Cientistas criam protetor solar que não penetra na pele

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Com a ajuda da nanotecnologia, cientistas da Universidade Yale desenvolveram um protetor solar que é capaz de bloquear os raios ultravioleta sem penetrar na pele. A vantagem é que, dessa forma, o produto não entra na corrente sanguínea, evitando possíveis riscos para a saúde.

Os pesquisadores encapsularam um protetor solar comum, o padimato O, dentro de uma nanopartícula, estrutura minúscula normalmente usada para transportar medicamentos para dentro do organismo.

As chamadas nanopartículas bioadesivas contendo o protetor solar são maiores do que os poros da pele, por isso se mantêm na superfície. Para testar se o produto realmente era incapaz de penetrar, ele foi aplicado na pele de porcos. Além de constatar que as nanopartículas realmente não penetraram nos animais, os cientistas também concluíram que o produto é resistente à água e permanece na superfície da pele por um dia ou mais.

Outros testes, feitos em camundongos, atestaram que a capacidade de bloquear os raios ultravioleta das nanopartículas com protetor era similar à capacidade do protetor aplicado diretamente na pele, fora das nanopartículas.

Efeitos nocivos pouco conhecidos
O professor de dermatologia de Yale Michael Girardi, um dos autores do estudo, observa que há pouca pesquisa sobre os efeitos do uso de protetor solar na geração de moléculas conhecidas como espécies reativas de oxigênio, que são capazes de provocar danos nas células. “Protetores químicos protegem contra os efeitos diretos dos raios ultravioletas no DNA, mas podem não proteger contra os efeitos indiretos”, diz.

A pesquisadora Jessica Tucker, do Instituto Nacional de Imagem Biomédica e Bioengenharia dos Estados Unidos, órgão que financiou o estudo, ressalta que o potencial risco para a saúde da entrada do protetor solar na corrente sanguínea ainda é pouco conhecido. “Todos sabemos dos benefícios do protetor solar, mas as potenciais toxicidades devido à penetração no organismo e a criação de agentes capazes de danificar o DNA não são bem conhecidas”, diz.

“Um protetor solar desenvolvido com bioengenharia para inibir a penetração e manter os componentes capazes de danificar o DNA isolados na nanopartícula é um ótimo exemplo de como uma tecnologia sofisticada pode ser usada para resolver um problema que pode estar afetando a saúde de milhões de pessoas”, diz a cientista.

Fonte: g1.globo.com

Desastre de Mariana afetou mais de 660 quilômetros de rios

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O desastre ambiental provocado pelo rompimento da Barragem do Fundão, da Mineradora Samarco em Mariana (MG), no último dia 5 de novembro, atingiu 663 quilômetros de rios e resultou na destruição de 1.469 hectares de vegetação, incluindo Áreas de Preservação Permanente, mostra laudo técnico preliminar do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). No distrito de Bento Rodrigues, 207 das 251 edificações (82%) ficaram soterradas.

Os rejeitos de mineração formaram uma onda de lama que afetou diretamente 663 quilômetros do Rio Doce e seus afluentes, chegando ao oceano, no município de Linhares, no Espírito Santo, em menos de cinco dias. A lama avançou pelo rio com grande velocidade. No dia 21, alcançou o mar. Blocos de contenção foram posicionados na foz do rio para controlar o impacto ambiental da chegada da lama ao mar, no entanto os rejeitos avançaram pela barreira deixando enorme mancha no mar do Espírito Santo.

Segundo o Ibama, não é possível dizer se a mancha aumentou ou diminuiu nos últimos dias. “Existem vários fatores que influenciam o tamanho da pluma que é vista na superfície, tais como vento, correntes, vazão do rio, chuva e até mesmo a metodologia utilizada para fazer a medição. Sabe-se que ainda há lama descendo o rio. A quantidade de material em suspensão na foz é variável”, informou a assessoria do órgão.

O aumento da turbidez da água, e não uma suposta contaminação, provocou a morte de milhares de peixes e de outros animais. Ainda de acordo com o Ibama, das mais de 80 espécies de peixes apontadas como nativas antes da tragédia, 11 são classificadas como ameaçadas de extinção e 12 existiam apenas lá.

Ainda não é possível afirmar como será o processo de recuperação, pois o desastre está em curso. O Ibama monitora os parâmetros de qualidade da água e avalia que espécies foram mais atingidas. Para o instituto, mais importante que a recuperação da água é a recuperação dos ecossistemas afetados. Trata-se de avaliação complexa e que está em andamento. O Ibama produzirá um laudo com informações atualizadas após o fim do lançamento de rejeitos.

A destruição de Áreas de Preservação Permanente ocorreu no trecho de 77 quilômetros de cursos d’água da Barragem de Fundão até o Rio do Carmo, em São Sebastião do Soberbo (MG). Os impactos no ambiente marinho não foram avaliados até o momento.

Fonte: Agência Brasil /Graça Adjuto

Boletim de Ocorrência: determinado fim do auto de resistência

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Uma resolução conjunta do Conselho Superior de Polícia, órgão da Polícia Federal, e do Conselho Nacional dos Chefes da Polícia Civil publicada no Diário Oficial da União aboliu o uso dos termos “auto de resistência” e “resistência seguida de morte” nos boletins de ocorrência e inquéritos policiais em todo o território nacional.

A medida, aprovada em 13 de outubro de 2015, mas com vigência somente a partir da publicação no DOU no último dia 04, promove a uniformização dos procedimentos internos das polícias judiciárias federal e civis dos estados nos casos de lesão corporal ou morte decorrentes de resistência a ações policiais.

De acordo com a norma, um inquérito policial com tramitação prioritária deverá ser aberto sempre que o uso da força por um agente de Estado resultar em lesão corporal ou morte. O processo deve ser enviado ao Ministério Público independentemente de outros procedimentos correcionais internos das polícias.

Caberá ao delegado responsável pelo caso avaliar se os agentes envolvidos “se valeram, moderadamente, dos meios necessários e disponíveis para defender-se ou para vencer a resistência”. O texto determina que, a partir de agora, todas as ocorrências do tipo sejam registradas como “lesão corporal decorrente de oposição à intervenção policial” ou “homicídio decorrente de oposição à ação policial”.

A decisão segue uma resolução aprovada pelo Conselho Nacional de Direitos Humanos em 2012, que recomendava que as mortes causadas por agentes de Estado não fossem mais camufladas por termos genéricos como “autos de resistência” ou “resistência seguida de morte”.

“Nós sabemos, inclusive, que as principais vítimas dessas mortes são jovens negros de periferia. A medida então passa a ser mais importante ainda, porque combate o racismo institucional e estrutural e se coloca como um exemplo para as instituições policiais nos Estados da Federação”, afirmou o secretário especial de Direitos Humanos do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, Rogério Sottili.

O fim dos autos de resistência é uma reivindicação antiga de grupos de defesa de direitos humanos. Em janeiro de 2015, por exemplo, a organização não governamental Human Rights divulgou relatório em que apontava um aumento de 97% no número de mortes decorrentes de ações policias em São Paulo, que foram de 369, em 2013, para 728 em 2014. No Rio de Janeiro, foram 416 mortes por essas causas em 2013 e 582 em 2014, um crescimento de 40%.

Fonte: Agência Brasil

Eduardo Cunha arquiva pedido de impeachment contra Temer

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O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), arquivou o segundo pedido de impeachment contra o vice-presidente Michel Temer. O entendimento é de que não há elementos suficientes para a abertura desse processo.

Em dezembro, Cunha já havia arquivado pedido semelhante, feito pelo deputado federal do Rio de Janeiro, Cabo Daciolo.

Na época, Cunha argumentou que o documento não havia cumprido todos os requisitos formais. Não tinha firma reconhecida em cartório de notas.

Os argumentos dos dois pedidos de impeachment arquivados era de que Michel Temer assinou decretos suplementares descumprindo leis orçamentárias quando exercia a função de presidente, na ausência de Dilma Rousseff.

Esse mesmo argumento foi usado para abertura de processo contra a presidenta Dilma, ação que foi aceita por Eduardo Cunha, no dia 2 de dezembro.

Fonte: Rádio Agência Nacional / Priscila Mazenotti

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