Anúncio de Lula como ministro atrasa por causa de delação de Delcídio

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 Ex-presidente se reuniu, no Palácio da Alvorada, para afirmar pessoalmente a Dilma que aceitará cargo

Brasília – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva iria bater o martelo na noite desta terça-feira e aceitar o convite da presidente Dilma Rousseff para assumir a Secretaria de Governo. O anúncio sobre a ida de Lula para o ministério deveria ter ocorrido durante a terça-feira, mas acabou atrasado com a divulgação do inteiro teor da delação premiada do senador Delcídio do Amaral (MS).

Lula se reuniu nesta terça-feira, no Palácio da Alvorada, para afirmar pessoalmente a Dilma que aceitará o cargo de ministro-chefe da Secretaria de Governo no lugar de Ricardo Berzoini. “Ele (Lula) não veio até Brasília para dizer não à presidente. Se fosse para negar, poderia ter feito por telefone”, afirmou um ministro petista.

Nos últimos dias, a pressão de petistas para que Lula assuma um ministério se intensificou. A avaliação é que o ex-presidente é hoje o único capaz de barrar o processo de impeachment da presidente Dilma. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deve instalar amanhã a comissão especial que irá analisar o afastamento de Dilma da presidência.

Além disso, Lula terá direito a foro especial, caso assuma o ministério. Com isso, o petista não será mais investigado e julgado pelo juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato. Seu caso passará para o Supremo Tribunal Federal (STF).

“Ele (Lula) não vem para fugir da Justiça. A eventual presença dele (Lula) não se refere a blindagem criminal. Trata-se de uma pessoa que pode contribuir muito. Seria ofensivo (com o STF) dizer que ele esta sendo nomeado para ser blindado, até porque ministros estão submetidos ao foro do STF”, disse o ministro-chefe da Advocacia-geral da União, José Eduardo Cardozo.

Lula desembarcou em um hangar de Brasília por volta das 16h30, acompanhado de uma grande equipe de assessores, em um jatinho.

‘Dilma abdica de governo’

O retorno do ex-presidente Lula ao Palácio do Planalto como ministro da presidente Dilma Rousseff foi considerado ontem por integrantes da cúpula do PMDB, o fim do governo da petista. A avaliação corrente entre lideranças peemedebistas é de que Dilma está “abdicando” de seu governo ao trazer Lula para dentro de “casa”.

Dentro da cúpula do PMDB, não há consenso, porém, sobre qual poderá ser o impacto da atuação de Lula junto aos aliados. A expectativa é que, ao assumir o novo posto, o ex-presidente inicie um processo de reaglutinação, intensificando as conversas com as principais lideranças no Congresso.

O entendimento de parte do PMDB é que Lula até poderá trazer um “novo gás” para o governo e dessa forma “embaralhar” os avanços do processo de impeachment contra Dilma e o desembarque da legenda.

Nos cálculos do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, o processo de afastamento da presidente na Casa deve ser concluído nos próximos 45 dias.

 

Fonte: FOLHA

Delcídio afirma em delação que Furnas foi início do conflito entre Dilma e Cunha

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O acordão de delação premiada do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) traz mais uma informação-bomba para o cenário político já conturbado.

Segundo o depoimento do senador, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tinha “grande influência” na empresa Furnas, empresa de economia mista subsidiária da Eletrobras que também foi alvo de um esquema de corrupção. Ainda, Cunha pode ter se utilizado da sua força política para pressionar outras empresas a pagar propina, como a Sachin.

Em outra parte do depoimento, Delcídio afirmou que a presidente Dilma Roussef teve que “intervir” no quadro de direção de Furnas, que foi mudado há quatro anos para uma composição mais técnica, pois “a coisa passava da conta”.

Na visão do senador, apresentada na delação, a mudança da diretoria da empresa de energia foi o início do enfrentamento entre Dilma e Cunha, já que este ficou“contrariado com a retirada de seus aliados de dentro da companhia”.

A delação premiada de Delcídio do Amaral foi homologada nesta terça-feira (15) pelo ministro Teori Zavascki, relator da Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF).

Fonte: HUFFPOST

Policia Civil anuncia terceirização de alguns serviços, mas delegacia da Mulher 24h, ainda não

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Em um encontro para um café da manhã com os jornalistas de Porto Velho, nesta terça feira, 15, o diretor geral da Policia Civil, Elizeu Muller anunciou algumas medidas que fazem parte do Planejamento Estratégico 2016.

Para o delegado Muller, a situação da Policia Civil hoje em Rondônia não é boa. Em se tratando de estrutura, recursos, contingente, ele diz que é regular, mas está otimista.

 

Dentre as ações do Planejamento Estratégico, está a terceirização da emissão da Carteira de Identidade feita hoje pelo instituto de identificação da Policia Civil.Segundo o diretor da PC, esta medida deve melhorar e desafogar o serviço dos profissionais que executam esta tarefa, dando mais celeridade para o cidadão que não precisará ficar na fila desde a madrugada para tirar a RG.

O diretor anunciou algumas parcerias com instituições e universidades para os próximos dias e disse que quer a imprensa como amiga da Policia Civil. Sobre o relacionamento entre as policias Civil e Militar, disse que vai trabalhar pela união. “Não podemos ficar divorciados, senão não funciona”, alertou.

Perguntado sobre a Delegacia da Mulher, uma promessa de muito tempo para que funcione 24 hoas, o diretor, disse que ainda não será agora.

 

Fonte: Falando a Verdade /  Nara Vargas
Fotos: Divulgação

STJ mantém condenação do “japonês da Federal”

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O Superior Tribunal de Justiça decidiu manter, nesta segunda-feira (12), a condenação contra o policial Newton Hidenori Ishii, o “japonês da Federal”, e outros dois agentes, por corrupção passiva durante a Operação Sucuri, que investigou ações de contrabando em Foz do Iguaçu (PR).

Ishii chegou a ser preso em 2003 e condenado em 2009, mas continuou no serviço público enquanto o recurso não era julgado.

De acordo com as denúncias, os agentes da Polícia Federal simulavam a fiscalização em veículos em Foz. Em 2003, Ishii foi preso com outros 22 policiais, sete auditores da Receita e três policiais rodoviários federais.

Fonte: Jornal do Brasil

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