O Ministério Público Eleitoral abriu, na quinta-feira (21), representação contra a senadora Marta Suplicy (PMDB), pré-candidata à Prefeitura de São Paulo, por propaganda eleitoral paga na internet.
Marta tem feito posts patrocinados no Facebook divulgando perfis e ações na periferia.
O promotor José Carlos Bonilha apontou desrespeito à resolução do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) do final de 2015 que dispõe sobre propaganda eleitoral.
O texto estabelece que “a divulgação de propaganda e de mensagens relativas ao processo eleitoral, inclusive quando provenientes de eleitor, não pode ser impulsionada por mecanismos que, mediante remuneração paga aos provedores de serviços, potencializem o alcance”.
Nos posts pagos, Marta divulgou o seu perfil oficial e agendas públicas. “Estive na Cidade Tiradentes, zona leste de São Paulo. Faz bem escutar o povo. E quando a gente faz, a gente volta”, escreveu a ex-prefeita, mostrando foto em que cumprimenta duas mulheres.
O perfil “Sampa é Marta” também patrocinou sua divulgação. A descrição da página não identifica o criador. Afirma que “nós queremos ver a Marta no comando da Prefeitura de São Paulo”.
Se acatada pela Justiça, a representação pode resultar em multa R$ 5 mil a R$ 30 mil à pré-candidata.
Em nota, a assessoria de imprensa de Marta disse que ela ainda não foi notificada e nega que tenha realizado propaganda de natureza eleitoral.
“Sua página no Facebook é utilizada para divulgação de suas atividades parlamentares, suas ideias sobre a agenda nacional e local e sua história de vida pública”.