A secretaria municipal de Saúde de Porto Velho (Semusa) divulgou o balanço das ações desenvolvidas até o momento para o combate ao mosquito Aedes aegypti, dentre as quais estão as visitas domiciliares dos agentes de saúde, endemias e parceiros em quase 40% dos imóveis da cidade e o aumento das notificações de dengue, zika e chikungunya.
Os dados do Departamento de Vigilância Epidemiológica apontam que nos dois primeiros meses desse ano o número de casos notificados de dengue, zika e chikungunya aumentaram consideravelmente em relação ao ano passado devido, principalmente, à elevação da procura por atendimento nas unidades de saúde. Porém, o número de casos de dengue confirmados não apresenta crescimento em relação ao ano anterior (66 em 2015 e 40 em 2016).
Já as notificações de zika vírus permanecem em análise e nenhum caso originário de Porto Velho foi confirmado até o momento. Seguem os números de janeiro e fevereiro até o dia 22:
Dengue
292 casos suspeitos, 40 confirmados, 124 descartados e 51 em investigação;
Chikungunya
65 casos suspeitos, todos em investigação. Foram confirmados 2 casos, porém, são casos importados (Bolívia e Bahia);
Zika vírus
88 casos suspeitos de Zika, sendo 07 casos em gestantes (todos em investigação). Até o momento foi confirmado 01 caso importado;
Microcefalia
Foram notificados 04 casos (referente a 2015, sem relação comprovada com o zika vírus). O atendimento a casos suspeitos de qualquer tipo estão sendo referenciados em quatro unidades municipais: Unidades de Pronto Atendimento 24h das zonas leste e sul e Policlínicas Ana Adelaide e José Adelino, que encontram-se preparadas para coleta e envio de material para análise no Laboratório Central de Saúde Pública de Rondônia (Lacen).
Em relação às visitas domiciliares e outros imóveis para eliminação de focos do mosquito Aedes aegypti, já foram visitadas parcialmente as residências dos bairros de maior risco de infestação pelo mosquito, como Ulisses Guimarães, Marcos Freire, Três Marias e Cidade do Lobo. A meta é alcançar todos os cerca de 189 mil imóveis da capital até o dia 31 de março. Destes, até o momento foram visitados aproximadamente 40% do total.
Segundo o secretário de saúde, Domingos Sávio de Fernandes, apesar dos agentes comunitários de saúde e endemias contarem com o apoio de militares, Bombeiros e Polícia Militar, parte da população não tem contribuído de forma satisfatória, visto que após as visitas de eliminação dos focos dos mosquitos, algumas pessoas não dão continuidade aos cuidados preventivos. Outro agravante é o receio em permitir a entrada dos agentes nas casas devido a tentativas de assaltos. “É importante ressaltar que nenhum servidor da Semusa ou qualquer um dos nossos parceiros realiza visitas fora do horário de trabalho, muito menos à noite. As visitas oficiais acontecem entre 7h e 14h. Qualquer pessoa que tente adentrar sua casa à noite ou fora do horário citado não faz parte do nosso quadro”, alertou Domingos.
O secretário também convidou a população a manter a vigilância contínua nos seus quintais e nos espaços públicos. “Quem não tem tempo durante a semana pode reservar 30 minutos do sábado para procurar e eliminar reservatórios de água parada e recolher todo o lixo acumulado, inclusive haverá fumacê e uma coleta especial de lixo no sábado nos bairros que já receberam as visitas dos agentes”, ressaltou.
O assessor técnico da Semusa que coordena as ações de combate e prevenção, Marcuce dos Santos, informou que a partir desta segunda-feira a sala de situação para análise e planejamento dispõe de dois canais para denúncias e informações: os telefones 0800 647 5225 e (69) 3901 2973.
Fonte: Comdecom / Collien Rodrigo
Fotos: Medeiros