Dilma diz que batalha contra Aedes não está perdida e defende ministro

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Ela concedeu entrevista após participar de reunião da Celac, no Equador.
Marcelo Castro havia dito que Brasil está perdendo a ‘guerra’ contra mosquito.

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira (27), em Quito, no Equador, que a “batalha” contra o mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como a dengue e as febres chikungunya e amarela, além do zika vírus, não está perdida. Dilma aproveitou para defender o trabalho do ministro da Saúde, Marcelo Castro, no combate ao mosquito.

Castro se tornou alvo de críticas em razão de declarações polêmicas concedidas à imprensa. O último episódio envolvendo o titular da Saúde gerou contrariedade no Palácio do Planalto, segundo informou o Blog do Camarotti, por conta da avaliação de Castro de que o país está perdendo a “guerra” contra o mosquito Aedes aegypti.

“A batalha não está perdida, não. Isso não é o que ele [Marcelo Castro] está pensando, nem o que ele disse. O que o ministro disse, é o seguinte: ‘se nós todos não nos unirmos, e se a população não participar, nós perderemos essa guerra’. Ele está absolutamente certo”, disse Dilma a jornalistas após discursar na cúpula de chefes de Estado e de governo da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribe (Celac).

Ao ser questionada sobre se está satisfeita com o ministo e sobre se ele está fazendo um “bom trabalho”, Dilma respondeu: “Bastante. Eu acho [que está indo bem].

“Ele domina bastante bem o assunto, e acho que ele vai ter um papel importante na reunião do Mercosul”, disse Dilma ao se referir ao encontro que os ministros da Saúde dos países que fazem parte do Mercosul terão na próxima semana, no Uruguai.

No Equador, Dilma já havia prometido “extremo empenho” do Brasil por parte do governo e afirmou que o objetivo deve ser acabar com os criadouros do mosquito Aedes aegypti.

Declarações polêmicas
Na última sexta-feira, durante seminário no Piauí, Marcelo Castro afirmou que o país vive “uma verdadeira epidemia” ao citar o Aedes egypti.

“Há cerca de 30 anos o mosquito vem transmitindo doenças para nossa população e, desde então, nós o combatemos, mas estamos perdendo a guerra contra Aedes aegypti”, declarou o ministro.

Nas palavras de um auxiliar direto de Dilma, informou o Blog do Camarotti, a frase do ministro sobre o combate ao mosquito passa a imagem de que o governo não está conseguindo reagir não só a epidemia da dengue, mas, principalmente, ao avanço do zika vírus.

Na última segunda (26), após reunião no Palácio do Planalto com a presidente Dilma Rousseff e outros cinco ministro, Castro disse que é preciso “vencer” a batalha contra o mosquito.

Desde que assumiu o comando do Ministério da Saúde, Marcelo Castro deu, além da história de o país estar perdendo a guerra para o Aedes Aegypti, três outras declarações que geraram constrangimento ao Palácio do Planalto.

Em novembro, ele disse que “sexo é para amadores, e gravidez é para profissionais”, referindo-se a planejamento familiar em tempos de microcefalia.

Cerca de 15 dias depois, ele declarou perceber que os homens se protegem do Aedes aegypti, mas as mulheres, “normalmente, ficam de perna de fora e quando usam calça, usam sandália”.

Há duas semanas, em uma conversa com jornalistas, ele disse que iria torcer para mulheres pegarem o Zika antes da idade fértil para ganharem imunidade antes de ser criada a vacina para o vírus.

Fonte: G1

Conta de luz deve ficar 3% mais barata a partir de fevereiro

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Preço final da bandeira vermelha será de R$ 3 a cada 100 kWh; valor é 33% menor que o atual.

A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) aprovou nesta terça-feira (26) as faixas de acionamento das bandeiras tarifárias de 2016, com a criação de um novo — e mais barato — patamar para a bandeira vermelha, que vem sendo paga pelos consumidores brasileiros desde janeiro do ano passado.

Os novos valores, mais baixos em relação aos atuais, passam a vigorar em fevereiro e devem corresponder a uma redução real de 3% no valor das contas de luz pagas pelos brasileiros, segundo informações da assessoria de imprensa da Aneel. Com isso, caso a redução seja confirmada, o consumidor que paga, em média, R$ 100 pela conta de energia passará a desembolsar R$ 97 pela mesma utilização.

O diretor da Aneel relator do processo, André Pepitone, manteve a proposta da área técnica com a criação de dois patamares de cobrança adicional no caso da bandeira vermelha, mas propôs um desconto ainda maior que o previsto anteriormente.

O patamar 1 — antes estimado pelo corpo técnico do órgão em R$ 4,00 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos — será de R$ 3 para cada 100 kWh consumidos. O valor final representa um desconto de 33% sobre o preço praticado atualmente, de R$ 4,50 para cada 100 kWh.

No patamar 2, por outro lado, o preço proposto é de R$ 4,50 para cada 100 kWh consumidos, igual à cobrança hoje realizada nas contas de luz. A bandeira vermelha continuará a ser acionada nos meses nos quais o custo de operação (CVU) da usina térmica mais cara a ser despachada for superior a R$ 422,56/MWh. No caso do patamar 1, esse limite deve ficar entre R$ 422,56/MWh e R$ 610/MWh, que é a situação atual do sistema nacional. Quando o CVU da última usina a ser despachada for igual ou superior a R$ 610/MWh, será implementado o patamar de preço estabelecido no patamar 2.

Já a bandeira amarela será reduzida de R$ 2,50 para R$ 1,50 para cada 100 kWh consumidos, um desconto de 40%. Essa bandeira permanecerá sendo acionada nos meses em que o valor do CVU da última usina a ser despachada for igual ou superior a R$ 211 28/MWh e inferior a R$ 422,56/MWh. Quando o valor da usina mais cara for inferior a R$ 211,28/MWh, será acionada a bandeira verde, o que não implica cobrança adicional ao consumidor.

Uma das causas para os descontos serem ainda maiores que os previstos inicialmente pela área técnica foi o fato de a Aneel ter atualizado a previsão de crescimento da carga em 2016 para 1% em relação a 2015, ante uma expansão de 2,4% considerados anteriormente.

Na próxima sexta-feira (29), a Aneel decidirá sobre qual bandeira vigorará no mês de fevereiro. Como não houve desligamento de térmicas neste mês, a bandeira deverá continuar vermelha, no primeiro patamar. Ou seja, os consumidores pagarão em fevereiro um adicional de R$ 3 para cada 100 kWh consumidos.

De acordo com a Aneel, é provável que se espere até abril para que possa haver uma mudança na cor da bandeira.

— Sair da bandeira vermelha depende das térmicas que são despachadas. Tivemos uma hidrologia favorável em janeiro, mas depende do CMSE [Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico] determinar o desligamento de térmicas ou não. Em abril, no final do período úmido, é o momento de maior certeza para haver essa deliberação.

Fonte: R7/ Agência Estado

Ministro da Saúde acumula falas polêmicas e se desgasta

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Na guerra contra o “danado” do mosquito Aedes aegypti, que “é tímido, mas gosta das extremidades”, as mulheres se protegem menos que os homens, porque “ficam com as pernas de fora”. “E quando usam calça, usam sandália”.

As expressões acima fazem parte do repertório de observações e conselhos do atual ministro da Saúde, o médico psiquiatra e deputado federal licenciado Marcelo Castro, desgastado no governo por causa de suas declarações.

Nesta segunda-feira (25), ele gerou insatisfação novamente no Planalto ao afirmar que o Brasil estava perdendo “feio” no combate ao mosquito transmissor de dengue, zika e chikungunya.

“Nós estamos há três décadas com o mosquito aqui no Brasil e estamos perdendo feio a batalha para o mosquito”, afirmou, ao lembrar que o país registrou recorde de casos de dengue em 2015, com mais de 1,6 milhão de casos.

O ministro da Saúde, Marcelo Castro, cujas declarações tem sido mal recebidas pelo governo

O ministro da Saúde, Marcelo Castro, cujas declarações tem sido mal recebidas pelo governo

Não foi a primeira vez que o ministro fez críticas à falta de ações contra o Aedes. Em dezembro, ele afirmou ver uma certa “contemporização” do governo e sociedade no combate ao mosquito.

DESLIZES

Psiquiatra, Castro passou a se dedicar à política em 1982. Atuava como deputado federal pelo PMDB quando assumiu o ministério, em outubro, em um gesto da presidente Dilma Rousseff para ampliar o espaço do partido no governo.

Desde então, Castro colecionou falas polêmicas. Em uma delas, disse que iria “torcer para que as mulheres peguem zika” antes da idade fértil“, aí ficariam imunizadas pelo próprio mosquito” e não precisariam de vacina.

Em outra ocasião, ao comentar a articulação e apoio do Exército no combate ao Aedes, Castro sugeriu como piada, em reunião interna, usar também a Marinha, “porque o mosquito se reproduz na água”, e a Aeronáutica, “porque ele voa”.

Não à toa, o ministro tem sido figura ausente na maioria das coletivas de imprensa da Saúde. A maioria dos anúncios fica a cargo de diretores e secretários -o ministro optou por falar em viagens ou após encontros oficiais.

Nessas ocasiões, o discurso se repete. Tentando estimular o uso de roupas compridas, uma das estratégias recomendadas contra o Aedes, diz notar que “os homens se protegem mais que as mulheres” no vestuário.

Já mulheres com intenção de engravidar precisam saber que, diante da microcefalia, “sexo é para amador, gravidez é para profissional”, diz.

‘MAL INTERPRETADO’

Indagado na semana passada, Castro negou ter sofrido pressão por suas falas. E disse que se expressou mal ao citar uma “torcida” para que pegassem zika.

“Se a pessoa está fadada a adquirir zika, melhor seria antes da gravidez para que fique imune.” A frase, segundo ele, tem fundamento técnico: enquanto o vírus da dengue tem quatro sorotipos, o da zika tem só um. A repercussão, diz, foi “absurda”. “Toda pessoa tem direito de um dia se expressar mal”.

Castro afirmou que repetiria o conselho de que “gravidez é para profissional”.

Já sobre a fala sobre a roupa das mulheres, apontada como machista em redes sociais, disse: “Me dá uma recomendação melhor que essa?”

“Tenho o direito de recomendar isso para proteger as pessoas”, afirmou. “Imagina o drama da microcefalia. Agora botar que é sexismo, é machismo? Pelo amor de Deus”. A Folha tentou questioná-lo sobre as outras frases, mas o ministro encerrou a ligação.

Fonte: FOLHA

Após ser ofendido, Chico Buarque cobra danos morais de fazendeiro

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No processo, cantor pede que réu publique sentença na íntegra em jornal de grande circulação e redes sociais

Rio – As ofensas contra Chico Buarque podem custar caro ao fazendeiro de São Paulo, Guilherme Gaion Junqueira Motta Luiz. O cantor, compositor e escritor entrou na Justiça do Rio com ação de danos morais e pedido de indenização pecuniária contra o fazendeiro. Mas Chico não quer somente dinheiro.

A defesa do artista pediu, em caso de condenação, que Motta Luiz publique a sentença na íntegra “em jornal de grande circulação e nas redes sociais, sob pena de pagamento de multa diária no valor de cem salários mínimos”.

Na noite de 23 de dezembro, Chico saía de um restaurante no Leblon com o compositor e arranjador Edu Lobo, os cineastas Miguel Faria Jr. e Ruy Solberg, e o jornalista e escritor Eric Nepomuceno, quando foi cercado e insultado por um grupo, do qual o fazendeiro fazia parte. O artista foi chamado de “petista ladrão” e “petista de merda”, entre outras ofensas. A confusão foi filmada e o vídeo, exibido na internet.

No dia seguinte, Motta Luiz continuou ofendendo Chico e sua família nas redes sociais, acusando o artista e parentes de se beneficiarem financeiramente de suas posições políticas. Chico também está processando o antiquário e jornalista João Carlos Pedroza, que, no Instagram, xingou o artista e as filhas dele de “família de canalhas.”

Milhares de artistas e fãs se solidarizaram com o o cantor na internet e em eventos públicos.

Fonte: O DIA

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