Lula afirma que neste País não há “uma viva alma mais honesta” do que ele

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O ex-presidente criticou o que chamou de “tentativa de golpe explícito”, ao comentar o processo de impeachment contra Dilma (Foto: Celso Júnior/AE)

“Eu vou fazer mais política. Este ano tem eleições. Eu vou participar ativamente do processo eleitoral. Tem gente dizendo que o PT acabou, vocês vão ver o PT. Estou convencido que o Haddad [prefeito de São Paulo] vai ser reeleito, para ficar no exemplo da maior cidade”, afirmou Lula. O café com os blogueiros foi realizado no Instituto Lula, em São Paulo.

O ex-presidente criticou o que chamou de “tentativa de golpe explícito”, ao comentar o processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff em curso no Congresso. “Os democratas não podem se transformar com essa tentativa de golpe explícito, o impeachment da Dilma. Democracia é tão séria que não se brinca com democracia. Eles [opositores do governo] tentam destruir a democracia negando a política”, afirmou.

Lava-Jato

Lula falou também sobre as operações policiais que investigam esquemas de corrupção no País, em especial a Lava-Jato, que apura o escândalo da Petrobras. Para ele, essas investigações são possíveis porque o governo do PT criou os mecanismos para que nada fosse jogado “embaixo do tapete”.

Lula afirmou que tem ouvido falar que os investigadores, ao negociarem delação premiada com os investigados, perguntam se têm algo a dizer contra ele. “Eles querem chegar no Lula. Eu tenho endereço fixo, todo mundo sabe onde eu moro. Se tem uma coisa que eu me orgulho, neste País, é que não tem uma viva alma mais honesta do que eu. Nem dentro da Polícia Federal, nem dentro do Ministério Público, nem dentro da Igreja Católica, nem dentro da Igreja Evangélica. Pode ter igual, mas mais do que eu, duvido”, disse Lula.

Fonte: Agencia Estado

Professor da UFMT do campus de Barra do Garças é o primeiro Brasileiro indicado ao prêmio Nobel da Educação

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Márcio Andrade Batista é mestre em Engenharia química e está terminando seu doutorado na Universidade Federal de Uberlândia. Paulista, Marcio se mudou para Barra do Garças – MT em 2010, onde ministra aulas na UFMT. Mas o que tem de diferente na história de Marcio? Bem simples, ele está concorrendo o “Global Teacher Prize”, o prêmio Nobel da Educação, Marcio é o primeiro brasileiro a ser indicado ao prêmio.

A premiação é nada mais nada menos do que US$ 1 milhão, são 50 candidatos de 29 países. O anúncio do vencedor será no mês de Março em Dubai.

Márcio nos deu uma entrevista exclusiva, da qual falou a respeito da premiação, sua carreira profissional, perspectivas para a ciência brasileira e pontos de vista a respeito da educação do nosso país.

Como funciona essa seleção?

É o que chamam na academia de memorial, as coisas que você fez que podem ser consideradas relevantes e contribuiu para o status da sua profissão.

Foram quantos projetos desenvolvidos até hoje?

Nossa, mais de 50 projetos. Todos os alunos que eu orientei foram indicados a prêmios, alguns foram premiados e outros se tornaram professores.

O senhor já está produzindo novos inventos?

Já, estou produzindo a melhoria da lâmpada de Mozart, o filtro bactericida de casca de barú… tem muitas coisas que estou tocando simultaneamente.

O senhor nunca comercializou algum desses inventos?

Não, eu sou professor universitário, a universidade me paga para retribuir a sociedade, e é isso que eu faço.

A sociedade é grata ao senhor?

Eu não sei, não tenho esse retorno. Falando do prêmio Global Teacher Prize, foram 8 indicados americanos ao prêmio, eles foram recebidos pelo Obama, a indicada Argentina foi recebida na casa rosada, a indicada italiana foi recebida pelo primeiro ministro da Itália…

E o senhor foi recebido pela Dilma?

Não (risos), nem um tweet. Nem em Barra do Garças, nem um vereador, nada.

Falta apoio do poder público para a ciência?

Acho que cada sociedade valoriza os seus ícones.

O Brasil valoriza o que?

Não tem glamour nenhum em ser professor, não é uma profissão de status, não é tão legal quanto ser um jogador de futebol por exemplo. Esse cara que ganhou o prêmio Puskas (gol mais bonito do ano) foi recebido em Goiânia com o aeroporto interditado, foi um golaço, mas você não vai ver essa mesma repercussão com um professor que fez um projeto bacana.

O que deve ser mudado no Brasil em relação a ciência?

Ciência é um processo de longo prazo e investimento, não adianta você pensar que vai investir hoje e daqui um ano terá resultado, estamos falando talvez de décadas de investimentos pesados em ciência. Valorização da carreira docente, valorização do pesquisador, aliás, o pesquisador não é uma profissão, não existe essa classificação aqui. Para você se tornar um pesquisador no Brasil, deve-se tornar professor universitário e aí sim você acaba fazendo pesquisa. Nos Estados Unidos você pode optar por ser pesquisador ou professor, aqui não, eu por lei sou obrigado a fazer extensão, pesquisa e ensino. Agora você acha que é fácil eu sozinho fazer tudo isso? Eu tenho que ir na sociedade enxergar os problemas que ela precisa e propor uma solução, tenho que ir no laboratório desenvolver uma pesquisa e publicar e tenho que ir para a sala de aula. Se eu pudesse focar só na pesquisa, com certeza a minha produtividade com relação a isso iria aumentar. Então nós temos um longo caminho a percorrer. O sonho mesmo seria você ver um garotinho ou uma menininha falar “quando eu crescer, quero ser cientista ou pesquisador”.

Parte da culpa pelas nossas crianças e adolescentes não se interessarem por ciência é da mídia?

Eu gostaria de ver as grandes conquistas brasileiras aparecendo na TV, no jornal… a mídia poderia dar uma contribuição gigantesca para popularizar a ciência, a inovação e contribuir com a valorização da carreira docente e do pesquisador. Você já ouviu falar da Bianca, que ganhou o prêmio jovem cientista? Sendo a primeira Mato-grossense a ganhar o prêmio em 26 anos de história?

Não conhecia…

Foi a primeira do Mato Grosso, um prêmio que existe há 26 anos. Você não vê muito prazer pela ciência no Brasil. Se você digitar no “youtube” o nome “Kéfera”, vai ver vídeos com mais de 4 milhões de acessos, mais de 350 mil “likes” por vídeo. Se eu fizer um vídeo explicando o processo de fabricação da casca de castanha, que isso pode gerar um material de sustentabilidade, de baixo custo, de benefício… se eu tiver 100 likes é um efeito histórico. Eu assisti a entrevista do primeiro ministro de Portugal, cortaram ele para mostrar um jogador chegando no aeroporto. Eu gosto de futebol, adoro futebol, mas temos que colocar cada coisa no seu devido grau de importância.

Uma profissão sem Glamour e sem grandes retornos financeiros. O senhor sempre quis ser professor?

Sim, eu tive a influência de grandes professores que sabem muito bem o que é ciência, além de saber ensinar o que é ciência. Então eu já queria isso mesmo, eu fui apresentado a várias opções, mas escolhi ser professor.

Se fosse para escolher um país a fim de atuar como professor, qual país o senhor escolheria?

Brasil, sou brasileiro, gosto da terra, e já vou especificar, escolho a região em que estou. Sou Paulista. Fui convidado para dar uma palestra uma vez para uma turma de pós graduação da Univar (faculdade particular de Barra do Garças) e o pessoal falava assim, “Barra do Garças não tem opção”. Fiz uma experiência, fiquei uma semana na cidade, voltei e falei “gente, vocês estão em cima de uma mina de ouro, como não tem opções? A cidade tem um rio maravilhoso, você pode desenvolver a indústria pesqueira, você tem terra, você tem fruta, tem babaçu, barú, copaíba, mangaba. O que mais que precisa?” Eu olho e enxergo centenas de oportunidades nessa cidade, mas você tem que colocar a mão na massa e fazer acontecer.

A universidade remunera o senhor pelas pesquisas?

Não, pelo contrário, muitas vezes eu tiro dinheiro do meu bolso para bancar a pesquisa

O senhor gosta do conceito de universidade pública?

Gosto, mas a sociedade não sabe aproveitar a universidade. Enquanto existir o conceito de que a universidade é só para servir um grupo de pessoas que vão formar e ganhar dinheiro, nós estaremos andando por um caminho errado. A sociedade tem que dar uma despertada, por exemplo, vamos supor que eu tenho um açougue, preciso processar a carne, cortar, que tipo de embalagem eu vou colocar? Vai na universidade buscar ajuda, a universidade está lá para atender a sociedade. Em 5 anos de instituição eu nunca vi alguém bater na minha porta e dizer assim “eu sou um produtor de leite e quero agregar valor ao meu produto, me ajude a desenvolver uma bebida láctea?” Sim, é o meu papel, e eu não posso cobrar por isso, porque o estado já me paga para fazer isso. Esse tipo de coisa ainda precisa se espalhar um pouco mais.

Fonte: O Araguaia/Francisco José

Aos 112 anos, morre o homem mais velho do mundo

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Morreu nesta terça-feira (19) no Japão o homem mais velho do mundo. Yasutaro Koide tinha 112 anos e morava em Nagoya. Ele se tornou o homem mais velho do mundo, reconhecido pelo Livro dos Recordes, em agosto do ano passado.

Segundo autoridades locais, ele morreu de insuficiência cardíaca em decorrência de uma pneumonia. Nascido em março de 1903, Koide dizia que tinha como segredo da longevidade não fumar, não beber e não cometer qualquer excesso, além de “viver com alegria”.

Koide, que nasceu poucos meses antes do primeiro voo dos irmãos Wright, morreu no hospital da cidade de Nagoya, onde morou por muitos anos.

Ele tinha pneumonia, informou uma autoridade local.

Ao ser questionado sobre o segredo da longevidade, Koide respondeu: “O melhor é evitar trabalhar muito e viver a vida com alegria”.

Ainda não há consenso de quem deve assumir o posto de homem mais velho do mundo, mas quem deve ficar com o título a partir de agora é outro japonês, que vive em Tóquio, e tem 111 anos.

Quase 25% dos habitantes do Japão têm 65 anos ou mais, em uma população de 127 milhões de pessoas.

A pessoa mais velha do mundo é a americana Susannah Mushatt Jones que tem 116 anos. Ela ganhou esse título no ano passado após a morte de Misao Okawa, do Japão, que morreu aos 117 anos.

Segundo o Livro dos Recordes, a francesa Jeanne Calment foi a pessoa com maior longevidade no mundo. Ela morreu em agosto de 1997 com 122 anos e 164 dias.

Fonte: Globo.com

Brasil terá pior PIB entre as principais economias do mundo e deve voltar a crescer em 2018, prevê FMI

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O Brasil deverá ter o pior desempenho econômico entre os principais países do mundo em 2016 e 2017, de acordo com novas previsões divulgadas nesta terça-feira (19) pelo FMI (Fundo Monetário Internacional).

Para este ano, a atividade econômica do País deve encolher 3,5%. A previsão fica atrás até mesmo da Rússia, que deverá ter uma contração de 1,0% no PIB neste ano. Para 2017, a aposta é de estagnação, com crescimento zero, ante previsão de expansão de 2,3% do relatório anterior do FMI, divulgado em outubro. Com isso, otão esperado crescimento só ficaria para 2018.

Além de ter o pior PIB entre as principais economias mundiais para este e o próximo ano, o Brasil foi o país que teve o maior corte nas projeções no relatório. A projeção para 2016 foi cortada em 2,5 pontos porcentuais e a de 2017, em 2,3 pontos. Para 2015, o Fundo projeta retração de 3,8%.

Os economistas da entidade culpam o País pela piora nas projeções de crescimento da América Latina, que deve ter contração de 0,3% em 2016 e crescimento de 1,6% em 2017 — alta puxada pelo México, que crescerá 2,6% este ano e 2,9% em 2017.

“Há grande divergência entre os emergente, como o Brasil, que enfrenta problemas políticos, e outros com melhor situação que estão crescendo menos”, afirma o economista-chefe do FMI, Maurice Obstfeld em um vídeo. A economia brasileira pesou sobre as estimativas para o crescimento global, que foram reduzidas em 0,2 ponto percentual tanto para 2016 quanto para 2017, respectivamente para expansão de 3,4% e 3,6%.

Os motivos da recessão

Para o FMI, os mercados emergentes e economias em desenvolvimento estão enfrentando agora uma nova realidade de crescimento mais baixo, com forças cíclicas e estruturais afetando o tradicional paradigma de crescimento.

 Segundo o FMI, a recessão “mais longa e mais profunda que o previsto” no Brasil vem sendo causada pela incerteza política e pelos desdobramentos das investigações decorrupção na Petrobras. Além do impacto político da Operação Lava Jato, a petroleira e sua cadeia produtiva e de fornecedores têm cortado investimentos e engavetado projetos.

As projeções do FMI para a atividade econômica brasileira, que enfrenta forte recessão em um cenário de inflação e juros elevados agravado por uma crise política, são piores do que as de economistas de instituições financeiras. Pesquisa Focus do Banco Central aponta que eles veem retração de 2,9% em 2016 e crescimento de 1% no ano que vem.

(Com informações da Reuters e Estadão Conteúdo)

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