Os analistas do mercado financeiro subiram as apostas de inflação pela segunda semana consecutiva, elevando as estimativas para o IPCA de 3,33% para 3,40% em 2017. Os dados são do Boletim Focus, do Banco Central, divulgado nesta segunda-feira. As previsões para o índice oficial de inflação do país, em queda durante quase dois meses, mudaram de trajetória na última semana, após o aumento dos impostos cobrados nos combustíveis.
A meta estabelecida pelo governo para o ano é de 4,5%, podendo variar entre 3% e 6% de acordo com a tolerância. A alta de preços acumulada no ano até junho é de 3%, segundo o IBGE.
Nas previsões sobre os juros, os analistas do mercado financeiro prevêem agora que a Selic encerrará 2018 em 7,75%, ante 8% na semana anterior. Na última quarta-feira o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu a taxa básica de juros em um ponto porcentual, para 9,25%. Foi a primeira vez em quase quatro anos que a taxa de juros ficou em um dígito.
A previsão de inflação para o ano que vem (4,20%), e de crescimento do PIB para 2017 (0,34%) e 2018 (2%) permanecem inalteradas, segundo o Focus.
A taxa Selic
A Selic é a taxa usada como referência para definir os juros pagos em diversos contratos do sistema financeiro, de empréstimos para a compra de imóveis a cartões de crédito. Ela é definida em reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom), que é parte do Banco Central, em reuniões que ocorrem a cada 45 dias. O BC altera a taxa básica de juros para controlar a inflação, por meio da influência que a Selic têm na oferta de dinheiro disponível no mercado.
Fonte: Veja