Diário Oficial impresso é substituído por edições diárias online; economia é de R$ 1,5 milhão por ano

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O Diário Oficial do Governo (DIOF) do Estado de Rondônia, que circulava desde 1982 em secretarias, autarquias e demais órgãos públicos deixou de circular. Exemplares das edições impressas ainda podem ser encontrados no Palácio Rio Madeira e no Arquivo do Estado.

Desde o dia 15 deste mês, todas as publicações agora têm validade em edições digitais. A equipe terá 90 dias para fazer todas as adequações.

No modo online, o DIOF proporcionará economia geral de insumos e pessoas no total de R$ 1,5 milhão por ano, informou hoje (16) o diretor do DIOF, advogado Wilson Dias de Souza.

A nova tecnologia também oferece a certificação digital, que se aplica aos conteúdos das edições impressas de 2015 e 2016.

Segundo Dias, o governador Confúcio Moura pediu a secretários, prefeitos, presidentes de câmaras municipais que facilitem o treinamento de funcionários responsáveis por publicações, que passam a operar com senhas de acesso ao sistema.

Departamento vinculado à Secretaria e Estado da Administração, a Imprensa Oficial nasceu em 31 de dezembro de 1981, nove dias depois de criado o estado que seria instalado em 4 de janeiro de 1982.

A sala do DIOF na Torre Pacaás Novos do Palácio Rio Madeira exibe placas indicativas: administrativo, financeiro, direção e diagramação. É nesta que se concentra a equipe “enxuta” de 12 pessoas, três das quais são responsáveis pela formatação.

“Em 2011, quando o governador assumiu o primeiro mandato, visitamos a Imprensa Oficial do Distrito Federal, em Brasília, e a dos estados do Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Sul e São Paulo. Comparamos os perfis tecnológicos e optamos por Mato Grosso do Sul”, explicou Wilson Dias.

A Imprensa Oficial daquele estado é vinculado à Secretaria Estadual de Governo e Gestão Estratégica, e produz o modernos softwares. O modelo escolhido veio para Porto Velho. Software é a sequência de instruções escritas para serem interpretadas por um computador com o objetivo de executar tarefas específicas.

A funcionária Camila Dantas elogia: “Esse software é uma ferramenta moderna, evita fraude, tem alta tecnologia de busca e garante a segurança que o serviço exige, por exemplo, em varreduras de diversos tipos de publicação.”

Segundo Camila, a interligação com documentos oficiais funciona de maneira dinâmica, facilitado ao leitor a comunicação que ele quer. “Além disso, a mão de obra ficou menos cara, pois apenas três funcionários dão suporte à tramitação das publicações vindas do protocolo”, assinalou.

Ainda conforme o diretor, durante reunião do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento do Brasil Central em 2015, o secretário de governo sul-mato-grossense Eduardo Corrêa Riedel, e o diretor do DIOF-MS Antônio da Silva Müller, formalizaram convênio pelo qual cederam gratuitamente o software.

“Por esse motivo, o governador Confúcio Moura e a nossa equipe somos gratos à sensibilidade e à cooperação do governador Reinaldo Azambuja e de seus assessores”, pontou Wilson Dias.

PRIMEIRA EDIÇÃO IMPRESSA EM SÃO PAULO

A capa da primeira edição de 96 páginas do DIOF, em formato tabloide, foi impressa em São Paulo, a 3.030 quilômetros de Porto Velho, e toda preenchida com a Mensagem ao Povo Rondoniense, assinada pelo governador Jorge Teixeira de Oliveira.

Publicou a Lei Complementar nº 41 (da criação do estado) e o Decreto nº 1, dispondo sobre a organização do Poder Executivo do Estado de Rondônia.

A primeira oficina gráfica da Imprensa Oficial funcionou na Rua Antônio Lacerda, Setor Industrial, Bairro Embratel.
Circulando desde 1982, o DIOF teve os seguintes diretores, O DIOF foi dirigido primeiramente pelo jornalista Sebastião Sílvio de Castro Leite, Fernando Benincasa, José Anselmo Lopes, Albemar Ramos Falcão, Hélio José Moreira, João de Arruda, Ildevair Boeno Rodrigues, Valentin Heil Filho, Siomara Oliveira, Moisés Mendes de Souza, há sete anos, Wilson Dias de Souza.

PEÇAS DE MUSEU

O DIOF impresso “morreu” antes da comemoração do centenário do jornal Alto Madeira, prevista para o próximo mês de abril.

O que fazer com o maquinário gráfico antigo? O governador Confúcio Moura planejou sua reutilização, não mais em serviço, mas para dar origem a mais um museu em Porto Velho, informou Wilson Dias.

“Ele quer acolher máquinas abandonadas em jornais da capital (impressoras, tituleiras, componedoras e linotipos, por exemplo, para compor o futuro museu ainda em seu atual mandato; será o reconhecimento à imprensa escrita deste estado, cujos primórdios datam do início do século passado”, disse.

Fonte: Secom

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