Os servidores Técnicos Educacionais do estado terão um motivo a mais para reforçar a greve nesta quinta-feira, (22). O Sintero está convocando todos os trabalhadores em educação para concentração hoje, quinta-feira, na sede do sindicato, de onde deverão sair em passeata até a agência da Caixa Econômica Federal-CEF.
O objetivo do protesto é cobrar o pagamento do precatório referente à ação do salário mínimo, que há 15 dias está emperrado.
Em despacho endereçado à CEF, o presidente do Tribunal de Justiça de Rondônia, desembargador Sansão Saldanha, determinou o pagamento do precatório em 24 horas, após ter disponibilizado mais de R$ 33 milhões.
Após esse despacho, duas semanas se passaram sem que a Caixa Econômica Federal tenha efetuado o pagamento.
A direção do Sintero mantém contato diário com a gerência da CEF, mas sempre recebe uma justificativa para o atraso e uma promessa de data para liberação do pagamento.
O presidente do Sintero, Manoel Rodrigues da Silva, disse que os servidores não aguentam mais a protelação, pois o direito de receber o precatório já está garantido, o dinheiro já está liberado, e há uma determinação da Justiça para pagamento em 24 horas.
“Os servidores estão revoltados, e com razão. Já faz mais de 10 anos que buscamos esse pagamento, que é direito dos Técnicos. Não é justo que na hora de receber, o pagamento esbarra na má vontade ou na falta de compromisso da Caixa Econômica”, disse.
Ele destacou que o direito garantido pela Justiça, por si só, já ensejaria o pagamento imediato do precatório. “Mas tem um fator muito importante que é a situação financeira desses servidores. Todos estão precisando muito receber esse precatório para pagar dívidas, ajustar o orçamento doméstico, enfim, tocar suas vidas”.
A direção do Sintero adiantou que após a passeata e a manifestação, existe a proposta de se montar um acampamento em frente à agência da CEF para manter uma vigília até que o precatório seja pago.
Outra providência será a de comunicar imediatamente ao Tribunal de Justiça o descumprimento da ordem judicial pela Caixa Econômica Federal.