Laboratório Central de Rondônia realiza 70 mil exames no primeiro semestre; 30% a mais em relação a 2016

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Cerca de 70 mil exames de alta complexidade foram realizados de janeiro e junho deste ano pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Estado de Rondônia (Lacen). Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (19) pelo diretor-geral, Luiz Tagliane, em relatório técnico enviado à Secretaria Estadual de Saúde (Sesau).

Com o resultado do primeiro semestre deste ano, o Lacen bate novo recorde em comparação ao mesmo período de 2016. No total, o número de procedimentos cresceu mais de 30%, estima o setor de estatísticas da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau).

Além dos exames e laudos realizados pelo Lacen na capital, o laboratório executa ainda diversas atividades na região de fronteira com a Bolívia, através do Laboratório de Fronteira (Lafron),  no município de Guajará-Mirim. O Lafron absorve, também, demandas dos municípios de Nova Mamoré e pacientes da cidade de Guayara-Mérim, na Bolívia. O relatório aponta a produção dos setores do Lacen: gerência de biologia médica, gerência de produtos e meio ambiente e a gerência de biologia animal.

De acordo com Luiz Tagliane, todos os diagnósticos e monitoramento de doenças e agravos de interesse em saúde pública são realizados pela Gerência de Biologia Médica. A divisão atua ainda na prestação de serviços de investigação e pesquisa no âmbito da Vigilância em Saúde, realizando exames por meio de técnicas padronizadas pelos Centros de Referência Nacional nas áreas de virologia, imunologia, microbiologia, micologia, parasitologia, biologia molecular além de executar o controle de qualidade de todas as lâminas de hanseníase, tuberculose, leishmaniose, malária oriundas de todo o estado de Rondônia. É responsável, também,  pelo controle e monitoramento dos exames de citologia oncótica – conhecido também por exame preventivo do colo do útero, papanicolau -realizados pelos laboratórios públicos e privados do Estado.

Dentre os diagnósticos realizados estão: brucelose, citomegalovírus IgM e IgG, cólera, coqueluche, dengue, difteria, doença de chagas, doenças diarréicas, enterovírus, febre amarela, febre maculosa, febre tifóide, hantavírus, hepatites virais, sorologia, hepatites A, B ou C, hepatites  D, E, hepatites virais, biologia molecular, hepatite B – pesquisa quantitativa do DNA do vírus do HBV, hepatite C, genotipagem do vírus da hepatite C, entre outras doenças e agravos.

Técnicos fazem capturas de vetores para identificação de doenças

Entre os avanços em diagnósticos laboratoriais registrados no Lacen, destaca-se o teste rápido para a detecção de Zika vírus, e teste para a confirmação dos casos positivos – uma espécie de contraprova -, que são realizados pelo Laboratório Central de Saúde Pública de Rondônia (Lacen), desde janeiro deste ano, em Porto Velho.

Os testes, que foram destinadas aos municípios que têm maternidade, passam pela contraprova feita pelo Lacen. Tagliane destaca que os testes são destinados apenas para mulheres grávidas. A medida atende a um protocolo do Ministério da Saúde (MS) que prioriza o grupo considerando a possibilidade do surgimento de casos de microcefalia em decorrência da contaminação pelo Zika vírus.

BIOLOGIA ANIMAL

Essa gerência tem como objetivo subsidiar medidas que visem controlar a transmissão das doenças em uma determinada localidade, através do conhecimento das espécies de  vetores e de seu comportamento bioecológico: drenagem de criadouros, indicação de borrifação intradomiciliar, nebulização ambiental, dentre outros, relata Luiz Tagliane.

O setor também é responsável pela investigações entomo-epidemiológicas dos programas endêmicos. É responsável por indicar áreas que devem ficar sob vigilância, por apresentarem  vetores potenciais, locais epidemiologicamente significantes. Após a implantação das medidas de controle, avaliar qual foi o impacto dessas medidas sobre os vetores.

Segundo Tagliane, cabe ainda à gerência, realizar levantamento da fauna entomológica das localidades selecionadas para estudo. Identificar espécies de vetores de importância médica, realizar testes de infectividades – o nome que se dá à capacidade que tem certos organismos de penetrar e de se desenvolver ou de se multiplicar no novo hospedeiro -, realizar testes de resistência dos insetos a determinados  inseticidas e também realizar estudo da ecologia e comportamento dos vetores de doença como: malária, dengue, doença de chagas, leishmaniose, febre maculosa, picadas de escorpiões e febre amarela silvestre.

Fonte: Secom – Governo de Rondônia

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