A assessoria de imprensa da ex-presidente Dilma Rousseff afirmou, em nota, que “é mentirosa” a informação de que ela teria pedido recursos a Marcelo Odebrecht ou a qualquer outro empresário, ou tenha autorizado pagamentos a prestadores de serviços fora do Brasil ou por meio de caixa 2 nas campanhas de 2010 e 2014. Nega ainda que tenha indicado o ex-ministro Guido Mantega para pedir recursos para as campanhas eleitorais.
O ministro Herman Benjamin, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), decidiu ouvir o depoimento de mais dois executivos da Odebrecht no processo de cassação da chapa de Dilma Rousseff e de Michel Temer que tramita na corte.
“A insistência em impor à ex-presidenta uma conduta suspeita ou lesiva à democracia ou ao processo eleitoral é um insulto à sua honestidade e um despropósito a quem quer conhecer a verdade sobre os fatos”, diz a nota.
A nota diz que as declarações têm sido divulgadas de forma truncada e em trechos, “justamente quando vêm à tona novas suspeitas contra os artífices do Golpe de 2016, que resultou no impeachment da ex-presidenta da República”.
“Dilma Rousseff tem a certeza de que a verdade irá prevalecer e o caráter lesivo das acusações infundadas será reparado na própria Justiça”, afirma.
A nota reafirma que todas as doações às campanhas de Dilma Rousseff foram feitas de acordo com a legislação, com prestações de contas aprovadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Leia a íntegra da nota:
1. É mentirosa a informação de que Dilma Rousseff teria pedido recursos ao senhor Marcelo Odebrecht ou a quaisquer empresários, ou mesmo autorizado pagamentos a prestadores de serviços fora do país, ou por meio de caixa dois, durante as campanhas presidenciais de 2010 e 2014.
2. Também não é verdade que Dilma Rousseff tenha indicado o ex-ministro Guido Mantega como seu representante junto a qualquer empresa tendo como objetivo a arrecadação financeira para as campanhas presidenciais. Nas duas eleições, foram designados tesoureiros, de acordo com a legislação. O próprio ex-ministro Guido Mantega desmentiu tal informação.
3. A insistência em impor à ex-presidenta uma conduta suspeita ou lesiva à democracia ou ao processo eleitoral é um insulto à sua honestidade e um despropósito a quem quer conhecer a verdade sobre os fatos.
4. Estranhamente, são divulgadas à imprensa, sempre de maneira seletiva, trechos de declarações ou informações truncadas. E ocorrem justamente quando vêm à tona novas suspeitas contra os artífices do Golpe de 2016, que resultou no impeachment da ex-presidenta da República.
5. Dilma Rousseff tem a certeza de que a verdade irá prevalecer e o caráter lesivo das acusações infundadas será reparado na própria Justiça.
6. Por fim, cabe reiterar que todas as doações às campanhas de Dilma Rousseff foram feitas de acordo com a legislação, tendo as duas prestações de contas sido aprovadas pelo Tribunal Superior Eleitoral.