Corpo de Rian Brito, neto de Chico Anysio, chega ao Rio

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O corpo de Rian Brito, de 25 anos, neto do humorista Chico Anysio, chegou no fim da manhã desta sexta-feira (4) ao Rio de Janeiro. O rapaz, que estava desaparecido desde o último dia 23, foi encontrado morto na quinta-feira (3), numa praia de Quissamã, município do Norte Fluminense.

Inicialmente previsto para a tarde desta sexta-feira, o funeral de Rian foi cancelado pela família de manhã cedo. Segundo informações do cemitério Memorial do Carmo, no Caju, na Zona Portuária do Rio, o corpo de Rian seria velado na capela 1 e depois seguiria para a cremação.

O Cemitério São Francisco Xavier, que também fica no Caju, onde o corpo de Rian também poderia ser velado – seguindo o mesmo ritual fúnebre do avô, em 2012 – também informou que a reserva de capela foi cancelada.

O laudo da necropsia realizada no corpo de Rian aponta como causa da morte asfixia por afogamento, como informou a Polícia Civil na quinta-feira à noite. O corpo, encontrado pela manhã na areia da Praia de Flecheiras, no Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, em Quissamã, estava em estado avançado de decomposição. Segundo a polícia, a identificação só foi possível por meio de exame papiloscópico – que analisa as impressões digitais.

Uma força-tarefa havia sido montada para localizar Rian, e na segunda-feira (29), roupas e documentos do jovem foram achados na Praia do Paulista, também na restinga.

Rapaz estava em jejum, diz delegada
De acordo com a delegada Ellen Souto, titular da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) da Polícia Civil, Rian estava jejuando há vários dias quando viajou para Quissamã, o que pode ter colaborado para o afogamento. “Ele tinha o hábito de jejuar. Uma pessoa que estava jejuando há vários dias provavelmente não estivesse suficientemente nutrido”, afirmou a delegada nesta sexta-feira, em entrevista coletiva.

Polícia Federal faz operação na casa de Lula e o conduz coercitivamente para depor.

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A Polícia Federal cumpre na manhã desta sexta feira (4) mandados de busca e apreensão e de condução coercitiva (quando a pessoa é levada a força pela polícia para depor), na casa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do filho dele, Fábio Luiz Lula da Silva, o Lulinha.

Os policiais chegaram á casa do  ex-presidente em Santo André por volta das 6 horas da manhã (horário de Brasília). Lula é investigado por suspeitas de ter sido facasa do lulinha  040316vorecido por empresas envolvidas na operação Lava Jato.

Esta fase da operação, batizada de Aletheia, apura se as empreiteiras favoreceram o ex- presidente por meio do sítio em Atibaia e do tríplex no Guajará.

Com esta operação, a PF atinge a 24ª fase da Lava Jato. Ao todo foram expedidos 44 mandados judiciais, sendo 33 de busca e apreensão e 11 de condução coercitiva.

Os agentes da PF chegaram no prédio onde mora o ex-presidente por volta das 6 horas da manhã. Os agentes entraram com carros na garagem do prédio e outros cercaram a entrada do edifício.

A PF também foi ao Instituto Lula, onde cumpre mandado de busca e apreensão.

A operação também ocorre nos estados do Rio de Janeiro e Bahia.

fonte: UOL

Decisão unânime do Supremo torna Cunha réu na Lava Jato

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O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é o primeiro réu em um processo da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal.

Todos os ministros da corte foram unânimes em aceitar a denúncia do Ministério Público Federal, defendida pelo procurador-Geral da República, Rodrigo Janot.

Cunha é acusado pelo MPF de receber ilegalmente de US$ 5 milhões do consultor Julio Camargo. Segundo Janot, a propina é parte do contrato, feito sem licitação, para instalação de dois navios-sonda do estaleiro Samsung Heavy Industries em 2006 e 2007.

Janot também argumenta que o deputado pediu, em 2011, à ex-deputada e atual prefeita de Rio Bonito, no Rio de Janeiro, Solange Almeida a apresentação de requerimentos à Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara para pressionar o estaleiro, que parou de pagar as parcelas da propina.

Segundo Janot, não há dúvida de que Cunha foi o verdadeiro autor dos requerimentos. A prefeita foi incluída no processo. “Solange jamais se interessou por essa matéria”, enfatizou o procurador na plenária no STF.

O relator da ação, ministro Teori Zavascki, aceitou boa parte da denúncia contra Cunha. Ele, entretanto, não acatou a tese de que Cunha tenha participado da celebração do contrato.

Os demais ministros seguiram o voto do relator com ressalvas. Os ministros Dias Toffoli e Gilmar Mendes questionaram a participação de Solange Almeida e disseram que faltam elementos para comprovar dolo.

Julgamento

O Supremo começou a analisar a ação na quarta-feira (2). Ao fazer a apresentação da denúncia, Janot detalhou a operacionalização do esquema. Segundo ele, a relação de Cunha com Julio Camargo começou quando houve atraso no pagamento da propina.

Advogado de Cunha, Antonio Fernando de Souza nega todas as acusações e diz que a acusação de Janot mostra que a denúncia não tem nenhuma condição de ser admitida. Segundo ele, os delatores inventaram o encontro e o ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, nem conhecia Cunha.

Afastamento

O próximo passo do processo contra Cunha no STF será a análise do pedido protocolado por Janot que pede o afastamento do parlamentar da presidência da Câmara dos Deputados.

A decisão do STF de torná-lo réu inflamou os discursos contra o peemedebista no Congresso. Partidos como o PSDB que não tinham uma posição clara se juntaram aos que pedem que Cunha deixe imediatamente o cargo de presidente.

Zika pode infectar pernilongo, diz Fiocruz

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O vírus foi encontrado ativo na glândula salivar e no intestino do mosquito Culex, o pernilongo comum.

Rio – O surto do vírus zika no Brasil pode ter um novo vetor além do mosquito Aedes aegypti, segundo revelação feita nesta quarta-feira por pesquisadores do projeto de vetores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em Pernambuco.

De acordo com a cientista Constância Ayres, o vírus foi encontrado ativo na glândula salivar e no intestino do mosquito Culex, o pernilongo comum.”Isso significa que o atual vírus conseguiu escapar de algumas barreiras no mosquito e chegou à glândula salivar”, explicou a pesquisadora durante o workshop A, B, C, D, E do vírus zika. No encontro, ela apresentou resultados preliminares da investigação que levaram à disseminação do vírus para a glândula salivar do mosquito, por onde aconteceria a transmissão da doença para humanos.

A conclusão se deu após Constância realizar em laboratório três infecções em aproximadamente 200 mosquitos Culex criados em laboratório em dezembro e em fevereiro. No experimento, a pesquisadora alimentou por sete dias os pernilongos com sangue infectado pelo zika e a conclusão foi que o vírus se manteve ativo. Apesar de parcial, a pesquisa levanta forte hipótese de o Culex também transmitir o vírus da zika.

“Para concluir isso (em definitivo), só falta identificar em campo a espécie de mosquito infectada com o vírus da zika”, ressaltou a bióloga que ingressará com a nova fase da pesquisa, partindo para análise do material de campo que está sendo coletado para chegar a uma conclusão – em seis a oito meses. “Nas casas e onde acontecem registros do vírus estão sendo coletados mosquitos das duas espécies. Trazemos esse material para o laboratório e fazemos os testes moleculares para detectar o vírus nessas espécies. Tendo realizada uma grande quantidade de amostras, poderemos ter uma ideia se o Aedes é o vetor exclusivo, se existem outros vetores e qual a importância de cada um na transmissão”, afirma.

A presença do Culex em zonas urbanas do País supera em 20 vezes a incidência do Aedes, conforme os especialistas da Fiocruz. Ele também constituiria uma ameaça maior, por estar disseminado quase em todo o mundo, e por ter facilidade de reprodução em água suja – ao contrário do vetor comum de dengue, zika e chikungunya.culex pernilongo 030316

Cautela

Apesar do achado, especialistas dizem que o fato de o Culex ser “infectável” não indica obrigatoriamente que ele possa transmitir zika. “O experimento ainda é muito preliminar”, disse Margareth Capurro, bióloga do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP).

O assunto também foi discutido ontem nos Estados Unidos. Em debate sobre o combate à zika realizado na sede da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), em Washington, o coordenador do Centro de Relações Internacionais em Saúde da Fiocruz, Paulo Buss, afirmou que será preciso pesquisar mais para descobrir se o vírus pode ser transmitido pelo Culex. “A possível transmissão não está descartada, mas ainda precisa ser provada. É uma das questões que ainda não sabemos responder”, ressaltou. “Diversos estudos estão sendo levados adiante e as análises ainda estão sendo reunidas por entomologisatas e outros especialistas”, afirmou Buss.

Balanço

No mesmo evento, a Opas informou que há 134 mil casos suspeitos de zika no continente e 2.765 confirmados. A organização destaca que, pelo fato de 80% das vítimas serem assintomáticas e ainda existir dificuldade de diagnóstico, esses números não representam o surto.

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