Para aproveitar a temporada de carnaval do começo ao fim, o viajante deve estar ciente dos riscos que o consumo de álcool pode ocasionar no trânsito. Para reforçar a conscientização dos foliões, a Polícia Rodoviária Federal deu início, à segunda fase da Operação Rodovida, para prevenir e evitar acidentes nas estradas federais do País.
Entre as ações que acontecem até o dia 5 de março está a disseminação de campanhas educativas, em mídia eletrônica (redes sociais), para alertar os motoristas sobre o resultado desastroso da mistura do álcool com a direção.
Além disso, a operação reforçou a fiscalização sobre alcoolemia (o conhecido teste do bafômetro), excesso de velocidade, motocicletas, ultrapassagens irregulares e transporte de crianças. A operação também prevê melhorias na sinalização, parcerias com empresas concessionárias de rodovias federais e outras atividades.
A ação é um esforço integrado de vários órgãos federais, em articulação com estados e municípios. Estão envolvidos na iniciativa os ministérios de Justiça e Cidadania; Cidades; Saúde; e Transportes, Portos e Aviação Civil; Polícia Rodoviária Federal (PRF); Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit); Departamento Nacional de Trânsito (Denatran); e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
A Rodovida é uma das estratégias do governo brasileiro para que o País cumpra os objetivos da Década de Ação pela Segurança no Trânsito. A ação foi lançada em 2011 pela Organização das Nações Unidas (ONU) e é uma das metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
O Brasil e outros 152 países se comprometeram a adotar medidas efetivas para reduzir em 50% o número de mortes no trânsito até 2020. Dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apontam que o custo social de acidentes, apenas nas rodovias federais, chegou a R$ 12,8 bilhões em 2014.
Redução de acidentes
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), em 2016, as ações da campanha Rodovida possibilitaram redução de 39% em acidentes nas rodovias brasileiras, em relação ao mesmo período de 2015. Em números absolutos (quando se desconsidera o número de veículos em circulação), 1.797 ocorrências foram registradas no ano passado. Já em 2015, o volume total foi de 2961.
O levantamento também registrou 404 acidentes graves em 2016, volume 11% menor na comparação com 2015, que somou 454 notificações para este caso. Já o número de feridos do carnaval do ano passado foi de 1.764, total 14% inferior em relação ao ano anterior, que obteve registro de 2.045 feridos.
Na mesma comparação, em 2016, houve redução de 7% no número de óbitos (114), perfazendo uma taxa de 1,22 mortes por milhão de veículos. Em 2015, foram notificadas 122 mortes.
Em uma análise histórica, em cinco anos, houve redução de 53% na taxa de mortalidade nas estradas federais do País. Em 2011, foram registradas 128 mortes por milhão de veículos em circulação. Já em 2016, o registro foi de 68,6 mortes por milhão de veículos em circulação.
Lei seca
Os foliões flagrados dirigindo alcoolizado ou que se recusarem a fazer o teste do bafômetro deverão pagar multa no valor de 2.934,70. A penalidade, que passou por reajuste em novembro de 2016, ainda determina que o condutor do veículo perca sete pontos na carteira, bem como tenha o direito de dirigir suspenso por 12 meses. Para quem foi preso, a pena é de detenção de seis meses a três anos.
Fonte: Portal Brasil, com informações da PRF