PT reproduziu metodologias antigas e se lambuzou, diz Jaques Wagner – Chefe da Casa Civil de Dilma

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Chefe da Casa Civil da presidente Dilma Rousseff, Jaques Wagner, 64, disse, ao avaliar os efeitos da Operação Lava Jato sobre o PT, que seu partido “errou” ao não fazer a reforma política e “acabar reproduzindo metodologias” antigas da política brasileira.

O resultado, afirmou, é que o PT, “que não foi treinado para isto”, encarnou o ditado: “Quem nunca comeu melado, quando come, se lambuza”.

Em entrevista à Folha, o ex-governador da Bahia avaliou que 2015 foi um ano “duro” e que em 2016 não deve haver crescimento no país.

Wagner fez ressalvas à condução da política econômica pelo ex-ministro da Fazenda Joaquim Levy, a quem atribui uma obsessão pelo ajuste sem mostrar para onde o país iria. Segundo o petista, agora é preciso “modular” o ajuste com propostas que apontem para o desenvolvimento.

Ele disse que o governo conseguirá “enterrar” o impeachment.

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Folha – O governo começou o ano falando em crescimento e vai acabar com retração de quase 4%, inflação em dois dígitos e juros altos. 2015 foi um ano perdido?
Jaques Wagner – Foi um ano difícil. Não conseguimos compactar a base de sustentação ao governo no Congresso, a crise da economia mundial repercutiu aqui, assim como repercutiu os ajustes que precisamos fazer no começo do ano por conta das medidas de 2013 e 2014.

O ajuste foi exagerado?
Se tivesse feito menos teria conseguido segurar o nível de emprego que seguramos? O senso comum é que exageramos nas desonerações e na equalização de juros para investimentos. Mas as pessoas só olham para as consequências negativas das medidas.

Porque o reflexo foi ruim.
Concordo que foi um ano muito duro, mas não vou dizer nunca que foi um ano perdido. Mas se você apurar só a notícia “não boa”, a inflação realmente está onde está, os juros estão lá em cima, o crescimento foi negativo. A foto de final de ano não é boa.

E qual é a culpa do governo?
Não sei se foi erro, mas as medidas contracíclicas tomadas produziram um problema fiscal que ela [presidente Dilma] se impôs consertar. O erro para mim é muito mais da oposição, que fez uma agenda do “impeachment tapetão”.

O que o senhor quer dizer?
A impopularidade de Dilma hoje é consequência de que a gente teve que consertar medidas tomadas em 2013 e 2014, que tiveram seu lado positivo e, como tudo na vida, também consequências ruins. Mas nunca teve dolo. A banalização do processo como recurso eleitoral é o “impeachment tapetão”, que não é com motivo, é para recorrer do jogo que perdi em campo. Mas isso também será cobrado da oposição, porque impopularidade não é crime.

E qual a saída para isso?
O governo passa por um momento ruim de popularidade e a nossa grande tarefa é começar a retomada da economia. Estamos abertos para fazer um governo de unidade nacional, então quero propor dois temas: a reforma política e a da Previdência.

O impeachment está enterrado?
Nós vamos enterrá-lo.

Na Câmara dos Deputados ou vai precisar do Senado?
Na Câmara. Não tenho dúvida de que a gente vai a 250, 255 votos [Dilma precisa de 171 votos para barrar o pedido de impeachment na Casa].

A operação Lava Jato atingiu o PT em cheio. O partido errou?
Errou ao não ter feito a reforma política no primeiro ano do governo Lula. E aí não mudou os métodos do exercício da política.

Por que o PT se entregou a estes métodos?
Porque ficou usando ferramentas que já eram usadas.

Que tipo de ferramentas?
Do financiamento privado [para campanhas eleitorais] e aí acabou reproduzindo metodologias. Talvez, porque nunca foi treinado para isto, deve ter feito como naquela velha história: “Quem nunca comeu melado, quando come, se lambuza”. Quem é treinado erra menos, talvez, né?

O governo vai registrar dois anos seguidos de recessão. O senhor teme que esse quadro leve a um novo enfraquecimento da presidente?
Não tenho bola de cristal. O governo vai tentar resgatar a economia na questão da inflação, da geração de emprego, do crescimento maior ou de um decréscimo menor. O problema da economia não é ter um momento ou dois ruins, é ter horizonte.

O senhor acha que Joaquim Levy exagerou na dose?
Não quero personalizar, porque é óbvio que as coisas têm o arbítrio dela [Dilma]. Mas não sou só eu, tem uma porção de gente que acha que foi apagando o incêndio, e isso era uma obsessão, sem dizer para onde iríamos. Não sei se foi exagerado, mas o momento é de modular.

Modular é suavizar o ajuste?
Modular com medidas que apontem para o crescimento. A meta é menos importante que a credibilidade.

Nelson Barbosa é o melhor quadro para 2016, ano de retomada do crescimento?
Não é retomada, é preparação para a retomada. Não acho que vamos retomar o crescimento em 2016, mas temos que ter um ambiente mais salutar.

O PT emitiu nota pedindo mudanças na economia e criticando a reforma da Previdência.
Este é o DNA do PT e não vai mudar. O PT não é necessariamente refém em tudo do governo, está expressando um pouco o que os movimentos sociais falam.

Qual será o papel do ex-presidente Lula neste período de enfrentamento ao impeachment?
Ele quer que Dilma tenha sucesso. É óbvio que, quando ele vê que ela não está com a popularidade que ele gostaria, fica angustiado. Mas ele nunca pretendeu [interferir].

Como o senhor avalia o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ)?
É um cara determinado. Para mim, o maior erro dele é que ele não foi magistrado na cadeira de magistrado.

E o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL)?
Foi mais equilibrado.

Fonte: FOLHA

Concurso INSS: menor salário R$4.886,87

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Para técnico do seguro social estão sendo disponibilizadas 800 vagas, com exigência de nível médio completo e remuneração inicial de R$ 4.886,87, incluindo benefícios e gratificações.

Já para a função de analista, há 150 vagas, de nível superior de ensino, todas destinadas a quem tem graduação em Serviço Social, com remuneração de até R$ 7.496,09, incluindo gratificações. Ambas as jornadas são de 40 horas semanais.

As inscrições para o concurso devem ser feitas pelo site da banca organizadora, o Cespe /UnB, no endereço eletrônicowww.cespe.unb.br/concursos/inss_2015, entre 4 de janeiro e 22 de fevereiro de 2016. As taxas são R$ 80,00 para nível superior e R$ 65,00 para nível médio.

As provas objetivas previstas para ocorrerem em 15 de maio de 2016, em todos os 26 estados da Federação e no Distrito Federal. Pela manhã, serão aplicadas as provas aos candidatos aos cargos de analista e, à tarde, para técnico.

Para técnico, a prova terá 120 questões, sendo 50 de Conhecimentos Básicos (Ética no Serviço Público, Regime Jurídico Único, Noções de Direito Constitucional, Noções de Direito Administrativo, Língua Portuguesa, Raciocínio Lógico e Noções de Informática) e 70 de Conhecimentos Específicos.

Para analista, também serão 120 questões, com a mesma estrutura. Em Conhecimentos Básicos, será cobrado Língua Portuguesa, Raciocínio Lógico, Noções de Informática, Direito Constitucional, Direito Administrativo, Legislação Previdenciária, Legislação da Assistência Social, Saúde do Trabalhador e da Pessoa com Deficiência.

Fonte: INSS

Diário Oficial divulga lista de feriados e pontos facultativos em 2016

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Da Agência Brasil

Os feriados e pontos facultativos federais em 2016 foram publicados hoje (4) no Diário Oficial da União. Este ano são 13 datas, entre feriados e pontos facultativos, além do 1º de Janeiro. Em 2015, foram 11 feriados e seis pontos facultativos ao longo do ano. A publicação abrange apenas os feriados nacionais, não estando incluídos os estaduais e municipais.

Nos pontos facultativos, as empresas e os órgãos públicos podem optar por abrir ou não, mas devem manter os serviços considerados essenciais, como emergências de hospitais.

Em 2016, as vésperas do Natal (24) e do Ano novo (31) não são consideradas pontos facultativos, já que caem no sábado.

Veja a lista:

8 de fevereiro (segunda-feira) – Carnaval (ponto facultativo)

9 de fevereiro (terça) – Carnaval (ponto facultativo)

10 de fevereiro – Quarta-feira de Cinzas (ponto facultativo até as 14h)

25 de março (sexta) – Paixão de Cristo (feriado nacional)

21 de abril (quinta) – Tiradentes (feriado nacional)

1º de maio (domingo) – Dia Mundial do Trabalho (feriado nacional)

26 de maio (quinta) – Corpus Christi (ponto facultativo)

7 de setembro (quarta) – Independência do Brasil (feriado nacional)

12 de outubro (quarta) – Nossa Senhora Aparecida (feriado nacional)

28 de outubro (sexta) – Dia do Servidor Público (ponto facultativo)

2 de novembro (quarta) – Finados (feriado nacional)

15 de novembro (terça) – Proclamação da República (feriado nacional)

25 de dezembro (domingo) – Natal (feriado nacional)

Fonte: Agência Brasil

Um ano após ataque, ‘Charlie Hebdo’ lança edição com caricatura de Deus

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O semanário satírico francês “Charlie Hebdo” lançará nesta semana uma edição especial para marcar o primeiro aniversário do atentado a tiros contra sua sede. Na capa, será estampada uma charge de Deus ensanguentado portando um rifle, sob o título: “O assassino ainda está solto.”

Em editorial, o novo diretor do semanário, Laurent Sourisseau, conhecido como Riss, faz um apelo ao secularismo e diz que o “Charlie Hebdo” continuará vivo porque sua equipe “nunca quis tanto quebrar a cara daqueles que sonham com sua morte”. Riss é um dos sobreviventes do atentado.

Em 7 de janeiro de 2015, dois radicais invadiram a redação “Charlie Hebdo”, em Paris, e mataram 12 pessoas, incluindo chargistas e outros funcionários. A filial da rede terrorista Al Qaeda na Península Arábica reivindicou o atentado.

O semanário já havia sido alvo de outras ações após publicar charges polêmicas retratando Maomé, profeta do islã. A tradição religiosa considera um pecado desenhá-lo.

Mais de 1 milhão de cópias da edição especial irão as bancas na quarta-feira (6).

A França organizará nesta semana cerimônias em homenagem às vítimas da onda de atentados que aterrorizou Paris há um ano. No total, 17 pessoas morreram em ataques relacionados contra o “Charlie Hebdo” e contra um supermercado kosher. Os três atiradores responsáveis por essas ações foram mortos.

A capital francesa foi alvo de novos ataques em 13 de novembro, quando radicais supostamente ligados à milícia Estado Islâmico mataram 130 pessoas em bares, restaurantes e uma casa de shows. Após os atentados, o governo reforçou a segurança e estabeleceu um estado de emergência de três meses.

Fonte: Folha

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