Durante as últimas cinco semanas, bombeiros de 14 municípios onde há unidades do Corpo de Bombeiros no Estado, participaram de curso para se atualizarem sobre as novas normas técnicas contra incêndio e evacuação de pessoas, que vão entrar em vigor a partir de janeiro de 2017 em Rondônia. A mudança na legislação é comemorada pelo comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Silvio Luiz Rodrigues da Silva.
‘‘A caneta de vocês podem salvar muito mais pessoas que uma guarnição de incêndio’’, disse o subcomandante do Corpo de Bombeiros Militar de Rondônia (CBM/RO), coronel Felipe Santiago Chianca Pimentel, nesta sexta-feira (9) durante a formatura de aproximadamente 100 bombeiros no curso de análise de projetos de incêndio em edificações em área de risco (Capear) e o curso de inspeção em edificações e área de risco (Ciear).
‘‘O que nós buscamos é um alinhamento com as demais legislações do país porque a gente observou depois do ocorrido em Santa Maria que era preciso buscar avanços’’, disse o comandante. A tragédia com a morte de mais 200 pessoas no incêndio em uma boate que abalou a cidade de Santa Maria (RS) e comoveu os brasileiros em janeiro de 2013, acendeu o alerta sobre o trabalho de prevenção contra incêndios.
AVANÇOS
Quatro profissionais do Corpo de Bombeiros de Goiás, sendo um major e três tenentes, foram convidados para ministrar os cursos que foram divididos em duas etapas: teórica e prática. ‘‘Buscamos nos alinhar com outros estados que desenvolveram técnicas e estudos nesse tema e para esses cursos buscamos Goiás como modelo, já que possui uma legislação atualizada e dinâmica e bem implementada’’, afirma o comandante.
A capacitação tem como principal objetivo oferecer segurança aos rondonienses. ‘‘O que a população vai ganhar é uma facilidade maior na execução desses serviços de análise e vistoria [de projetos de incêndio e edificações em área de risco]. Não só na agilidade, mas também na melhoria desses serviços’’, garante. Aos profissionais que participaram da capacitação o comandante afirma que eles têm uma missão muito importante a cumprir. ‘‘A gente diz que aquele que faz a análise de incêndio, ele combate o incêndio no papel’’, afirma.
O comandante justifica. ‘‘Porque ainda quando o empreendimento está na planta ele informa o que é necessário para que o local atenda todas as exigências para o funcionamento em segurança como a existência hidrante, extintor, para-raios, dimensões corretas para a saída, assim ele evita que o incêndio ocorra. Desta forma tem ocorrências de princípios de incêndios que nós não precisamos atender porque o próprio cidadão munido de conhecimentos mínimos e das condições de segurança como o uso do extintor consegue evitar o problema’’, destaca o comandante.
Fonte: Assessoria