Está mantida para a próxima quarta-feira, dia 11, a votação no plenário do Senado sobre o pedido de abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.
A decisão anunciada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, na tarde desta segunda-feira, dia 9, foi tomada após consultas ao regimento interno da Casa e conversas com líderes partidários na residência oficial do Senado.
Pela manhã, o presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão, havia decidido anular a votação do impeachment, que aconteceu nos dias 15, 16 e 17 de abril, quando os deputados aprovaram a continuidade do processo, acolhendo pedido feito por José Eduardo Cardozo, advogado-geral da União.
Em seu discurso, Renan disse que não procede a argumentação de Waldir Maranhão sobre a forma que a decisão da Câmara deveria ter sido comunicada ao Senado.
“Aceitar essa brincadeira com a democracia seria ficar pessoalmente comprometido com o atraso do processo. Ao fim e ao cabo, não cabe ao presidente do Senado Federal dizer se o processo é justo ou injusto”, ressaltou.
Com isso, o presidente do Senado determinou que o relator do processo na Comissão Especial do Impeachment do Senado, Antonio Anastasia, faça a leitura do seu relatório pela admissibilidade do processo no plenário da Casa. Após a leitura, começará a contar o prazo de 48 horas para que os senadores votem a admissibilidade e o afastamento imediato da presidente.