Lutador coloca Amapá nos jogos olímpicos de 2016

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Venilton Teixeira, lutador de taekwondo que representará sua cidade nos jogos olímpicos 2016. Ele nasceu no Amapá, tem só 20 anos e veio de uma família de 17 irmãos, sem ter os pais por perto, foi criado por sua avó Venina, 58. Ela decidiu colocá-lo em um projeto social aos 14 anos. Ele se dedicou desde o primeiro momento e desde então é o orgulho de toda família.

No final de 2014, Venilton surgiu para o mundo com o título do Open da Turquia. Outros bons resultados o levaram a disputar o campeonato mundial de 2015. Ele fez uma campanha sensacional no peso de 54kg, chegando a medalha de bronze. No Pan de Toronto não repetiu o mesmo desempenho, mas neste ano venceu a seletiva nacional da categoria.

O lutador de taekwondo é um caso raro, mas é um exemplo de que o esporte faz a diferença na vida de qualquer pessoa. Ele confessa que nunca passou por sua cabeça que, seis anos mais tarde, estaria a dias de disputar sua primeira Olimpíada, ainda mais como candidato a um lugar no pódio. O que realça ainda mais a trajetória única de Venilton é o fato de ter nascido no Amapá. Atletas do Estado nesse tipo de competição são uma raridade.

Ele será apenas o segundo a ter essa honra. O primeiro foi o nadador Jader Souza, que foi em Atenas-2004.

Se não é pioneiro em participação, ele quer ser em conquista. Bronze no Mundial de 2015 na categoria até 54 kg (não disputada nos Jogos), mas ele competirá no peso até 58 kg como candidato a medalha.

Seria uma medalha amapaense de fato, Venilton não deixa a capital Macapá. O apego é louvável, mas também lhe causa problema: há poucos lutadores para treinar (os chamados sparrings). Para suprir a carência, conseguiu apoio da Confederação Brasileira de Taekwondo levando atletas das cidade de São Paulo, Paraíba e Rio Grande do Norte para Macapá nas semanas que antecedem os Jogos para ajudar nos treinos. “Escolhemos atletas de bom nível com o mesmo perfil de quem posso enfrentar no Rio”, disse Venilton.

Ele prevê uma Olimpíada com fartura de medalhas para o taekwondo brasileiro. “Acredito em quatro medalhas. A chance é real”, disse.

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