Fachin envia à PGR pedido para apurar se Janot descumpriu delação da JBS

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin enviou ontem (5) à Procuradoria-Geral da República (PGR) pedido feito pela defesa do empresário Joesley Batista para que seja apurado se o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot violou cláusulas de sigilo do acordo de delação da JBS.

A defesa do empresário pretende que o caso seja analisado pela nova procuradora-geral, Raquel Dodge. Os advogados afirmam que Janot quebrou cláusula de sigilo do acordo ao convocar, no mês passado, a imprensa para declarar que abriu investigação para apurar a suposta omissão de informações por Joesley e pelo ex-diretor do grupo J&F Ricardo Saud. Segundo a defesa, o ex-procurador repassou à imprensa dados confidenciais da colaboração.

No mês passado, Fachin decretou a prisão de Joesley Batista a pedido de Rodrigo Janot. Para sustentar o novo pedido, Janot informou ao ministro que decidiu anular a imunidade penal que foi concedida por ele a Joesley e Saud por ter concluído que os acusados omitiram informações da PGR durante o processo de assinatura do acordo de delação premiada.

Fonte> EBC

Barroso autoriza depoimento de Temer em inquérito sobre decreto dos portos

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso autorizou no final da tarde de ontem (5) o depoimento por escrito do presidente Michel Temer no inquérito aberto pela Corte para investigar o suposto favorecimento da empresa Rodrimar S/A por meio da edição do chamado Decreto dos Portos (Decreto 9.048/2017).

“Assim, mesmo figurando o senhor presidente na condição de investigado em inquérito policial, seja-lhe facultado indicar data e local onde queira ser ouvido pela autoridade policial, bem como informar se prefere encaminhar por escrito sua manifestação, assegurado, ainda, seu direito constitucional de se manter em silêncio”, decidiu o ministro.

Neste inquérito, Temer é investigado pelo suposto favorecimento ilegal da empresa Rodrimar por meio da edição, em maio deste ano, do chamado Decreto dos Portos. Em troca, haveria o pagamento de propina. O negócio teria sido intermediado pelo ex-assessor especial da Presidência Rodrigo Rocha Loures.

Na mesma decisão, Barroso também autorizou a obtenção de eventuais registros de doações eleitorais pela empresa e a oitiva dos demais investigados no processo. Também são investigados no inquérito Rodrigo Rocha Loures, além dos empresários Ricardo Conrado Mesquita e Antônio Celso Grecco, ambos ligados à empresa. Todos são investigados por suspeitas dos crimes de corrupção ativa, passiva e lavagem de dinheiro.

Após a abertura do inquérito, a Rodrimar declarou que nunca recebeu qualquer privilégio do Poder Público.  Ainda segundo a Rodrimar, o “Decreto dos Portos” atendeu, sim, a uma reivindicação de todo o setor de terminais portuários do país. “Ressalte-se que não foi uma reivindicação da Rodrimar, mas de todo o setor. Os pleitos, no entanto, não foram totalmente contemplados no decreto, que abriu a possibilidade de regularizar a situação de cerca de uma centena de concessões em todo o país”.

Em nota, o Palácio do Planalto afirmou que o Decreto dos Portos foi assinado após “longo processo de negociação” entre o governo e o setor portuário e informou que o presidente irá prestar todos os esclarecimentos necessários.

O pedido de abertura de investigação foi feito pelo ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot.  No início desta semana, a atual procuradora-geral da República, Raquel Dodge, solicitou autorização do STF para que Temer pudesse ser ouvido, atitude que foi elogiada pelo presidente.  A procuradora pediu prazo de 60 dias para a conclusão do inquérito.

Câncer: 57% dos remédios não elevam qualidade de vida, diz estudo

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Mais da metade dos novos remédios para tratamento de câncer entra no mercado europeusem evidências que comprovem seus benefícios para a qualidade e expectativa de vida, afirma um estudo divulgado nesta quinta-feira no British Medical Journal. Entre 2009 e 2013, 48 drogas foram aprovadas pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) para tratamento da doença em 68 situações diferentes. O novo estudo, conduzido por pesquisadores britânicos, revelou que 57% delas não apresentavam, na época, respostas satisfatórias em dois terços dos casos para os quais foram desenvolvidas, demostrando pouca evidência clínica de sua efetividade. Apenas 10% tiveram sua eficácia comprovada.

“É notável que tão poucas drogas contra o câncer entrem no mercado europeu com dados claros sobre os resultados que importam para os pacientes e seus médicos: maior sobrevivência e melhor qualidade de vida”, diz em comunicado um dos coautores do estudo, Huseyin Naci, professor de saúde pública da Escola de Economia de Londres, no Reino Unido. Segundo o pesquisador, o grande número de drogas ineficientes promovidas como “terapias revolucionárias” no mercado europeu pode levar a falsas esperanças para os pacientes e à exposição desnecessária às substâncias presentes nos remédios, além de ser um desperdício significativo de recursos importantes.

Além de avaliar os testes clínicos realizados na época em que os medicamentos foram aprovados, a equipe também acompanhou a taxa de sucesso dos tratamentos por uma média de cinco anos. Os pesquisadores descobriram que, mesmo depois desse período, quase metade dos medicamentos (49%) ainda não apresentava qualidade ou quantidade de benefícios suficientes para desenvolver tratamentos eficientes – e, mesmo para aqueles que demonstravam alguns resultados, os benefícios foram julgados clinicamente insignificantes em 50% dos casos.

“Um grande número de pessoas está sendo submetido a tratamentos para câncer e pouca informação nova está disponível para orientar os pacientes e seus clínicos quanto à eficácia dos medicamentos”, afirma o médico e cientista social Courtney Davis, um dos coautores do estudo e pesquisador do King’s College London, também no Reino Unido. “Quando medicamentos caros que carecem de evidências sólidas sobre seu benefício clínico são aprovados e reembolsados pelos sistemas de saúde públicos, pacientes individuais podem ser prejudicados e os fundos públicos desperdiçados.”

A equipe de pesquisadores contatou a Agência Europeia de Medicamentos solicitando que um controle mais rigoroso das drogas aprovadas para comercialização seja aplicado.

Fonte: msn.com

FALANDO A VERDADE 05/10/2017

Minutagem:
13’03’’ = STF negou pedido da Defensoria Pública para transferir chefões do tráfico para o RIO.
50’26’’ = Para tudo há limite, até para o STF.

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