Com a chegada do recesso escolar, em junho já diminui o número de doadores nos bancos de sangue em todo o país. O mesmo acontece nas férias de final de ano letivo (dezembro, janeiro e fevereiro). De acordo com a assistente social da Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Rondônia (Fhemeron), Maria Luiza Pereira, isso acontece porque muitos doadores fidelizados aproveitam esse período para viajar. “Quem está de férias e não viaja, geralmente não é doador ainda, mas em Rondônia nós temos feito um trabalho no sentido de buscar essas pessoas para que se tornem doadores também”, afirmou a assistente social.
Para aumentar a quantidade de doações, no último dia primeiro, em comemoração ao Dia Mundial do Doador de Sangue, a Fhemeron realizou uma campanha onde foram arrecadadas mais de 300 bolsas de sangue em Porto Velho, Rolim de Moura e Ji-Paraná e Vilhena. “Só tenho a agradecer a população de Rondônia que sempre é sensível ao nosso clamor e adere às nossas campanhas”, ressaltou Maria Luiza.
Nos dias 27 e 28 deste mês, os profissionais da Fhmeron estarão fazendo coleta externa na cidade de Guajará-Mirim e no dia 29 em Nova Mamoré. Esse trabalho será desenvolvido em parceria com a igreja Adventista. A assistente social destaca a importância das parcerías no processo de arrecadação de sangue. Dia 30 a coleta externa será realizada na Catedral Sagrado Coração de Jesus, em Porto Velho, das 7h15 às 18h30.
DOAÇÕES DE PLAQUETAS
A Fhemeron está precisando de doadores de plaquetas. A assistente social explica que depois que o hospital de Câncer de Barretos – Unidade de Porto Velho – passou a funcionar a demanda aumentou consideravelmente, tendo em vista que os pacientes que faziam tratamento em outros estados estão se tratando aqui mesmo.
Ela explica que quem utiliza as plaquetas são pacientes com doenças graves como leucemias e câncer que geralmente necessitam de quimioterapia, radioterapia e outros procedimentos relacionados podendo desenvolver anemia secundaria ao tratamento. “Nestes casos os médicos pedem que as plaquetas sejam doadas por aférese, que é doação feita na máquina”.
A doação por aférese contém oito vezes mais plaquetas do que uma doação feita de forma tradicional. “Em vez de o paciente ser transfundido com plaquetas de oito doadores, através da aférese é necessário apenas um doador”. Neste tipo de doação é possível retirar do doador apenas uma das células do sangue total. O procedimento tem duração média de 1h30.