Por que trabalhar em casa pode ser bom para você e seu chefe

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Funcionários que trabalham em casa ou em outros locais remotos são mais felizes em seus empregos, e podem até trabalhar mais do que aqueles que passam o dia no escritório.

Isso é o que comprova nova pesquisa da Universidade de Cardiff, na Inglaterra.

No Reino Unido, por exemplo, onde os autores se basearam, a porcentagem de pessoas que trabalham em locais de trabalho tradicionais caiu de cerca de 75% em 2001 para 66% em 2012.

Já nos Estados Unidos, a participação das pessoas trabalhando meio ou período integral em casa cresceu de 20% em 2003 para 24% em 2015. Manchetes como “o escritório está morto” e “evite o deslocamento, fique em casa”, têm chamado cada vez mais a atenção. Para esmiuçar o tema mais a fundo, os pesquisadores revisaram diversos estudos e pesquisas anteriores com diversos trabalhadores para melhor evidenciarem os resultados.

Os empregadores, dizem os estudiosos, podem se beneficiar de os funcionários acordarem até mais cedo para começarem o trabalho de casa. De acordo com as pesquisas, trabalhadores remotos têm mais propensão a isso em relação aos que trabalham em escritórios.

O estudo diz ainda que 39% dos trabalhadores remotos afirmam que muitas vezes trabalham além das horas formais de seus empregos, contra apenas 24% dos trabalhadores de escritório. Os funcionários tendem a relatar maiores níveis de satisfação no trabalho, além de serem mais propensos a dizer que seu trabalho é bem mais agradável do que o de quem faz a mesma coisa em um ambiente de escritório.

Sobre cumprir as tarefas em tempo mais longo, ressaltaram os custos associados a isso. Entre o principal: “relatos de dificuldades significativamente altas em ‘desligar’ e saber o momento de relaxar’.  (Sim, é verdade que mesmo as pessoas com empregados de mesa tradicionais se preocupam com o trabalho quando não estão no escritório. Mas a pesquisa mostra que essas preocupações afetam uma porcentagem maior de trabalhadores remotos –, 44% contra apenas 36%).

Alan Felstead, co-autor e professor de pesquisa no curso de Ciências Sociais da universidade, diz que os trabalhadores remotos podem também se beneficiar encontrando maneiras de restabelecer as fronteiras entre o trabalho e o lar

Os autores acreditam que estudos maiores e mais longos devem ser feitos para determinar verdadeiramente as penúrias reais e os benefícios de se trabalhar em casa. Também apontam que, apesar das evidências existentes, algumas empresas ainda relataram experiências negativas sobre trabalho remoto.

Em 2013, por exemplo, o Yahoo proibiu o trabalho de casa porque “a velocidade e a qualidade do trabalho muitas vezes são prejudicadas”.

É necessário, no entanto, “pesar os contras”, escreveram os pesquisadores na revista New Technology, Work and Employment. Há desvantagens: pelo fato de os trabalhadores remotos trabalharem horas a mais eles  podem ter dificuldade em separar trabalho de vida pessoal e afazeres domésticos.

No geral, porém, os pesquisadores concluem que trabalhar remotamente parece ser “vantajoso para os empregadores e os funcionários”. E, embora o escritório ainda não esteja completamente morto, eles dizem que “o desapego do lugar de trabalho é, definitiva e inegavelmente, um aspecto importante de mudança da natureza do trabalho no século XXI”.

Fonte: com agências e revista Time

Campanha Internacional para a Abolição de Armas Nucleares ganha Nobel da Paz

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A Campanha Internacional para a Abolição das Armas Nucleares (ICAN, sigla em inglês) foi premiada, hoje (6), com o prêmio Nobel da Paz, anunciou o Comitê Nobel Norueguês, alertando sobre as “consequências humanitárias catastróficas” desses arsenais e pelos seus esforços para fazer um tratado que os proíbe. A informação é da agência EFE.

Esta união de associações que estende por 100 países foi uma “força motriz” e um “ator líder da sociedade civil” do movimento contra as armas nucleares e juntou esforços para “estigmatizar, proibir e eliminar” este tipo de armamento, diz a argumentação do prêmio.

O Comitê enfatizou o “sofrimento humano inaceitável” como um “argumento importante” para a proibição de armas e enfatizou que outras armas menos destrutivas, como as minas antipessoais, bombas de fragmentação e armas químicas e biológicas já foram proibidas por diferentes tratados.

O Nobel destacou que no dia 7 de julho deste ano, 122 países assinaram um tratado internacional contra a proliferação nuclear, mas lamentou que nenhum dos “países que têm armas nucleares, nem seus aliados” ratificaram, ainda que Estados Unidos, Rússia, Reino Unido, França e China tenham dado um primeiro passo neste sentido.

Este prêmio, acrescentou a decisão, é “também um apelo” a estes países para que iniciem “negociações sérias” para a eliminação das 15 mil “armas nucleares existentes em todo mundo”.

A ICAN sucede, no prêmio, o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, que foi homenageado pelos seus “decididos esforços” para levar a paz ao seu país, após 52 anos de conflito armado. A decisão foi anunciada dias após o “não” vencer no referendo colombiano sobre os acordos com a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

O anúncio deste ano foi a estreia da presidente do Comitê Nobel Norueguuês, Berit Reiss-Andersen, que assumiu o cargo após a morte de Kaci Kullmann Five, ex-líder conservadora norueguesa, em fevereiro deste ano.

O prêmio da Paz fecha os anúncios do Nobel esta semana, que foi aberto na última segunda-feira (2) com o de Medicina aos cientistas americanos Jeffrey C. Hall, Michael Rosbash e Michael W. Young, por descobrir os mecanismos do chamado relógio biológico.

Ontem (5) foi a vez da Literatura, que foi para o escritor britânico de origem japonesa Kazuo Ishiguro, reconhecendo a força “emocional” de seus romances. Na próxima segunda (9) será conhecido o vencedor do prêmio Nobel de Economia.

A entrega da premiação acontecerá no dia 10 de dezembro, aniversário da morte do fundador dos prêmios, Alfred Nobel, em uma dupla cerimônia na Câmara Municipal de Oslo, onde será entregue o da Paz, e no Konserthus, de Estocolmo, para o resto dos prêmios.

Fonte: EFE

Empregadores domésticos têm até hoje para pagar guia de setembro do eSocial

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O prazo para os empregadores domésticos pagarem o Documento de Arrecadação do eSocial (DAE) referente a setembro termina nesta sexta-feira (6). Como o dia 7, tradicionalmente usado como data-limite para o pagamento da guia, cai no sábado este mês, o prazo foi antecipado em um dia.

O Simples Doméstico reúne em uma única guia as contribuições fiscais, trabalhistas e previdenciárias que devem ser recolhidas. Para a emissão da guia unificada, o empregador deve acessar a página do eSocial na internet. Se não for recolhido no prazo, o empregador paga multa de 0,33% ao dia, limitada a 20% do total.

No eSocial, o empregador recolhe, em documento único, a contribuição previdenciária, que inclui o valor descontado da remuneração do trabalhador (que varia de 8% a 11%) e os 8% de contribuição patronal para a Previdência. A guia inclui 8% de Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), 0,8% de seguro contra acidentes de trabalho, 3,2% de indenização compensatória (multa do FGTS) e Imposto de Renda para quem recebe acima da faixa de isenção (R$ 1.903,98).

Desde a adoção do programa, em novembro de 2015, foram cadastrados mais de 1,25 milhão de trabalhadores domésticos para mais de 1,18 milhão de empregadores – alguns empregadores contratam mais de um empregado.

Proposta que regulamenta fundo eleitoral é aprovada no Senado e vai à sanção

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No último esforço para votar matérias da reforma política que passem a valer já na eleição do ano que vem, o Senado aprovou ontem (5) o projeto que regulamenta um fundo público para financiar campanhas eleitorais. A matéria, que foi longamente debatida durante a madrugada na Câmara dos Deputados, foi concluída no Senado após um procedimento regimental que possibilitou a retirada de dois artigos.

O texto, relatado na Câmara pelo deputado Vicente Cândido (PT-SP), estabelece regras para utilização do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), que foi criado, também nesta semana, por meio de outra proposta. Com normas que vão desde a arrecadação de recursos por meio de financiamento coletivo na internet (crowdfunding) até os critérios de distribuição do dinheiro arrecadado pelo fundo, o projeto segue agora para sanção presidencial.

As únicas alterações à proposta que veio da Câmara foram feitas após um procedimento em que o presidente do Senado, Eunício Oliveira, colocou em votação a impugnação de dois artigos: o que estabelecia um limite para o autofinanciamento de campanhas e o que criava uma brecha para que multas eleitorais fossem pagas com 90% de desconto. A medida, que chegou a ser questionada por alguns senadores, foi aprovada por maioria. Logo após, em votação simbólica, os senadores aprovaram o projeto.

Na quarta-feira (4), a Câmara já havia concluído, em caráter definitivo, a votação do projeto que veio do Senado e que estipula a origem dos recursos que serão repassados ao fundo. Com isso, as campanhas eleitorais serão financiadas por 30% do valor destinado às emendas parlamentares de bancada em anos eleitorais, somados a recursos hoje destinados à compensação fiscal pela propaganda eleitoral gratuita em emissoras de rádio e televisão, que será reduzida.

Para que seja válida nas eleições do ano que vem, é preciso que ambas as propostas sejam sancionadas pelo presidente Michel Temer até amanhã (6), um ano antes do próximo pleito. Já a emenda à Constituição que veda as coligações partidárias em eleições para deputados e vereadores e cria a chamada “cláusula de barreira” foi promulgada na quarta-feira (4) pelo Congresso Nacional.

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