Senado aprova aumento de 21,3% para funcionários da Casa até 2019

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Impacto do aumento salarial será de R$ 174,6 milhões em 2016.
Texto ainda tem de ser aprovado pela Câmara dos Deputados.

O plenário do Senado aprovou nesta quinta-feira (17) um aumento de 21,3% para os funcionários da Casa até 2019. Somente em 2016, o impacto será de R$ 174,6 milhões.

O projeto, de autoria da Mesa do Senado, ainda tem de passar pela aprovação da Câmara dos Deputados.

Conforme a proposta, a intenção é repor, “tanto quanto possível dentro do escopo do esforço fiscal realizado pelo governo federal”, o impacto da inflação nos próximos anos.

De acordo com o projeto, o reajuste será concedido em quatro parcelas anuais: 5,5% em 2016, 5% em 2017, 4,8% em 2018 e 4,5% em 2019.

Como a alíquota de reajuste diminui até 2019, o projeto informa que o impacto de R$ 174,6 milhões em 2016 deve diminuir nos anos seguintes.

Fonte: G1

WhatsApp: Justiça concede liminar para restabelecer aplicativo no Brasil

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Uma decisão desta quinta-feira (17) do Tribunal de Justiça de São Paulo determinou o restabelecimento do aplicativo de mensagens WhatsApp no Brasil. As operadoras de

De acordo com a decisão do desembargador Xavier de Souza, “em face dos princípios constitucionais, não se mostra razoável que milhões de usuários sejam afetados em decorrência da inércia da empresa” em fornecer informações à Justiça.

Retorno imediado do app
“Cumprimos a ordem para bloquear e para desbloquear. Independentemente de termos prejuízo em relação à nossa imagem, por cumprir tudo que a justiça brasileira determina”, diz Eduardo Levy, presidente do SindiTeleBrasil, ao G1. As empresas cumpriram imediatamente o que a Justiça determinou. Usuários de Claro, Tim e Vivo relataram o retorno.

Em nota publicada no site do Tribunal de Justiça de São Paulo, o desembargador afirma ainda que considera o aumento do valor da multa uma solução adequada, “para inibir eventual resistência da impetrante”.

Isso porque, segundo o TJ-SP, o WhatsApp não atendeu a uma determinação judicial de 23 de julho de 2015. A empresa foi notificada mais uma vez em 7 de agosto, com uma multa fixada em caso de não cumprimento.

O WhatsApp não atendeu à determinação novamente, de acordo com o TJ-SP. Por isso, “o Ministério Público requereu o bloqueio dos serviços pelo prazo de 48 horas, com base na lei do Marco Civil da internet”.

O caso
Na quarta-feira (16), as principais operadoras de telefonia móvel do Brasil foram intimadas pela Justiça a bloquear o WhatsApp em todo o território nacional por 48 horas. O bloqueio começou a valer à 0h de quinta (17).

O recebimento da determinação judicial foi confirmado pelo Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviços Móvel Celular e Pessoal, o SindiTelebrasil, que representa as operadoras Vivo, Claro, Tim, Oi, Sercomtel e Algar.

A Justiça em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, determinou a derrubada do WhatsApp por 48 horas por causa da investigação de uma quadrilha de roubo a banco e caixas eletrônicos, de acordo com o SPTV.

Segundo o SPTV, a determinação judicial foi uma punição ao Facebook, dono do WhatsApp, que não liberou mensagens usadas pelos criminosos no aplicativo para a investigação policial. A quadrilha é investigada há dois meses.

A Justiça havia autorizado a interceptação das conversas pelo WhatsApp para investigar a facção criminosa que também tem envolvimento com o tráfico de drogas. A decisão foi da  juíza da 1ª Vara Criminal de São Bernardo, Sandra Marques, que tinha autorizado e determinado o grampo oficial e ainda estabeleceu multa diária de R$ 100 mil em caso de descumprimento.

Como o WhatsApp não se manifestou, a multa já estaria em R$ 6 milhões, de acordo com o SPTV. Diante disso, a polícia e o Ministério Público (MP) pediram a interrupção do serviço à Justiça, que concordou.

Histórico
Essa não é a primeira tentativa de bloquear o WhatsApp no país. Em fevereiro, um juiz de Teresina (PI) determinou que as operadoras suspendessem temporariamente o acesso ao app de mensagens.

O motivo seria uma recusa do WhatsApp em fornecer informações para uma investigação policial que vinha desde 2013.

Fonte: G1

Todo político deveria passar por uma avaliação psiquiátrica

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Sem gestão da emoção, o projeto pessoal torna-se mais importante que o projeto de governo, transformando o líder num predador da sociedade

Embora não tenha sofrido grandes traumas na infância, Adolf Hitler foi superprotegido pela mãe. Isso resultou em uma gestão emocional comprometida, já que ele foi uma pessoa introvertida, depressiva e que se sentia diminuída socialmente, o que mais tarde se transformou em um complexo de superioridade. É o que afirma Augusto Cury em“Gestão da Emoção”.

Ele explica que, na época em que Hitler estava vivo, a Alemanha passava pelo estresse do Tratado de Versalhes: fragmentação política, vácuo de liderança e inflação altíssima. O ambiente cheio de tensão produziu coletivamente a Síndrome do Circuito Fechado da Memória, diminuindo a consciência crítica da população.

O anseio por um salvador da pátria contribuiu para que surgisse um orador extremamente teatral, que iniciaria uma gestão política insustentável, fundamentada em discursos megalomaníacos.

“Hitler seduziu a sociedade mais culta de seu tempo, a terra de Kant, Hegel, Schopenhauer. Ele propagandeou, em prosa e verso, o quanto a Alemanha fora humilhada e injustiçada pelos impostos pesados que pagava por conta da perda na Primeira Grande Guerra Mundial. Ele estressou o povo alemão alardeando as ameaças que o país sofria e, ao mesmo tempo, exaltou sobremaneira a cultura e a coragem de seu povo – técnicas típicas de ditadores, as quais serviram para aumentar seu índice de popularidade”, escreve Cury.

Para o psiquiatra, a influência de Hitler equivalia a uma bomba emocional. Ele opina que todo político, antes de assumir um cargo, deveria passar por uma avaliação psiquiátrica, psicológica e sociológica detalhada.

“Dirigir uma empresa, uma instituição, uma cidade ou uma nação sem ter aprendido as ferramentas básicas para ser líder da própria mente pode gerar necessidades neuróticas graves: de se perpetuar no poder, de estar sempre certo, de controlar os outros e de estar sempre em evidência social”.

Tudo culmina na gestão da emoção. Sem ela, o projeto pessoal acaba sendo mais importante que o projeto de governo, transformando o líder num predador da sociedade. O desejo de se eternizar no poder é uma característica de personalidade doentia, ressalta Cury, e atitudes imediatistas desconsideram a sustentabilidade a longo prazo.

Tal comportamento anula a felicidade inteligente. É por isso que muitos líderes desconhecem que o poder e o excesso de exposição social podem asfixiar o prazer e o equilíbrio. Não desenvolver uma emoção estável também faz com que o indivíduo não perceba que a grandeza da vida se encontra nas coisas simples.

Sugerindo ferramentas para corrigir a rota do mau uso da emoção, o livro traz técnicas simples para trabalhar melhor os sentimentos e expandir as habilidades vitais da inteligência. As dicas são úteis para profissionais de áreas diversas e também para pessoas de todas as idades que querem garantir saúde psíquica.

Sobre Hitler e o surgimento de outros líderes sem gestão emocional, Augusto Cury questiona: “Se a Alemanha se curvou para um sociopata estrangeiro, que sociedade estará livre de se curvar a novos Hitlers num ambiente de aquecimento global, insegurança alimentar, escassez de energia e radicalismo religioso? Se os alunos das escolas de ensino fundamental e médio, bem como universitários, não aprenderem as ferramentas mínimas de gestão da emoção que estamos estudando, como a sociedade desenvolverá consciência crítica para não se deixar seduzir por salvadores da pátria que alardeiam soluções mágicas e inumanas?”.

Fonte: FOLHA

Teori deixa para depois de fevereiro análise de afastamento de Cunha

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O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu que o STF afaste Cunha sob o argumento de que o deputado usava aliados para achacar empresários e cita 11 situações em que o peemedebista teria usado o cargo indevidamente.

Para a Procuradoria, o presidente da Câmara tem usado seu mandato e o cargo “para constranger e intimidar testemunhas, colaboradores, advogados e agentes públicos” e para dificultar a investigação contra si.

A operação da Polícia Federal realizada na terça (15) e que atingiu políticos do PMDB, inclusive Cunha, deu novos elementos para o pedido, mas parte do embasamento é baseada em fatos já conhecidos.

O deputado é investigado em três inquéritos que apuram suspeitas de envolvimento dele em esquemas de corrupção revelados pela Operação Lava Jato. Um deles já virou denúncia ao STF.

A ação cautelar de Janot foi enviada ao ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato, que deverá colocar a questão para o plenário de 11 ministros decidir sobre a questão.

PROPINA

No pedido, o procurador cita conversa obtida no celular apreendido de Cunha com o empreiteiro Léo Pinheiro, da OAS, na qual ele, na avaliação de Janot, negocia um projeto de interesse do empreiteiro e pede propina. “Alguns dias depois Cunha cobrou o pagamento de valores, que, pelo teor das conversas anteriores, era em duas partes: R$ 1,5 milhão e R$ 400 mil”.

Também cita conversa com o então presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Azevedo, na qual Cunha acerta emendas de seu interesse. Por isso, Janot diz que Cunha transformou a Câmara em “balcão de negócios”.

Foram encontrados ainda na busca feita pela PF na terça-feira nas residências de Cunha documentos referentes às suas contas na Suíça, dossiê da CPI da Petrobras, além de documentos sobre requerimentos e emendas de deputados aliados.

A peça também usa como argumento as manobras de Cunha para evitar a abertura de seu processo de cassação no Conselho de Ética, citando inclusive a entrevista do ex-relator do processo Fausto Pinato à Folha publicada na semana passada, na qual ele disse ter recebido oferta de propina.

Cunha foi eleito presidente da Câmara em fevereiro deste ano contra a vontade do governo, que apoiou a candidatura de Arlindo Chinaglia (PT-SP). Apesar de pertencer ao principal partido ligado ao PT na coalizão de Dilma Rousseff, o PMDB, Cunha sempre foi um aliado incômodo e nunca escondeu a insatisfação pela negativa de apoio do Planalto à sua candidatura ao comando da Casa.

Ao vencer a disputa em primeiro turno, o peemedebista liderou uma série de derrotas legislativas aplicadas ao governo Dilma, entre elas a aprovação de uma série de projetos com impacto bilionário aos cofres públicos.

Mesmo enfraquecido após seu nome ser vinculado com força no esquema de corrupção da Petrobras, Cunha continuou dando as cartas. Há poucos dias, em acordo com a oposição, conseguiu emplacar uma chapa majoritariamente anti-Dilma na comissão que irá analisar o impeachment.

Fonte: FOLHA

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