O sistema de ensino no Brasil passa por um novo raio-x por meio do Censo Escolar que está com a primeira etapa de coleta de dados aberta até 31 de julho, por isso Rondônia tem se mobilizado para a construção de um banco de informações sólido e transparente. Mais que um levantamento de dados, o censo é considerado uma importante ferramenta para implementação de políticas educacionais.
Nesta primeira etapa são coletadas informações sobre escolas, turmas, alunos e profissionais escolares em sala de aula. O Censo Escolar é coordenado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e realizado em parceria com as secretarias estaduais e municipais de educação e com a participação de todas as escolas públicas e privadas do País.
Em Rondônia, a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) orienta os gestores escolares a colaborarem para a construção do banco de dados. De acordo com coordenador do Censo Escolar da Educação Básica, Otácilio Antônio de Melo, as informações são transmitidas online através do sistema Educacenso pelos gestores educacionais.
Os procedimentos relacionados ao processo censitário escolar da Educação Básica em Rondônia foram regulamentados pela portaria publicada no Diário Oficial do Estado, na última segunda-feira (19).
‘‘A equipe do Núcleo Estadual do Censo Escolar da Seduc faz reuniões com todas as redes desde a pública sendo ela municipal, estadual e federal e privada também e repassa todas as orientações de preenchimento de dados no sistema’’, afirmou a gerente de Controle, Avaliação e Estatística da Seduc, Aparecida Meireles.
Neste ano, segundo Aparecida, o Inep está pedindo mais atenção aos gestores escolares quanto à inserção de dados de alunos com necessidades especiais. ‘‘Eles estão muito preocupados com a educação especial porque isso define as avaliações específicas conforme a dificuldade do aluno. Quando uma escola não presta essa informação corre o risco de deixar o aluno fora da avaliação, e é um direito deles’’, esclareceu.
Ela garante que Rondônia sempre teve esse cuidado. ”Esse ano estamos ampliando o número de técnicos para monitorar as informações que estão prestadas pelas escolas’’, afirmou.
ORIENTAÇÃO
Ainda segundo a gerente, o estado tem 18 coordenadorias regionais de educação e em cada coordenadoria há um técnico responsável para está subsidiando as escolas quanto à inserção dos dados no sistema.
‘‘Depois que o prazo para incluir as informações encerrar, o Inep realiza o cruzamento de dados e se caso for verificado que há um dado equivocado, acontece então a retificação. O sistema é aberto novamente para que as escolas façam as correções’’, destacou.
Para o primeiro semestre de 2018, está programada a coleta da segunda etapa referente à situação do aluno. Nesta fase são verificados situação como reprovações e abandono dos estudos.
‘‘O Censo Escolar é a base de tudo. Todas as políticas públicas sejam dos governos federal, estadual ou municipal tem base no Censo Escolar. Nele tem informações como condição física das escolas, formação dos professores e diretores e condições pedagógicas’, citou, completando que através do censo é possível identificar as escolas que necessitam, por exemplo, de bibliotecas e laboratórios de informática. “Dá então base para estabelecer convênios para sanar as necessidades de cada estado’’.
Para Aparecida, a educação está sendo prioridade na gestão do governador Confúcio Moura. ‘‘Nós temos 420 escolas, segundo o último Censo, e tudo o que fazemos é para melhorar a qualidade do ensino’’, garantiu.