Temendo ‘até mentiras’, governo não vai atacar nem isolar Delcídio

Delcídio-261115.jpg

Aconselhada por seu núcleo político mais próximo, a presidente Dilma Rousseff decidiu que o governo não deve atacar nem isolar completamente o senador Delcídio do Amaral (PT-MS), preso nesta quarta-feira (25) na Operação Lava Jato por tentar obstruir as investigações.

Segundo a Folha apurou, o governo teme que Delcídio use, nas palavras de um ministro, “até mesmo de mentiras” para atacar diretamente o Palácio do Planalto e, por isso, a ordem é ter cautela.

Auxiliares de Dilma foram avisados na noite de terça-feira (24) sobre a prisão do senador. Ao tomar conhecimento dos fatos, a presidente demonstrou preocupação com o efeito que isso teria sobre votações importantes no Congresso e sobre sua imagem e a de seu governo.

Delcídio era um dos principais articuladores do governo no Legislativo, com trânsito entre parlamentares da base aliada e da oposição, e participava da maior parte das reuniões de coordenação política do Planalto, realizadas às segundas-feiras e comandadas pela presidente.

Horas após a prisão do senador, Dilma reuniu em seu gabinete no Palácio do Planalto os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça), Jaques Wagner (Casa Civil), Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) e Edinho Silva (Comunicação Social) para fazer uma avaliação do cenário.

Após examinar o conteúdo das falas de Delcídio, gravadas em um áudio entregue à Procuradoria-Geral da República, Dilma ordenou que, oficialmente, o governo dissesse que foi “surpreendido” pelos fatos e defendesse “a autonomia das investigações”.

CONTA PRÓPRIA

Auxiliares da presidente ressaltaram que o conteúdo das falas do senador deixava claro que o senador “agia por conta própria” e não “a mando do governo federal”.

As conversas de Delcídio foram gravadas e entregues à PGR por Bernardo Cerveró, filho de Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras, também preso na Operação Lava Jato.

Segundo interpretação dos investigadores, Delcídio queria impedir a delação premiada de Cerveró, fechada pelo ex-executivo da estatal em troca de redução de pena.

Nas conversas, o senador cita, entre outros nomes, Dilma e o ministro da Justiça, em contextos diferentes que, segundo Cardozo, não condizem com a verdade.

SUBSTITUTO

Preocupada com o andamento de votações no Congresso, como a que estava marcada para esta quarta sobre a alteração da meta fiscal, Dilma escalou Berzoini para iniciar as negociações que resultariam na substituição de Delcídio na liderança do governo no Senado.

No fim da tarde, porém, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência divulgou nota para informar que o novo líder do governo na Casa será escolhido somente na próxima semana.

Até lá, respondem interinamente pelo cargo os vice-líderes Telmário Mota (PDT-RR), Wellington Fagundes (PR-MT), Paulo Rocha (PT-PA) e Hélio José (PSD-DF).

Fonte: Folha

Papa – na Africa – pede diálogo entre religiões para combater o terrorismo

papa-261115.jpeg

Durante visita ao Quênia, o papa Francisco disse a líderes religiosos que eles devem atuar como “profetas da paz” e promover um diálogo entre as crenças para se proteger dos “bárbaros” ataques de terroristas no país africano.Raio-xQuênia

“Muitas vezes, jovens têm se radicalizado em nome da religião para semear a discórdia e o medo, e para rasgar o próprio tecido da sociedade”, disse Francisco nesta quinta-feira (26) a representantes cristãos, muçulmanos, judeus, animistas, dentre outras religiões.

O pontífice condenou os ataques da facção islâmica somali Al Shabaab, ligada à Al Qaeda, que nos últimos anos, mataram cerca de 400 pessoas no Quênia. Em abril, milicianos invadiram uma universidade e mataram 148 estudantes cristãos.

 


MISSA

“Nossa convicção comum é que o Deus a que buscamos servir é um Deus de paz. Seu santo nome não pode ser utilizado nunca para justificar o ódio e a violência”, acrescentou o papa.

O encontro ecumênico aconteceu pouco antes de Francisco ir de papamóvel ao campus da Universidade de Nairóbi, onde celebrou uma missa diante de centenas de milhares de fiéis.

Na cerimônia, o papa apelou aos jovens para que “rejeitem tudo o que leva ao preconceito e à discriminação” e denunciou a violência contra as mulheres.

“Somos convocados a resistir às práticas que favorecem a arrogância dos homens, que ferem ou desprezam as mulheres, que não cuidam dos idosos e ameaçam a vida do inocente que ainda não nasceu”, declarou Francisco.

Alguns fiéis disseram ter chegado às duas da manhã ao no campus para garantir sua presença, apesar das fortes chuvas na capital queniana durante a madrugada. Para muitos, este era um “momento histórico” que não poderia ser perdido.

A missa foi protegida por cerca de 10 mil agentes de segurança.

Ainda na quinta-feira, o papa deve fazer um discurso na sede da Organização das Nações Unidas em Nairóbi.

Francisco desembarcou no Quênianesta quarta-feira (25), iniciando sua primeira visita ao continente africano. Nos próximos dias, ele deve passar pela República Centro-Africana e por Uganda.

Fonte: Folha

Vereadores aprovam projeto de incentivo à cultura.

Wildes1.jpg

      O projeto de Lei n. 3.337/2015, que garante o incentivo, através da prefeitura, a qualquer manifestação artística, cultural, religiosa e esportiva sem fins lucrativos foi aprovado em primeira e segunda votação na Câmera Municipal de Porto Velho.

            A proposta também prevê que a prefeitura providencie no dia do evento, o isolamento das ruas e entre ruas do local de sua realização, bem como em dia de ensaios, a divulgação do evento informando as ruas que serão interrompidas para sua realização, com antecedência mínima de 7 (sete) dias e ainda, designar aos Órgãos competentes a elaboração de calendário oficial de eventos culturais no município de Porto Velho, por área, respeitando as datas históricas dos respectivos, além do custeio de alguns itens e serviços básicos necessários para a execução do evento.

            Wildes ressaltou que na capital portovelhense, as manifestações culturais são um fato, e com isso, é importante estimular o crescimento de emprego, turismo e setores de serviços que atuam neste sentido, a exemplo da ocupação hoteleira, a busca de serviços de restaurantes, bares e estabelecimentos do gênero.

            Para José Wildes, as instituições e organizações que fazem a cultura acontecer no município através dos festejos, carnaval, torneios esportivos, dentre vários outros, precisam ser valorizadas e estimuladas e para isso o município, através dos entes públicos e órgãos responsáveis, devem criar mecanismos legais para agregar esses valores, respeitando todos os segmentos sem qualquer restrição, possibilitando que o evento cultural, proveniente desses segmentos possam ser contemplados e prestigiados por todos. O Projeto de Lei segue para o Executivo, para sanção ou veto do prefeito Mauro Nazif.

Fonte e Foto: Assessoria

 

 

PRESO LÍDER DO GOVERNO NO SENADO

Delcidio-Amaral.jpeg

Relator dos processos da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, o ministro Teori Zvascki informou nesta quarta-feira (25) que um dos motivos da prisão do líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), foi a oferta de uma “mesada” de pelo menos R$ 50 mil para que o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró não fechasse acordo de delação premiada na investigação que apura um escândalo de corrupção na Petrobras.

O relato do ministro foi feito no início da sessão da Segunda Turma do STF, que se reúne de forma extraordinária para discutir a prisão do senador. A acusação foi apresentada a Teori pela Procuradoria Geral da República.

A Procuradoria apontou ainda que Delcídio indicou que teria condições de influir sobre ministros do Supremo para garantir a liberdade de Cerveró e chegou a tratar de uma eventual rota de fuga do ex-diretor caso a Justiça concedesse um habeas corpus a ele.

Delcídio teria indicado que a saída ideal de Cerveró seria pelo Paraguai, recomendando que ele fosse para a Espanha.

Em relação ao banqueiro André Esteves, que também foi preso nesta quarta, os investigadores sustentam que ele teria oferecido apoio financeiro à família de Cerveró para que também não fosse citado na delação.

Além disso, teria sido prometido ao advogado Edson Ribeiro, que cuidava da defesa de Cerveró, pagamento de R$ 4 milhões em honorários para que o ex-diretor não firmasse delação.

Um mandado de prisão contra Ribeiro também foi emitido, mas ele não foi detido porque está nos Estados Unidos. Segundo fontes da PF, o ministro Teori pedirá que seu nome seja incluído na lista da interpol.

As tratativas do senador e do banqueiro foram gravadas por Bernardo Cerveró, filho do ex-diretor da Petrobras. A última reunião do grupo para discutir o acordo teria ocorrido na quinta-feira (19). Segundo os investigadores, mesmo após a operação Lava Jato, ainda neste mês cargos na Petrobras estavam sendo negociados de forma indevida.

PROCURADORIA

A PF informou que a gravação foi obtida inicialmente pela PGR (Procuradoria-Geral da República) e passou “ao conhecimento” da PF. Todos os mandados de prisão e de busca e apreensão foram elaborados e submetidos ao STF pela PGR.

Em relação à influência de Delcídio no STF, ele teria indicado interlocução com os ministros Dias Toffoli e Teori Zavascki, discutido estratégia para se aproximar de Gilmar Mendes e tentado marcar encontros com Edson Fachin.

OUTRO LADO

Em nota, o BTG Pactual afirma que está à disposição das autoridades para prestar todos os esclarecimentos necessários e que vai colaborar com as investigações.

FILHO DE CERVERÓ GRAVOU A PROPOSTA

O senador Delcídio Amaral (PT-MS), preso nesta quarta-feira (25), por tentar atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato, ofereceu R$ 50 mil mensais para tentar convencer o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró a não fechar acordo de delação premiada. Ele queria convencer Cerveró a fugir do país.

O parlamentar queria evitar que o ex-executivo fizesse delação premiada, dando detalhes à Justiça do envolvimento dele em irregularidades na compra da refinaria de Pasadena, nos EUA.

Delcídio procurou Bernardo Cerveró, filho do ex-diretor da Petrobras, que estava preso, para fazer a proposta. Ele estava acompanhado do advogado do ex-executivo, Edson Ribeiro, que também tem ordem de prisão autorizada. O banqueiro Andre Esteves –que também foi preso–, do BTG/Pactual, estaria a par das negociações.

O senador e o advogado expuseram na reunião com Bernardo a ideia da fuga.

Cerveró iria de avião até o Paraguai. De lá, embarcaria para Madri, na Espanha. Como tem cidadania espanhola, ele não teria dificuldade de entrar no país e lá estabelecer residência.

A dupla até sugere o avião que deveria ser usado no percurso: um Falcon 50, que não precisaria pousar para reabastecer.

O senador cita, na conversa, o nome de ministros do STF que, segundo ele, estariam dispostos a votar pela soltura dos investigados da Lava Jato que estavam presos em Curitiba. A conversa foi gravada por Bernardo e entregue ao Ministério Público Federal.

A menção aos nomes de magistrados irritou os integrantes do STF (Supremo Tribunal Federal), que nesta terça (24) decidiram autorizar a prisão do parlamentar.

INVESTIGAÇÃO

Delcídio e o banqueiro Esteves teriam tido também acesso à pré-proposta de delação premiada que Cerveró já estava negociando com promotores e a polícia. Uma investigação deve ser aberta para que se descubra quem repassou os documentos indevidamente a eles.

Delcídio havia sido citado por Cerveró, que o acusou de participar de um esquema de desvio de recursos envolvendo a compra da refinaria de Pasadena, nos EUA.

O senador teria até mesmo oferecido possibilidade de fuga a Cerveró em troca de ele não aderir ao acordo de colaboração com a Justiça, revelando as irregularidades da operação. A conversa foi gravada por um filho de Cerveró.

Fonte: Folha 

scroll to top