Integração logística é pauta de audiência na SUFRAMA

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Durante audiência realizada nesta sexta-feira (13), na sede da Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA), a superintendente da autarquia, Rebecca Garcia, e o Cônsul Geral da República Bolivariana da Venezuela em Manaus, Faustino Ambrosini, discutiram alternativas logísticas para o escoamento de produtos fabricados no Polo Industrial de Manaus (PIM) por meio do porto público de Malta, localizado no lado caribenho da Venezuela.

A iniciativa visa a uma maior integração entre as duas regiões, com perspectiva de investimentos bilaterais que permitam aprimorar a infraestrutura que interliga Brasil e Venezuela, aumentar a capacidade logística do porto venezuelano e fornecer um acesso direto dos produtos brasileiros para o mar do Caribe, de onde poderiam ser transportados para diversos países com maior celeridade.

Segundo Ambrosini, dependendo do modal utilizado, o tempo que se leva para o transporte de produtos de Manaus para Malta é de 15h a 24h. Do porto fica facilitada a distribuição da produção do PIM para o mercado europeu e norte-americano ou para a Ásia, pelo Canal do Panamá.

Rebecca Garcia afirmou que essa proposta chega numa hora bem apropriada, tendo em vista que “nós estamos dentro do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) trabalhando em um grupo que vai explorar as potencialidades de exportação da Zona Franca”. A superintendente afirmou que vai compilar as informações apresentadas durante o encontro e levará para o conhecimento do MDIC, “como sendo uma das alternativas que podemos trabalhar nas parcerias com outros países”.

FIAM

Ao final do encontro, o cônsul venezuelano ratificou que a Venezuela participará da oitava edição da Feira Internacional da Amazônia (VIII FIAM), que será realizada entre os dias 18 e 21 de novembro, no Studio 5 Centro de Convenções, em Manaus. De acordo com Ambrosini, a missão venezuelana no evento contará com uma comitiva de 70 empresas.

Texto/foto: Márcio Gallo

Para Lula, mudança na economia é condição para se afastar risco político

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BRASÍLIA – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai intensificar sua atuação em Brasília para, informalmente, ajudar o governo na articulação política no Congresso Nacional e bater duro na necessidade de mudanças nas decisões na área econômica. Lula – que tem vindo semanalmente a Brasília – reuniu-se ontem com lideranças petistas, quando voltou a defender a substituição do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, pelo ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles.

A avaliação de Lula, segundo relatos de um dos presentes à reunião, é de que “houve um refresco na área política”. Para Lula, “se não houver avanço na área econômica apontando que vamos sair dessa crise, a [crise] política pode retornar ao ponto anterior”. Ele se referia ao movimento pelo impeachment.

Um interlocutor de presentes à conversa contou que a intenção de Lula nas incursões a Brasília é “ajudar o Palácio do Planalto a articular as lideranças”, além de insistir na mudança da política econômica e na troca do ministro Joaquim Levy por Henrique Meirelles.

Embora insista na tese, Lula chamou a atenção do PT pelos vazamentos das notícias que revelam estar o governo preparando a troca de ministro da Fazenda para o fim do ano. Essa troca já foi abortada uma vez, há cerca de um mês, quando um dirigente do partido a anunciou em uma entrevista, e o novo momento de mudança, também revelado agora, irritou a presidente Dilma Rousseff, que não gosta de agir sob pressão.

De qualquer forma, como a flexibilização da política econômica, com a adoção de medidas para liberação do crédito, é uma estratégia prevista para a virada do Ano Novo, acredita o ex-presidente que ainda há tempo de apaziguar os ânimos.

No momento de maior intensidade do noticiário sobre a substituição de Joaquim Levy por Henrique Meirelles, o ex-presidente decidiu, na volta da Colômbia, fazer uma escala em Brasília na quarta-feira à noite. Lula disse aos líderes com quem se reuniu que está contrariado com o vazamento de notícias sobre a nomeação do ex-presidente do BC para o comando da economia e pediu aos parlamentares que evitem comentar o assunto. A avaliação é de que Levy ganhou sobrevida no cargo, após o vazamento da sua articulação em torno de Meirelles.

Desta vez, Lula e Dilma – que está contrariada com os vazamentos sobre Meirelles – não se encontraram, ao contrário das últimas semanas. O ex-presidente tem aterrissado na capital federal uma vez por semana, e invariavelmente reúne-se com sua sucessora para discutir os desdobramentos da crise política.

Nas duas últimas semanas, Lula se reuniu com Dilma, o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, e o ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, que têm sido seus interlocutores constantes no governo. Na semana em que participou da reunião do Diretório Nacional do PT, Lula jantou com Dilma, Wagner e Berzoini no Palácio da Alvorada. E na sexta-feira, depois de participar da Conferência de Segurança Alimentar (Consea), Lula tomou café da manhã com Dilma, Wagner e Berzoini na residência oficial.

Desta vez, reuniram-se na manhã de ontem, com Lula, no hotel onde ele costuma se hospedar em Brasília, entre outros aliados, o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), o líder do governo na Comissão Mista de Orçamento (CMO), deputado Paulo Pimenta (PT-RS), e auxiliares do ex-presidente.

O Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor, apurou, com interlocutores do grupo, que a avaliação geral foi de que Levy saiu fortalecido das notícias de que Meirelles poderia substituí-lo, porque Dilma irritou-se pela segunda vez com o novo vazamento das articulações.

Outra avaliação do grupo é de que a vitória de Levy na Comissão Mista de Orçamento é prejudicial ao governo, porque contingenciaria recursos que deveriam ser voltados ao investimento.

Segundo relatos de um dos presentes na reunião ao Valor PRO, Lula defende para o comando da economia um nome com o “perfil” de Henrique Meirelles, que resgate a política de ampliação do crédito, a retomada das obras públicas, e simultaneamente, tenha o aval instantâneo do mercado financeiro e recupere a confiança dos investidores.

Por Andrea Jubé e Thiago Resende – Valor Econômico

Chico Buarque conta como decidiu se ‘arriscar’ na literatura

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 Foi após uma longa crise criativa, em que passou um ano sem “conseguir fazer porcaria nenhuma”, que Chico Buarque decidiu se “arriscar” na literatura e escreveu seu primeiro livro, “Estorvo”, lançado em 1991.

A revelação é feita pelo músico no documentário “Chico: Artista brasileiro”, de Miguel Faria Jr., que estreia no dia 26 de novembro.

Chico Buarque fala sobre seu lado escritor e de como a carreira literária é hoje tão midiática quanto a de um músico de sucesso, com uma agenda de compromissos intensa.

“Eu imaginava que o escritor não só era recluso enquanto escrevia como depois continuava recluso. Mas hoje em dia o escritor tem que ser showman também”, afirma. Ele conta também que cogitou usar um pseudônimo para escrever.

Do G1, em São Paulo

Ataques em Paris fazem 129 mortos e deixam 352 feridos

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Em entrevista coletiva no início da noite deste sábado (14), no horário local, o procurador-geral da França apresentou novas informações sobre os ataques que ocorreram na noite de ontem em Paris. De acordo com François Molins, até o momento foram contabilizados 129 mortos e 352 feridos, sendo que 99 pessoas estão em situação de saúde considerada crítica.

Molins apresentou uma cronologia dos ataques. Os terroristas usaram pelo menos dois veículos até os seis locais dos atentados, o que sugere que a ação foi coordenada entre grupos. Eles, aparentemente, teriam se divido em três equipes armadas, no período de meia hora: uma no Stade de France, outra usando um carro preto Seat, visto em vários locais onde ocorreram tiroteios, e a terceira utilizando um carro Polo VW preto.

As investigações tiveram início na noite de ontem e ainda estão em andamento.

“As informações são limitadas, ainda estamos no começo, estamos juntando as evidências para saber o que aconteceu, e por isso temos que manter o sigilo”, disse Molins.

Foi confirmado que oito terroristas morreram.

O primeiro ataque ocorreu no Stade de France, às 21h20 de sexta-feira, com uma explosão no portão D (Saint-Denis, região norte de Paris). Dois corpos foram encontrados ali: um deles com um cinto de explosivos e baterias e o outro, de um pedestre. O presidente da França, François Hollande, e o ministro de Relações Exteriores da Alemanha assistiam a um jogo entre os dois países no estádio.

Logo depois, às 21h25, frequentadores do restaurante Petit Cambodge e do bar Le Carillon, no 10º distrito da cidade, foram atacados por homens armados que chegaram em um veículo preto: ali 15 morreram e 10 ficaram feridos.

Às 21h30, houve a segunda explosão no estádio. Foi encontrado o corpo de mais um homem vestindo um cinto com explosivos no portão H.

Às 21h32, um tiroteio foi registrado em frente ao bar A La Bonne Bière, no 11º distrito da cidade, com 5 mortos e 8 feridos. Cerca de 100 cápsulas de balas foram encontradas no lugar, de acordo com as investigações. O atirador havia chegado ao local em um carro preto.

Às 21h36, 19 pessoas foram mortas por atiradores no terraço do restaurante La Belle Equipe, e 9 pessoas ficaram feridas.

Por volta de 21h40, um homem-bomba detonou seus explosivos no restaurante Le Comptoir Voltaire, no 11º distrito, ferindo gravemente uma vítima.

Também às 21h40, um carro foi estacionado em frente à sala de concertosBataclan, onde houve o maior número de mortos. Vários atiradores entraram no local, onde se passava um show da banda norte-americana Eagles of Death Metal, e abriram fogo. Morreram 89 e muitas ficaram feridas. Os homens armados teriam feito menções rápidas ao Iraque e à Síria durante o ataque. Neste local, dois terroristas acionaram os cintos com explosivos que usavam presos ao corpo e um terceiro terrorista foi morto pela polícia.

Às 21h53, um terceiro homem-bomba aciona seus explosivos no Stade de France.

No sábado, 0h20, forças de segurança fazem uma ação no Bataclan para libertar as vítimas mantidas reféns por cerca de duas horas dentro da sala de concertos, momento em que dois terroristas acionam seus explosivos e um outro é morto pela polícia.

Estas informações foram obtidas, em parte, a partir de imagens de câmeras de monitoramento nos locais onde ocorreram os atentados.

O que foi encontrado nos locais dos ataques

De acordo com Molins, os terroristas usavam em seus cintos explosivos do tipo TATP, feitos de forma caseira com produtos químicos comumente encontrados, e às vezes chamados de “mãe de Satã”. Esse tipo de explosivo não é facilmente identificado por cães farejadores, por exemplo.

Os terroristas que agiram no Bataclan usaram armas automáticas do tipo Kalashnikov, e um deles tinha um passaporte sírio (cuja autenticidade ainda não foi confirmada). Foram localizados ali e em outros pontos onde os ataques ocorreram cartuchos de munição para armas de calibre 7.62 mm.

No Stade de France, foram encontrados junto aos corpos dos homens-bomba passaportes da Síria e do Egito, também sem autenticidade confirmada.

Um deles completaria 30 anos de idade no dia 21 de novembro e era de um subúrbio em Courcouronnes (cerca de 30 km ao sul de Paris). Este homem já tinha sido fichado pela polícia francesa em 2004 e foi apontado como um extremista islâmico em 2010, mas nunca foi preso. (com agências de notícias)

Às 21h36, 19 pessoas foram mortas por atiradores no terraço do restaurante La Belle Equipe, e 9 pessoas ficaram feridas.

Por volta de 21h40, um homem-bomba detonou seus explosivos no restaurante Le Comptoir Voltaire, no 11º distrito, ferindo gravemente uma vítima.

Também às 21h40, um carro foi estacionado em frente à sala de concertosBataclan, onde houve o maior número de mortos. Vários atiradores entraram no local, onde se passava um show da banda norte-americana Eagles of Death Metal, e abriram fogo. Morreram 89 e muitas ficaram feridas. Os homens armados teriam feito menções rápidas ao Iraque e à Síria durante o ataque. Neste local, dois terroristas acionaram os cintos com explosivos que usavam presos ao corpo e um terceiro terrorista foi morto pela polícia.

Às 21h53, um terceiro homem-bomba aciona seus explosivos no Stade de France.

No sábado, 0h20, forças de segurança fazem uma ação no Bataclan para libertar as vítimas mantidas reféns por cerca de duas horas dentro da sala de concertos, momento em que dois terroristas acionam seus explosivos e um outro é morto pela polícia.

Estas informações foram obtidas, em parte, a partir de imagens de câmeras de monitoramento nos locais onde ocorreram os atentados.

O que foi encontrado nos locais dos ataques

De acordo com Molins, os terroristas usavam em seus cintos explosivos do tipo TATP, feitos de forma caseira com produtos químicos comumente encontrados, e às vezes chamados de “mãe de Satã”. Esse tipo de explosivo não é facilmente identificado por cães farejadores, por exemplo.

Os terroristas que agiram no Bataclan usaram armas automáticas do tipo Kalashnikov, e um deles tinha um passaporte sírio (cuja autenticidade ainda não foi confirmada). Foram localizados ali e em outros pontos onde os ataques ocorreram cartuchos de munição para armas de calibre 7.62 mm.

No Stade de France, foram encontrados junto aos corpos dos homens-bomba passaportes da Síria e do Egito, também sem autenticidade confirmada.

Um deles completaria 30 anos de idade no dia 21 de novembro e era de um subúrbio em Courcouronnes (cerca de 30 km ao sul de Paris). Este homem já tinha sido fichado pela polícia francesa em 2004 e foi apontado como um extremista islâmico em 2010, mas nunca foi preso. (com agências de notícias)

Do UOL, em São Paulo

 

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