Volta a cair a Intenção de consumo das famílias de Porto Velho

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FALTA DE CONFIANÇA- A queda da intenção de consumo está diretamente relacionada com o quadro de incerteza e a falta de confiança no futuro do País.

A Pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) das famílias de Porto Velho do mês de março de 2016, depois dos dois primeiros meses do ano crescendo, volta a cair, de vez que dos 86,4 pontos em fevereiro, agora, passou, a 84,4 pontos, ou seja, uma queda de -2,3% na comparação com o mês anterior, mas, de menos 23,1% em relação a março de 2015. A tendência acompanhou o movimento da média nacional de intenção de consumo que registrou uma queda de 1,6% em março, na comparação com fevereiro, ficando em 77,5 pontos, o implica em que, ainda que mais baixa, mesmo assim a intenção de consumo de Porto Velho é 8,9% maior do que a nacional, mas, ainda permanecendo numa escala de 0 a 200 – abaixo do nível de indiferença.

A pesquisa realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Rondônia-FECOMÉRCIO/RO, em conjunto com a Confederação Nacional do Comércio-CNC, apontou também que dos sete itens pesquisados apenas um, a Perspectiva Profissional, não teve uma variação negativa e que o item Perspectiva de Consumo, justamente o que se direciona para a melhoria futura, teve a maior queda de -8,6% e continua se mantendo abaixo dos 100 pontos, ou seja, possui um desempenho negativo.

INTENÇÃO DO CONSUMO DAS FAMÍLIAS DE PORTO VELHO-JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO 2016.

INDICE

Janeiro

Fevereiro

Março

Variação%

Fevereiro/Março

INTENÇÃO DE CONSUMO DAS FAMÍLIAS

84,3

86,4

84,4

     -2,3  

  Emprego Atual

123,2

124,8

123,8

-0,8

  Perspectiva Profissional

111,2

114,8

114,8

    

  Renda Atual

99,6

104,4

102,7

-1,6

  Acesso à Credito

72,3

75,0

73,3

-2,3

  Nível de Consumo Atual

58,1

57,5

55,0

   – 4,3

  Perspectiva de Consumo

76,2

74,0

67,6

-8,6

  Momento para Duráveis

49,9

54,4

53,7

      -1,3

Fonte: CNC/Fecomércio-Pesquisa Direta

Segundo o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Rondônia, Raniery Araújo Coelho, considera que “Os indicadores representam o momento difícil que atravessamos com as incertezas e a falta de estabilidade do panorama político e econômico. A constatação continua a ser a de que a recuperação da economia depende de desatar os nós que paralisam o governo e o processo político”.

Segundo análise do Departamento Econômico da Fecomércio Rondônia os subíndices que apresentaram pior desempenho negativo são, justamente, aqueles que projetam o consumo futuro como é o caso das Perspectivas de Consumo, do próprio Nível de Consumo Atual e o Acesso ao Crédito. E, para tornar a situação mais difícil, são estes indicadores mais o Momento para Duráveis que permanecem em um nível abaixo de 100 pontos, ou seja, indicam insatisfação com a situação atual. Em suma, é improvável que, nos próximos meses, a situação melhore sem mudanças significativas na situação de incerteza política em que o País se encontra.

Fonte: Fercomércio / Luiz Carlos Ferreira

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