Cunha e Delcídio viram máscaras de Carnaval no Rio

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Políticos vão cair na folia sobre o rosto dos foliões

Rio – Máscaras de políticos investigados ou presos no esquema da Lava-Jato, como o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o senador Delcídio do Amaral, prometem fazer sucesso no Carnaval de 2016. Os moldes com os traços deles começam a ser produzidos na próxima semana pela fábrica Condal, que fica em São Gonçalo, e que é considerada uma das principais fornecedoras da folia no Brasil.

“Na tiragem inicial, prevista para ficar pronta nas próximas semanas, teremos 120 peças com o rosto de cada um deles. O público usa este tipo de máscara como crítica política. Se compram do Papa é para reverenciar, do Cunha, por exemplo, para protestar”, garantiu Olga Valles, proprietária da Condal.

Ainda segundo ela, a empresa estuda a fabricação da máscara com o rosto do agente da Polícia Federal Newton Ishii, famoso por escoltar políticos e empresários presos na Lava Jato. “Político é pessoa pública, o agente não tem uso de imagem liberado”, lembrou.

Fonte: O DIA

STF autoriza quebra do sigilo bancário de Renan Calheiros

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Presidente do Senado é suspeito de ter recebido pagamento de propina em contratos da Transpetro, subsidiária da Petrobras que era presidida por Sérgio Machado, investigado no âmbito da Lava Jato

REUTERS

Brasília – O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki autorizou a quebra do sigilo bancário e fiscal do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), como parte das investigações da operação Lava Jato, de acordo com reportagem no site da revista Época neste sábado.

Segundo a publicação, Zavascki concedeu em 9 de dezembro autorização para a quebra do sigilo do senador no período de 2010 a 2014.

De acordo com despacho do ministro autorizando a quebra do sigilo, Renan é suspeito de ter recebido pagamento de propina em contratos da Transpetro, subsidiária da Petrobras que era presidida por Sérgio Machado, investigado no âmbito da Lava Jato.

Na terça-feira, a Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão em endereços de Machado e no diretório estadual do PMDB de Alagoas, o Estado de Renan, como parte de uma operação que envolveu diversos nomes do partido, incluindo o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o deputado Aníbal Gomes (PMDB-CE), próximo a Renan.

Nelson Barbosa assume o comando da Fazenda no lugar de Joaquim Levy

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Atual ministro do Planejamento substituirá Joaquim Levy na pasta. Para Barbosa, ajuste fiscal e recuperação econômica têm de andar juntas.

O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, substituirá Joaquim Levy no comando doMinistério da Fazenda. A troca foi oficializada pelo Palácio do Planalto nesta sexta-feira (18).

Com a ida de Barbosa para a Fazenda, ocorrerá uma segunda troca no primeiro escalão. O atual ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Valdir Simão, assumirá o Ministério do Planejamento. Barbosa e Simão serão empossados nos novos postos na segunda-feira (21).

A troca foi confirmada em nota enviada pelo Palácio do Planalto. No texto, a presidente Dilma Rousseff agradece “a dedicação do ministro Joaquim Levy, que teve papel fundamental no enfrentamento da crise econômica, e deseja muito sucesso nos seus desafios futuros”.

Homem de confiança da presidente Dilma Rousseff, Barbosa assume a chefia da área econômica do governo após discordar de Levy e se impor nos embates sobre as medidas para reestabelecer o reequilíbrio da dívida pública, sobretudo no que diz respeito ao nível da meta de superávit primário (economia para pagar os juros da dívida).

Mais cedo, nesta sexta, a colunista do G1 Cristiana Lôbo já havia adiantado que Barbosa era onome mais cotado para substituir Levy. O colunista do G1Gerson Camarotti também antecipou que o novo ministro da Fazenda seria o atual titular do Planejamento.

A troca de bastão no comando da economia brasileira ocorre pouco menos de um ano depois de Joaquim Levy ter assumido o posto. Ministro de perfil técnico, Levy se sentiu desprestigiado na função por ter sido vencido reiteradas vezes em disputas com o colega do Planejamento sobre definições da política econômica.

A trajetória de Nelson Barbosa

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Economista de formação e com um perfil mais técnico do que político, Nelson Barbosa tem um perfil mais alinhado ao da presidente, embora seja visto pelo mercado como “desenvolvimentista”, uma vez que ao longo do ano conseguiu convencer a presidente Dilma de medidas e metas menos dolorosas do que as que eram propostas pelo colega Levy.

Com a promoção, Barbosa volta à Fazenda e assume definitivamente o posto de principal nome da equipe econômica e o cargo para o qual o seu nome vem sendo cogitado desde a época da substituição do ex-ministro Guido Mantega.

Desde o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Barbosa vem ocupando diferentes cargos do poder. Entrou no governo em 2003, no Ministério do Planejamento, permanecendo no governo até 2013, quando deixou a Secretaria-Executiva do Ministério da Fazenda após rusgas com Mantega e o ex-secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin.

Na Fazenda, Barbosa já ocupou as secretarias de Acompanhamento Econômico (2007 e 08) e de Política Econômica (2008 e 10), antes de ser levado por Mantega ao posto de secretário-executivo, sucedendo Nelson Machado, em 2011. Antes disso, também ocupou cargos no Ministério do Planejamento e no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Na sua passagem anterior na Fazenda, foi responsável, além de negociar a reforma tributária, pelos estudos de medidas para aumentar o nível de atividade e os investimentos, como as desonerações tributárias implementadas pelo governo. Barbosa é apontado também como um dos mentores da chamada, representada por expansão fiscal, tentativa redução forçada de juros e maior controle do câmbio.

Barbosa é bacharel e mestre em Economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e PhD pela New School for Social Research. Foi remador na juventude no Rio de Janeiro, onde nasceu, e tem 1,90 metro. Barbosa trabalhou no comitê de reeleição do presidente Lula, em 2006, mas não é filiado ao PT. O novo ministro da Fazenda é casado e pai de um filho.

Embate com Levy

Os desentendimentos de Barbosa e Levy ficaram mais evidentes durante as sucessivas revisões das metas fiscais para 2015 e 2016.

O principal embate ocorreu em agosto, quando pela primeira vez na história foi apresentado pelo Planejamento um projeto de Orçamento prevendo gastos maiores que as receitas (déficit).

Após a agência de classificação de risco Standard and Poor’s (S&P) tirar o grau de investimento do Brasil, o governo acabou recuando da ideia, e manteve a proposta de Levy de perseguir um superávit de 0,7% do PIB.

Para perseguir a meta, entretanto, foi anunciado um pacote de cortes e de aumento de receitas, centrado muito mais na recriação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) do que no corte de despesas, o que representou mais uma vitória de Barbosa.

Ao chegar no Congresso, porém, a meta fiscal para 2016 voltou a enfrentar resistência. E, diante das ameaças de cortes em programas sociais como o Bolsa Família, o governo Dilma acabou decidindo em dezembro pela revisão da meta fiscal para 0,5% do PIB, deixando Levy mais uma vez em descrédito.

No dia seguinte, a Fitch anunciava a retirada do grau de investimento do Brasil, levando o país a perder o selo de país bom pagador em 2 das grandes agências internacionais de classificação de risco.

Em comunicado, o Planejamento minimizou o rebaixamento, afirmando ter “convicção” que a decisão da Fitch é “temporária” e que poderá ser revertida tão logo os resultados das medidas em andamento comecem a ter impacto sobre a economia, levando à recuperação do crescimento, à geração de empregos e ao reequilíbrio fiscal”.

Outras posições do novo ministro

O novo ministro já defendeu uma política de reajustes mais moderados para o msalário mínimo. Ao tomar posse no Planejamento, Barbosa chegou a dizer que iria “propor uma nova regra para 2016 a 2019”. Desautorizado por Dilma, entretanto, ele recuou e no dia seguinte disse que não haverá mudança na forma de cálculo do salário mínimo.

Ele também foi um dos defensores da redução dos repasses do Tesouro Nacional ao BNDES e da elevação da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), que serve de referência para os empréstimos do BNDES ao setor produtivo. A taxa vem sendo elevado desde o início de 2015 e está atualmente em 7,5% ao ano.

Barbosa vem defendendo o aumento dos investimentos em infraestrutura como motor para a retomada do crescimento e estava no comando da segunda etapa do Programa de Investimento em Logística (PIL), que prevê R$ 198 bilhões nos próximos anos com concessões de aeroportos, rodovias, ferrovias e portos.

A posição defendida por Barbosa é a de que o ajuste fiscal e a recuperação do crescimento precisam andar juntas.

Ao defender na quinta-feira (17) a redução da meta de superávit primário de 2016, Barbosa disse que o objetivo de estabilizar os níveis de investimento do país.

“No momento que a economia brasileira atravessa, nós temos agora o desafio de estabilizar o nível de atividade econômica. E para estabilizar o nível de atividade econômica é crucial estabilizar o investimento”, disse.

Íntegra do comunicado sobre a troca de ministros

NOTA À IMPRENSA

A presidenta Dilma Rousseff anunciou, hoje, dois nomes da equipe econômica do seu ministério.

Para o Ministério da Fazenda, a presidenta indicou o sr. Nelson Barbosa. O novo titular do Ministério do Planejamento será o sr. Valdir Moysés Simão.

A presidenta agradece a dedicação do ministro Joaquim Levy, que teve papel fundamental no enfrentamento da crise econômica, e deseja muito sucesso nos seus desafios futuros.

Assume interinamente, como Ministro Chefe da CGU, o Sr. Carlos Higino Ribeiro de Alencar.

SIMP/Secom

Fonte: G1

Justiça do DF mantém condenação de Bolsonaro por ofensas a deputada

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A Justiça do Distrito Federal confirmou nesta quarta-feira (16), por unanimidade, sentença que obriga o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) a pagar indenização de R$ 10 mil por danos morais à deputada Maria do Rosário (PT-RS). O recurso do parlamentar foi rejeitado pela 3ª Turma Cível do Tribunal de Justiça. Cabe novo recurso.

A decisão se baseia em um pronunciamento de Bolsonaro na tribuna da Câmara em 2014, quando ele disse que não estupraria Maria do Rosário porque ela “não merece”. O casochegou ao Conselho de Ética da Casa, mas foi arquivado com o fim da legislatura. Ambos foram reeleitos.

Bolsonaro informou que vai recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para reverter a decisão e disse que só poderá comentar o caso após a sentença definitiva. O G1 entrou em contato com Maria do Rosário, mas não recebeu retorno até a atualização desta reportagem.

No julgamento, os desembargadores acataram um recurso da deputada e ampliaram o direito de retratação para todas as redes sociais. A decisão original previa que Bolsonaro se desculpasse apenas no canal de vídeos que mantém no Youtube.

Declaração polêmica
Em dezembro de 2014, Bolsonaro subiu à tribuna da Câmara e afirmou, ao microfone, que não estupraria Maria do Rosário “porque ela não merece”, e chamou a deputada de “mentirosa, deslavada e covarde”. O primeiro trecho foi reprisado de uma discussão entre os dois em 2003, em um corredor da Câmara.

“Fica aí, Maria do Rosário, fica. Há poucos dias, tu me chamou de estuprador, no Salão Verde, e eu falei que não ia estuprar você porque você não merece. Fica aqui pra ouvir”, disse. Em seguida, teceu críticas ao governo da presidente Dilma Rousseff e ao PT, mas a deputada deixou o plenário durante o pronunciamento.

O discurso foi feito em reação a uma fala de Maria do Rosário contra a ditadura militar. Ex-ministra dos Direitos Humanos, ela chamou o período de “vergonha absoluta” e criticou manifestações de rua que pediam a volta dos militares ao poder.

‘Peço que o mantenha longe’
Depois da sessão polêmica, a deputada Maria do Rosário disse que a atitude de Bolsonaro agredia não só a ela, mas a todas as mulheres, e fez um apelo à direção da Câmara para que o “mantenha longe”. “Ele, de fato, agride a todas as mulheres [com o seu discurso]. Eu só quero poder vir para a Câmara dos Deputados, porque eu fui eleita, e trabalhar”, afirmou.

A primeira condenação da Justiça do DF foi publicada em setembro deste ano. Na época, a deputada comemorou o resultado no Facebook e afirmou que doaria toda a possível indenização a “organizações que atuem no combate à violência contra a mulher no país”.

Fonte: G1

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