Ministros irão aos estados para ação de combate ao Aedes aegypti

gd.php_.jpg

Durante a mobilização nacional de combate ao Aedes aegypti, que ocorre neste sábado (13) em todo o país, o governo federal estará representado em cada capital brasileira e em cidades de grande porte. Todos os ministros foram acionados pela presidenta Dilma Rousseff para acompanhar pessoalmente as ações. Presidentes de estatais e secretários de ministérios também estarão presentes nos municípios.

Dilma vai ao Rio de Janeiro e escalou o ministro da Saúde, Marcelo Castro, para acompanhar o trabalho das Forças Armadas em Salvador. A divisão das localidades a serem visitadas por cada auxiliar da presidenta foi feita pelo Palácio do Planalto após convocação, na semana passada, do ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, para que os colegar participem das vistorias.

A ideia é “dar o exemplo” e mostrar que, assim como as limpezas ocorridas há duas semanas nos prédios públicos, as autoridades também estão engajadas no combate ao mosquito. O Aedes aegypti é vetor da dengue, da febre chinkungunya e do vírus Zika, que está relacionado à microcefalia em bebês.

Durante a ação, o governo quer levar cerca de 220 mil militares do Exército, da Marinha e Aeronáutica a 356 municípios para que participem da campanha de conscientização da população com orientações para eliminar os criadouros do Aedes aegypti. Os militares vão distribuir material impresso com dicas sobre como manter a casa livre dos locais de reprodução do mosquito.

A meta da mobilização nacional é visitar três milhões de residências, segundo o governo. A ação vai abranger todas as cidades consideradas endêmicas, de acordo com indicação do Ministério da Saúde, e as capitais do país. Entre os membros do primeiro escalão, apenas três não vão monitorar as ações, por estarem de férias ou em viagem ao exterior.

Veja a lista completa de ministros que participarão da mobilização contra o Aedes aegypti:

Gilberto Occhi (Integração Nacional) – Aracaju (SE)

Valdir Simão (Planejamento) – Belém (PA)

Patrus Ananias (Desenvolvimento Agrário) – Belo Horizonte (MG)

Marcos Jorge de Lima (Secretário-executivo do Ministério do Esporte) – Boa Vista (RR)

Alexandre Tombini (Banco Central) – Brasília (DF)

Aldo Rebelo (Defesa) – Campinas (SP)

George Hilton (Esporte) – Campo Grande (MS)

Carlos Higino (Controladoria-Geral da União) – Crato (CE)

Gilberto Kassab (Cidades) – Cuiabá (MT)

Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) – Curitiba (PR)

Guilherme Walter Ramalho (Aviação Civil) – Feira de Santana (BA)

Míriam Belchior (presidenta da Caixa) – Florianópolis (SC)

José Eduardo Cardozo (Justiça) – Fortaleza (CE)

Nelson Barbosa (Fazenda) – Goiânia (GO)

Henrique Eduardo Alves (Turismo) – João Pessoa (PB)

Gustavo do Vale (presidente da Infraero) – Macapá (AP)

Edinho da Silva (Secretaria de Comunicação Social) – Maceió (AL)

Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) – Manaus (AM)

Armando Monteiro (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) – Natal (RN)

Izabela Teixeira (Meio Ambiente) – Niterói (RJ)

Aloizio Mercadante (Educação) – Osasco (SP)

Miguel Rossetto (Trabalho e Previdência Social) – Palmas (TO)

Eduardo Braga (Minas e Energia) – Porto Alegre (RS)

Carlos Gabas (secretário especial da Previdência) – Porto Velho (RO)

Tereza Campello (Desenvolvimento Social) – Recife (PE)

Juca Ferreira (Cultura) – Rio Branco (AC)

Marcelo Castro (Saúde) – Salvador (BA)

Helder Barbalho (Portos) – Santos (SP)

Jaques Wagner (Casa Civil) – São Luís (MA)

Antonio Carlos Rodrigues (Transportes) – São Paulo (SP)

Nilma Lino Gomes (Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos) – Teresina (PI)

Celso Pansera (Ciência e Tecnologia) – Vitória (ES)

Fonte: Agência Brasil/Paulo Victor Chagas

Vacina contra zika pode ficar pronta para testes em um ano, diz ministro

marcelo_castro.jpg

Início da aplicação em grande escala, porém, deve levar até três anos.
Imunizante está sendo desenvolvido em parceria com cientistas dos EUA.

O ministro da Saúde, Marcelo Castro, anunciou nesta quinta-feira (11) uma parceria firmada entre o Instituto Evandro Chagas, sediado em Belém, e a Universidade do Texas, nos Estados Unidos, para desenvolver uma vacina contra o vírus da zika. Segundo ele, a experiência das instituições pode encurtar o prazo de formulação do produto em laboratório para um ano. Depois, a vacina deve ser testada em animais e humanos por mais dois anos, antes de o imunizante ser aplicado em grande escala, de acordo com o ministro.

“Como o instituto e a universidade têm o mesmo viés, fizemos essa parceria para desenvolver a vacina. Sabemos que é demorada, mas há um grande otimismo de que poderemos desenvolver a vacina em um tempo menor que o previsto. Aproximadamente em um ano, podemos ter essa vacina desenvolvida”, afirmou Castro. “Seria um ano para desenvolver e dois anos para testar o produto”, acrescentou.

(Correção: ao ser publicada, essa reportagem afirmou erroneamente que a vacina estaria pronta em um ano, segundo declaração do ministro da Saúde. Depois Castro corrigiu sua fala, dizendo que nesse prazo ela estará pronta para testes. A reportagem foi corrigida às 12h45).

O prazo para desenvolvimento não significa que a vacina estará disponível na rede de saúde daqui a um ano. Além dos testes em animais, o produto precisa ser testado em humanos, enviado para laboratórios de outras partes do mundo e registrado na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), por exemplo.

“O que está previsto no cronograma é dois anos, mas nossos cientistas estão tão otimistas que estão prevendo um prazo inferior. Aí, vai ter que fazer testes em animais, em humanos, e isso demora. A vacina da dengue, por exemplo, está na fase III e ainda vai levar cerca de um ano”, diz Castro.

No melhor dos cenários, Castro diz que a vacina poderia estar disponível à população dentro de três anos. “O caso é tão urgente que estamos pedindo a presença da FDA [órgão americano de vigilância sanitária] e da Anvisa para eliminar burocracias. Não queremos pular etapas, mas agilizar etapas”, diz.

A parceria prevê investimento de US$ 1,9 milhão pelo governo brasileiro, nos próximos cinco anos. O valor do aporte a ser feito pelos EUA não foi informado.

O lado brasileiro do desenvolvimento será coordenado pelo pesquisador Pedro Vasconcelos, do Evandro Chagas. Assim como o ministro, o pesquisador também diz que será possível desenvolver a vacina em até um ano, embora o cronograma de trabalho oficial preveja prazo de dois anos.

“Essa vacina vai ser feita da seguinte maneira: após o sequenciamento do vírus zika, que já está acontecendo, a parte que é responsável pelo desenvolvimento de anticorpos no hospedeiro será incorporada a uma molécula sintética, que vai estimular o organismo humano”.

Testes simultâneos
Segundo Vasconcelos, grande parte da pesquisa será desenvolvida em Galveston, no Texas. Os testes pré-clínicos, que antecedem a aplicação em humanos, devem ser feitos simultaneamente em Galveston, em camundongos, e em Ananindeua, na região metropolitana de Belém, em macacos.

Geralmente, os testes nas duas espécies são feitos em separado. “Essa simultaneidade vai acelerar o procedimento em seis a oito meses. Por isso, acreditamos que a vacina poderá estar disponível para teste em humanos em doze meses. Um pouco mais, um pouco menos”, diz o pesquisador.

Críticas
O anúncio da parceria com os EUA ocorreu numa semana em que cientistas estrangeiros vinham criticando o Brasil pela dificuldade de acesso a amostras do vírus da zika. Problemas burocráticos e desinteresse por colaborações estariam desestimulando cientistas brasileiros a enviar amostras para fora.

Castro não quis criar polêmica sobre as críticas. “Elas são livres”, afirmou.

Há uma semana o ministério divulgou que as amostras coletadas no Brasil já estão sendo compartilhadas com organizações estrangeiras com o propósito de pesquisa.

Notificação adiada
O ministério da Saúde adiou “para as próximas semanas” a notificação obrigatória dos casos de zika nos estados. O anúncio foi feito no início do mês, em entrevista à agência Reuters, e era previsto para esta semana. Segundo o ministro, houve um atraso no repasse dos kits de exames aos gestores locais.

“Até a próxima semana, vamos reunir o corpo técnico. Houve uma pequena demora [no envio dos kits] pela licitação, que atrasou. Quando sentirmos segurança, vamos determinar a notificação obrigatória ao ministério”, disse.

Os testes são fabricados pelo Instituto Bio-Manguinhos, que é vinculado à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e ao Ministério da Saúde. A tecnologia só consegue identificar a presença do vírus da zika durante a fase “virulenta”, em que o micro-organismo está ativo no corpo.

O ministro diz que avaliações clínicas também poderão ser notificadas, desde que o médico sinta “segurança” no diagnóstico. “É possível dar diagnóstico clínico da zika? É, mas não em todos os casos. Em muitos, os sintomas se confundem com os da dengue.”

Mais parcerias
Até o fim do mês, técnicos do Centro de Prevenção e Controle de Doenças norte-americano (CDC) devem chegar ao país para investigar a relação do vírus da zika com a microcefalia. Os estudos devem ser feitos na Paraíba, em parceria com o governo local.

Representantes do CDC estão no país desde novembro e apuram a relação do vírus com doenças neurológicas como a síndrome de Guillain-Barré. Os resultados ainda não foram divulgados.

“O presidente Obama mandou um projeto ao Congresso pedindo US$ 1,8 bilhão para ações contra o vírus zika. Aqui, compreende-se desenvolvimento de pesquisas, vacinas, medicamentos e ações de controle de epidemiologias”, diz Castro.

O governo também estuda parcerias com o Instituto Nacional de Saúde dos EUA (NIH) e com o laboratório GSK, envolvidos no desenvolvimento da vacina contra o ebola.

Relação ‘sem dúvidas’
O ministro da Saúde afirmou nesta quinta que o governo não tem mais dúvidas sobre a relação existente entre o vírus da zika e o aumento nos casos de microcefalia. O que os pesquisadores investigam agora, segundo ele, é a existência de outros fatores “colaterais”.

“Não há a menor dúvida de que o fator determinante da epidemia de microcefalia que temos no Brasil é a epidemia de zika. O que nós vamos investigar agora é se há outros fatores adicionais, outras influências. Nós não temos hipóteses, tudo ainda vai ser investigado”, disse.

Castro reafirmou que as estratégias de combate ao vírus e ao mosquito Aedes aegypti são uma prioridade do governo e que, por causa disso, têm recursos garantidos no orçamento da União.

“Este é o maior problema que o Brasil tem. Para o maior problema do país, não podem faltar recursos e a presidente Dilma tem sido enfática ao dizer que isso [a falta de dinheiro] não será um problema. Os recursos não são vultosos, não é grande quantidade para a dimensão do problema”, declarou.

Fonte: G1.

Em aniversário do PT, Lula diz torcer para que partido fique mais forte

LULA-200116.jpg

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva divulgou nesta quarta (10) uma mensagem na qual diz torcer para que no ano que vem o PT esteja mais forte do que hoje.

Veiculada em comemoração aos 36 anos do partido, a gravação foi feita um dia depois de o juiz Sergio Moro autorizar a abertura de inquérito para tratar da suposta relação de um sítio em Atibaia (SP) frequentado pelo petista com a empreiteira OAS e outras empresas e pessoas investigadas na Operação Lava Jato.

Na mensagem, de três minutos e 30 segundos, Lula diz que “se Deus quiser, apesar de toda adversidade momentânea, o PT vai continuar sendo o grande partido da História do Brasil”.

No momento em que o partido amarga uma das maiores crises de sua história, após os escândalos do mensalão e o da Lava Jato, Lula pede no vídeo que as pessoas façam uma reflexão sobre o que “esse partido já fez pelo Brasil”. “Vamos torcer para, quando a gente comemorar 37 anos, estejamos mais fortes do que estamos agora”, diz.

Na felicitação, veiculada nas redes sociais, Lula admite que o partido cometeu erros, mas, ressaltando a diversidade de seus filiados, disse que o PT “não é uma seita”.

“É certo que não fizemos tudo. Que cometemos erros e quem comete erro tem que pagar”, disse o petista.

O ex-presidente afirmou ainda que o PT “vive enfrentando adversários conservadores”, segundo ele, inconformados com o que o partido fez pelo trabalhador.

No vídeo, Lula não faz nenhuma menção às recentes denúncias envolvendo seu nome. No último dia 29, a Folha revelou que a ex-dona de uma loja de materiais de construção e um prestador de serviços em Atibaia afirmaram que a construtora Odebrecht realizou parte das obras de reforma do sítio em Atibaia.

O ex-presidente e sua mulher, Marisa Letícia, também foram convocados pelo Ministério Público de São Paulo, a prestar depoimento no dia 17. Promotor responsável pelo caso já disse ter indícios para denunciá-los à Justiça por ocultação de patrimônio relacionada à compra de um tríplex no condomínio Solaris, reservado pela OAS à família Lula, em Guarujá.

Fonte: FOLHA

Porte de CNH pode deixar de ser obrigatório ao volante

C-N-H.jpg

Já pensou poder sair sem se preocupar com a Carteira Nacional de Habilitação e do Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo? Pois é isso que o Projeto de Lei 8022/14, aprovado pela Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados, prevê.

O texto ainda vai ser analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Uma emenda ainda foi adicionada a favor do porte de outro tipo de documento para identificação do motorista.

Segundo a deputada Keiko Ota e a ex-deputada Sandra Rosado (PSB-SP), as autoridades de trânsito possuem sistemas online, que permitem a verificação instantânea da situação do condutor e do veículo, mesmo que o motorista não esteja portando a CNH ou o documento do carro.

 Ainda segundo o projeto de lei, em caso de impossibilidade de consulta ao banco de dados, a multa e a pontuação na carteira devem ser canceladas se o condutor apresentar em até 30 dias a CNH e/ou o comprovante de pagamento do licenciamento.
Fonte: R7
scroll to top