Nesta quinta-feira (6), o governo federal lançou o novo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), menos oneroso ao contribuinte e ao Tesouro Nacional. A expectativa é que 310 mil novas vagas sejam criadas em instituições de ensino superior privadas em todo o País no próximo ano.
Para o secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Mansueto Almeida, o novo modelo do Fies vai permitir maior segurança econômica e, como resultado disso, garantir o acesso de mais estudantes ao programa.
“A revisão acaba com esses riscos [fiscais], torna o programa um programa muito mais resistente, previsível e, o mais importante, nós teremos a garantia que o programa será sustentável. O estudante terá acesso ao crédito para cursar sua universidade privada”, afirmou, em entrevista.
O novo modelo prevê três modalidades, com taxas de juros especiais. O Fies 1, com financiamentos a juro zero, vai oferecer 100 mil vagas por ano para estudantes com renda per capita mensal familiar de até três salários mínimos. As prestações serão parcelas de no máximo 10% da renda mensal futura do aluno.
“É um programa muito bom, que tem uma série de seguros. Ou seja, se a pessoa se forma e imediatamente não consegue um trabalho, ela vai pagar um percentual muito pequeno até conseguir o trabalho”, ressaltou Mansueto.
Relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) apontou que o Fies estava em risco. A inadimplência do programa chegou a 46,4%, e o custo em 2017 é de R$ 32 bilhões, 15 vezes maior do que em 2011.
“Nós tínhamos um problema no Brasil. O desenho do nosso programa trazia um custo muito alto para o Tesouro Nacional, o que em última análise é o contribuinte. Um risco muito grande de passivos fiscais e de pagamentos não previstos para o contribuinte”, completou o secretário.
Fonte: Portal Brasil