Crianças com microcefalia em Rondônia têm acesso a tratamento de reabilitação oferecidos em seis cidade polos: Porto Velho, Ariquemes, Ji-Paraná, Cacoal, Rolim de Moura e Vilhena. O tratamento de estimulação precoce é ofertado pelos Centros Especializados de Reabilitação (CER) e as ações são coordenadas pelo Grupo de Trabalho da Estimulação Precoce (GPES).
Segundo Patrícia Nienow, da rede de atenção à saúde do Estado de Rondônia, a meta é atender também às crianças que nascerem nos municípios que ainda não têm o serviço estruturado. Desta forma, o transporte da criança até o serviço mais próximo da cidade onde mora é garantido por meio de parceria entre Estado e Município.
“Não sei o que seria de minha filha sem esse apoio” afirma a dona de casa M.H.U, moradora do município de Ariquemes, em avaliação ao serviço de reabilitação oferecido.
“A estimulação precoce de bebês nascidos com microcefalia promove a harmonia do desenvolvimento entre vários sistemas orgânicos funcionais [áreas: motora, sensorial, perceptiva, proprioceptiva – termo utilizado para nomear a capacidade em reconhecer a localização espacial do corpo -, linguística, cognitiva, emocional e social] dependentes ou não da maturação do Sistema Nervoso Central (SNC)”, explica Luiz Eduardo Maiorquin, secretário de estado da Saúde.
Segundo ele, qualquer programa de estimulação do desenvolvimento da criança deve ter seu início no período que engloba desde a concepção até os três anos de idade. Esta é a fase em que o cérebro se desenvolve mais rapidamente, constituindo uma janela de oportunidades para o estabelecimento das funções que repercutirão em uma boa saúde e produtividade no futuro, conforme dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
De acordo com Patrícia Nienow, ainda não há confirmação de nenhum caso de microcefalia relacionado à infecção pelo zika vírus em Rondônia. As investigações e estudos dos casos que estão sendo acompanhados pela equipe multiprofissional e epidemiológica do estado ainda não foram concluídas.
Os casos de microcefalia confirmados até o momento são em decorrência de outras patologias e agravos gestacionais. No total, foram identificados 17 casos da doença. Foram confirmados cincos casos. O GPES confirma ainda que sete casos já foram descartados e cinco ainda estão sob investigação. Há ainda o registro de três mortes, que, segundo Patrícia, ocorreram em decorrência de outras complicações e patologias também presentes nos bebês.
Fonte: Secom – Governo de Rondônia