamente o desligamento de beneficiários do Programa Bolsa Família”, afirmou a presidente, em mensagem com justificativas dos vetos enviada ao Congresso.

Segundo Dilma, o Bolsa Família passa por aperfeiçoamentos e mudanças estruturais e, caso esse “reajuste amplo” não fosse vetado, prejudicaria famílias em situação de extrema pobreza que recebem o benefício de forma não-linear, em valores distintos.

Outro ponto vetado exigia que a União reservasse um valor mínimo para ações e serviços públicos de saúde, seguindo uma regra que leva em conta a variação do Produto Interno Bruto (PIB) do ano anterior. De acordo com a mensagem presidencial, a Constituição Federal já prevê, com base na emenda 86, um valor mínimo de aplicação no setor.

A destinação de recursos por parte da União não pode ser inferior a 15% da receita corrente líquida do exercício financeiro em questão. Conforme a justificativa do veto, caso esse valor fosse diferente poderia haver uma “insegurança jurídica” que prejudicaria as ações na área.

Embrapa

A presidente também decidiu impedir a vigência do dispositivo que ampliava a relação de despesas que não poderiam ter empenhos limitados. Desde 2011, o governo aplica contingenciamento dos recursos de gastos não obrigatórios, visando alcançar a meta de superávit fiscal, que é a economia que o país faz para pagar os juros da dívida pública.

Os parlamentares incluíram dentre as despesas que seriam liberadas desse bloqueio os gastos com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), com programas de respostas a desastres naturais, com emendas individuais, além de gastos com oferta de água, reabilitação de barragens, enfrentamento da violência contra a mulher e com os fundos Nacional de Segurança Pública e Penitenciário Nacional.

Ao justificar o veto, Dilma esclareceu que “a exclusão de quaisquer dotações orçamentárias do cálculo da base contingenciável traz maior rigidez para o gerenciamento das finanças públicas, especialmente no tocante ao alcance da meta de superávit primário. Além disso, à medida que se reduzem, nessa base, as despesas discricionárias do Poder Executivo, aumenta proporcionalmente a participação dos poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público da União e da Defensoria Pública da União na limitação de empenho, o que poderá prejudicar o desempenho de suas funções, uma vez que, de forma geral, suas dotações se destinam ao custeio de ações administrativas”.

O financiamento e o empréstimo, por parte do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, para obras e demais investimentos no exterior, que haviam sido proibidos pelo projeto da LDO 2016, também foram vetados pela presidente.

Conforme Dilma Rousseff, a medida poderia reduzir a competitividade de empresas exportadoras brasileiras com relação a concorrentes internacionais que “contam com o apoio de instituições públicas dos seus respectivos países”. “O financiamento está vinculado estritamente às exportações e não há, em nenhuma hipótese, remessa de recursos ao exterior”, explicou também.

Fonte: Agência Brasil / Paulo Victor Chagas

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