O silicone pode ajudar muitas mulheres a ficarem mais bonitas, mas o que a maioria não sabe é que as próteses podem diminuir a formação de músculos e interferir na postura. O cirurgião plástico Luiz Henrique Ishida explica.
Tem muita mulher querendo aumentar os seios, essa vontade da mulher pelo silicone nada mais é que um desejo que tem de se sentir mais bonita, mais atraente e por vezes para melhorar a auto estima.
Há mulheres que não tem nada, que tem o tórax parecido com de um homem. Em relação ao tamanho, não se deve buscar seios que servem para chamar atenção de outras pessoas, mamas grandes podem provocar problema de coluna, na região torácica e no pescoço.
Além disso quando o tamanho “passa do limite”, a prótese pode forçar a pele e até a cicatriz que se forma pós cirurgia.
As primeiras consequências são estrias e flacidez. Aumenta-se também a possibilidade de os seios caírem e, assim, perder o resultado da cirurgia. Há casos em que o organismo acaba expulsando a prótese para fora do corpo. Isso acontece porque quanto mais “forçada” estiver a região, mais o organismo vai reagir contra aquilo. É algo completamente antinatural.
Não há como “computar” qual seria o tamanho ideal para não passar para o “exagero”. Segundo especialista, tudo depende “do corpo da mulher”.
A escolha do tamanho da prótese depende do tamanho da mama que a mulher já tem. Depende também da relação peso e altura por exemplo, mulheres baixas não podem por uma prótese muito grande. Além disso, o desenho do tórax também conta. Se for achatado, pode colocar um pouco maior. Já para quem tem o tórax mais convexo, colocar uma prótese pequena já aumenta bem. Mamas de até 400 ml não darão problema.
Silicone – Segundo Dr. Ishida, quando a mulher põe prótese de silicone acontecem duas coisas: mudança no padrão de postura, que é quase que imediato, e alterações estruturais, especialmente quando a prótese é colocada embaixo do músculo.
O peso extra da mama faz a mulher jogar os ombros pra frente, contrair o trapézio e curvar a coluna em formato de C (cifose). É uma postura defensiva da mama, muitas vezes sem querer. Os médicos educam o paciente para relaxar essa região e se lembrar de melhorar a postura para evitar torcicolo e dores musculares.
Estimular a musculatura dorsal e postural com RPG e/ou musculação bem orientada ajudam também a melhorar a postura.
Gigantomastia (redução mamária) – Na contramão de quem coloca silicone, as mulheres com gigantomastia querem tirar peito para resolver os problemas de postura e dor. 83% das mulheres que se submetem à redução mamária queixam-se de dor lombar e a cirurgia de redução é muito eficaz para melhorar esses sintomas.
Ginecomastia – A mama cresce naturalmente no início da adolescência, por causa do excesso de hormônio. Quando a testosterona está em excesso, o corpo a transforma em estrogênio como uma forma de defesa. Essa transformação, acontece na gordura e é por isso que tanto a quantidade de gordura como o excesso de testosterona, influenciam na produção de hormônio feminino nos homens.
Segundo o Dr. José Bento, por isso os meninos mais gordinhos têm mais propensão a aumentar a mama. Isso tende a desaparecer no primeiro ou segundo estirão, quando eles perdem peso e equalizam os hormônios, no entanto, alguns não perdem esse excesso de mama. Para estas pessoas, que já passaram dos 17 anos e se sentem incomodadas, existe a cirurgia de redução mamária masculina. A cirurgia pode tirar glândula mamária, gordura e pele.
Antes de ser encaminhado para a cirurgia, o menino precisa passar por uma avaliação endócrina através de exames, para saber se o crescimento das mamas não está atrelado a outros problemas, como distúrbios hormonais e até algum tumor, que esteja provocando essa disfunção.