Agroindústria familiar de polpa de frutas supera obstáculos e mostra caminho do sucesso em Urupá

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O capixaba Wilson Rocha comanda, aos 46 anos, uma agroindústria de polpa de frutas, que é referência em Urupá, município de Porto Velho. Além da jornada que desconhece o que são domingos e feriados, tem sempre um tempo para pesquisar inovações na internet. Nesta quinta-feira (08), ele recebeu a visita do governador Confúcio Moura, falou dos seus projetos e recebeu elogios.

“Não tenho a pretensão de ficar rico”, revela o capixaba, que trabalha com os filhos, genros e poucos contratados que se revezam nas jornadas. O grupo, segundo ele, não passa de oito pessoas.

No espaço de um hectare e meio a família cuida das plantações de maracujá, goiaba, graviola, acerola e cajá. Em menor escala há também cacau e cupuaçu. Atualmente, ele ainda compra abacaxi e um pouco de goiaba de outros agricultores. “Mas iso vai acabar, vou produzir tudo”, promete.

Ele não tem ambição de enriquecer, mas Wilson não abre mão de ter clientes fidelizados, a quem atende em dias certos e com os produtos de boa qualidade. E ninguém deve se surpreender, num futuro próximo, se estiver com uma novidade: manacobil, uma fruta que começa a fazer sucesso na região, e dizem, que é recomendada para diabéticos. “Vai fazer sucesso”, aposta o produtor.

As plantações estão numa faixa de terras, dentro de uma propriedade maior, pertencente a Francisco Rocha, de 84 anos, o pai de Wilson. O agricultor revela que o patriarca insiste em participar das atividades diariamente, para desespero dos filhos que temem que sofra algum acidente.

090916-plantacaoNa propriedade estão, ainda, gado e lagos com peixes, de onde vem parte da renda da família. Wilson diz que ali está a garantia financeira. As fruteiras e pequena indústria de polpas é uma forma, segundo ele, de agregar a família, gerar renda e não ter problemas. Ele não gosta de comprar a prazo, prefere pagar à vista e obter as vantagens oferecidas a quem compra em grande quantidade.

A Embrapa e a Emater prestam assistência ao agricultor, mas mesmo assim, pesquisa através da internet informações que podem melhorar a produção e a qualidade das frutas. As descobertas são testadas e, se aprovadas, são mantidas como prática rotineira. Como se não bastasse, também é ele quem confecciona os rótulos dos pacotes de polpa.

Os filhos trabalham porque gostam e porque sabem que dali vem o dinheiro para suas necessidades. Quem vai para o campo, planta e colhe, tem renda por diária ou por empreitada. “Às vezes minhas filhas pedem para que eu traga alguma coisa para elas da cidade. Eu não tenho que dar nada, elas trabalham e sabem que o dinheiro está garantido”, diz o capixaba com orgulho próprio de filhos bem criados.

Os que se casam e não estão bem com os empregos fora da propriedade sabem que podem retornar e trabalhar em família. Apesar de tantos afazeres, Wilson pensa no bem estar de todos e tem tudo programado.

“Incrível como você consegue fazer tudo isto”, disse o governador ao capixaba dentro da agroindústria, um ambiente limpo e organizado, que demonstra o zelo de quem administra.

O tempo certo da florada, o tempo das chuvas, os insumos que garantem frutos sem pragas, tudo está no agenda do produtor. Ele atende todo o município de Urupá e algumas cidades de outros municípios com as polpas. Mas podia ser melhor.

Wilson explicou à secretária adjunta da Agricultura, Mary Braganhol, que falta uma câmara fria para armazenar e controlar o estoque. Ele quer aproveitar melhor a produtividade e atender a clientela sem interrupção.

A secretária deu a boa notícia, mas com reservas. Há disponibilidade de uma câmara fria, que ia para outro município, mas não serviu às necessidades. Pode ser destinada à agroindústria de Wilson. Mas, é preciso superar a burocracia. Há regras que precisam ser observadas.

Confúcio Moura ficou entusiasmado com o exemplo do capixaba. “O que está sendo feito para gerar renda e agregar família é um grande exemplo”, disse entre outros elogios. O sonho do governador é que surjam outras iniciativas como esta e que provoquem mais transformações no estado.

Fonte: SECOM

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