Um simulador de seres humanos: crianças, adultos e até bebês. Soa estranho, afinal a gente está acostumado a ver simuladores de avião, trem, carro e outros equipamentos perigosos de pilotar. Mas se no lugar do perigo, pensarmos na segurança, esta certamente é a melhor solução para capacitar profissionais. Inaugurada no final do ano passado, esta Sala de Simulação Realística do GRAACC conta com três manequins robóticos que vão ajudar na formação de enfermeiros e, mais do que isso, garantir segurança máxima aos pacientes.
Para quem não está acostumado, os robôs são tão realistas que chegam dar certa aflição. Os manequins permitem que o enfermeiro atue exatamente como em uma situação real. É possível fazer a ausculta cardíaca e pulmonar, sentir a respiração do paciente e, com comandos desta pequena sala de controle até fazê-lo chorar, suar ou gritar de dor.
Uma série de sensores embarcados nos manequins robóticos é responsável pela simulação dos bonecos. Interessante também são sensores capazes de identificar, quando necessário, a quantidade, o tipo e até a hora de administração de um determinado medicamento injetável. Se não bastasse, os bonecos têm até Wi-fi embutido.
Cem por cento da equipe de enfermagem do GRAACC, que é referência nacional na oncologia pediátrica, já passou pelo simulador. No total, mais de 400 profissionais já foram treinados nesta sala de simulação realística. A enfermeira-chefe controla toda a situação de dentro desta cabine. Em tempo real, ela avalia todo o procedimento dos profissionais dentro da sala. O ensaio também é todo gravado em vídeo para uma análise mais cheia de detalhes no final.
Além de toda tecnologia inovadora, outra coisa que chama atenção é que os manequins – que custaram algo em torno de um milhão de reais – foram comprados por meio do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente; pessoas físicas e empresas podem destinar parte de seu Imposto de Renda para o Hospital do GRAACC para apoiar projetos como este. No futuro, a ideia é expandir esse conhecimento para universidades e hospitais públicos.
Fonte: OlharDigital