A presidente Dilma Rousseff convocou no fim da manhã desta terça-feira (15) o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, para dar explicações sobre a delação do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), homologada no STF (Supremo Tribunal Federal).
Com a gravidade da gravação divulgada pela imprensa, tem ganhado força entre petistas e ministros a defesa de que o ministro saia do cargo e responda unicamente pelo ocorrido, em uma tentativa de preservar a presidente. Mais cedo, Dilma chamou uma reunião de emergência com o núcleo político do governo federal para avaliar o impacto da delação premiada.
O Palácio do Planalto foi pego de surpresa com a transcrição de gravação entre o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, e o assessor do senador petista, Eduardo Marzagão, no qual o ex-chefe da Casa Civil oferece ajuda financeira para evitar a delação premiada.
Sem reação
Segundo relatos de assessores e ministros, a presidente ficou sem reação e sem dimensão de como a gravação pode atingir o governo dela. A primeira avaliação é que a situação de Mercadante é “muito delicada” e há o receio até mesmo de que ele seja preso.
Para auxiliares da petistas, a gravação enfraquece discurso defendido pela presidente, desde o início da Operação “Lava Jato”, de que o governo federal não interfere nas investigações da Polícia Federal.
Eles consideram ainda que será necessário encontrar uma nova narrativa para explicar a gravação, uma vez que é impossível dissociar o ministro da presidente pela relação pessoal dos dois.
Fonte: UOL