Em meio a vaias e aplausos, Dilma dá posse a quatro ministros e Lula assume oficiamente a Casa Civil

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A presidente Dilma Rousseff deu posse ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta quinta-feira (17), como novo ministro da Casa Civil. Outros três ministros também tomaram posse na mesma cerimônia no Palácio do Planalto.

A petista chegou sob gritos de “não vai ter golpe”, mas, ao cumprimentar os presentes com um efusivo “bom dia”, ouviu uma vaia generalizada de manifestantes que estavam do lado de fora.

Dilma cumprimentou todos os novos ministros, mas garantiu um tempo especial para saudar a chegada de Lula à Esplanada, a quem classificou como “o maior líder político desse País”.

— Todo mundo sabe que as dificuldades muitas vezes costumam criar grandes oportunidades. As circunstâncias atuais me dão a oportunidade de trazer para o governo o maior líder político desse País. Uma pessoa que além de ser grande líder político, é um grande amigo de companheiro de lutas e de conquistas. Seja bem vindo querido companheiro, ministro Luiz Inácio, ministro Lula.

Dilma disse ainda contar “com a experiência do ex-presidente Lula, conto com a identidade que ele tem com esse País, com o povo desse país. É com isso que eu conto”.

— Conto com sua incomparável capacidade de olhar nos olhos do nosso povo e de entender esse povo, de querer o melhor para esse povo e também de ser entendido e por ele amado. A sua presença aqui, companheiro lula, prova que você tem a grandeza dos estadistas e a humildade dos verdadeiros lideres, prova que não há obstáculos à nossa disposição de trabalhar juntos pelo Brasil.

O protesto contra Lula dentro do Palácio do Planalto foi convocada pelo deputado Major Olímpio (SD-SP). Ele foi retirado do local pelos seguranças. Logo no início do seu discurso, Dilma explicou que Jaques Wagner “só anda em avião de carreira e não usa avião da FAB” e, por isso, “teve um contratempo e só chega às 11h”.

Também foram empossados os ministros Eugênio Aragão (Justiça), Mauro Lopes (Secretaria de Aviação Civil) e Jaques Wagner (Chefe de Gabinete Pessoal da Presidente da República).

Fonte: R7

Operação em 7 estados prende autores de crimes raciais contra atriz Taís Araújo

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A Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, por meio da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) e com apoio da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) deflagrou hoje (16) uma operação em seis estados, além do Rio, para prender criminosos apontados como autores de ataques racistas pela internet dirigidos à atriz Taís Araújo em sua página no Facebook.

As informações indicam que pelo menos três pessoa já foram presas e um menor apreendido. Outro envolvido está preso desde dezembro do ano passado pelo crime de pedofilia. As investigações apuraram que os ataques racistas eram premeditados e que o mesmo grupo teria sido responsável por ataques de cunho racista à jornalista Maria Júlia Coutinho, a Maju, também da rede Globo.

A operação é coordenada pelo delegado titular da DRCI, Alessandro Thiers, e conta com a participação de policiais civis dos estados de São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Bahia e Minas Gerais. Estão sendo cumpridos quatro mandados de prisão e 11 de busca e apreensão nos sete estados.

Segundo informações da Polícia Civil do Rio de Janeiro, durante as investigações, os agentes descobriram que as ofensas dirigidas à atriz foram premeditadas pelo grupo, criado “com uma única finalidade: praticar ataques de cunho racista em perfis de redes de relacionamento, no facebook e no whatsApp”.

Ainda de acordo com a polícia, o grupo atuava incitando seus membros a cometer crimes de discriminação racial. “Os incitadores criavam grupos secretos e temporários para potencializá-los e ainda chegavam a informar maneiras de mascarar a conexão no intuito de tentar dificultar o rastreamento, objetivando a impunidade por tais crimes”.

Fonte: Agência Brasil

Doleiro abriu conta para família de Aécio Neves em paraíso fiscal

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Entre as menções ao senador Aécio Neves (PSDB-MG) feitas na delação premiada do senador Delcídio do Amaral (ex-PT), homologada nesta quarta-feira (15) pelo STF, está a confirmação de uma conta secreta que a família do mineiro manteve no principado de Liechtenstein, o mais fechado de todos os paraísos fiscais do mundo.  A revista Época teve acesso a documentos apreendidos pela Polícia Federal em 2007 que comprovam que a conta foi aberta no LGT Bank pelo doleiro Norbert Muller.

De acordo com a publicação, divulgada nesta quarta-feira (16), a fundação criada por Inês Maria Neves Faria, mãe de Aécio, para administrar o dinheiro da conta secreta criada em 2001, foi chamada de “Bogart & Taylor”.

Na delação, Delcídio diz que fora informado “pelo ex-deputado federal José Janene, morto em 2010, que Aécio era beneficiário de uma fundação sediada em um paraíso fiscal, da qual ele seria dono ou controlador de fato; que essa fundação seria sediada em Liechtenstein”. Delcídio diz que não sabe dizer ao certo, mas que “parece que a fundação estaria em nome da mãe ou do próprio Aécio Neves; que essa operação teria sido estruturada por um doleiro do Rio de Janeiro”.

Delcídio disse, ainda, não saber se há relação entre essa fundação e as acusações que fez ao tucano — entre elas, de ser beneficiário de propinas em Furnas e de ter agido para interferir nas investigações da CPI dos Correios, da qual o petista foi presidente, em 2006. Janene era um dos líderes do esquema em Furnas, segundo as investigações.

Segundo os documentos apreendidos pela PF, a conta em Liechtenstein poderia ser movimentada por Inês Maria e por Andréa Neves, irmã de Aécio. Segundo os papéis, o senador não estava autorizado a movimentar a conta da fundação no banco LGT. Era, no entanto, seu beneficiário, de acordo com um documento apreendido pela PF e conhecido como “By Law”.

De acordo com a revista, foi a primeira vez que uma testemunha da Lava Jato citou em público o que os investigadores da Procuradoria-Geral da República investigam sigilosa e discretamente.

A investigação da PF confirmou que nem Inês Maria, nem Andréa, irmã do senador, nem Aécio declararam a existência da conta e da fundação “Bogart & Taylor” à Receita Federal ou ao Banco Central, como determina a lei. Em tese, cometeram os crimes de evasão de divisas, ocultação de patrimônio e sonegação fiscal.

 Procurados pela Época, nem Aécio nem Inês Maria quiseram dar entrevista. Por meio de seus advogados, a família Neves confirmou que os documentos apreendidos são verdadeiros e que Inês Maria pretendia criar a fundação Bogart & Taylor em Liechtenstein para destinar recursos à educação de seus netos. Mas afirmam que a conta secreta no LGT foi aberta “sem conhecimento” da família. E permaneceu aberta por seis anos “à revelia” — até uma operação da PF em fevereiro de 2007.
Fonte: R7

Lula assume ministério e volta ao Executivo após 5 anos

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A presidente Dilma Rousseff acertou, nesta quarta-feira (16), a ida do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a Secretaria da Casa Civil da Presidência da República. Lula vai ocupar o lugar deixado por Jaques Wagner, que estava no comando da pasta desde outubro do ano passado.

O acordo foi selado após reunião no Palácio do Alvorada, com as presenças dos ministros Nelson Barbosa (Fazenda) e do próprio Jaques Wagner, que agora vai ocupar a chefia de gabinete de Dilma.

Dois líderes do PT confirmaram a informação. O líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), disse no Twitter que “Jaques Wagner, no dia do seu aniversário, mostra grandeza e desprendimento ao deixar a Casa Civil! Lula novo ministro da Pasta”.

O líder do PT na Câmara, deputado Afonso Florence (BA), também confirmou a informação. Com a nomeação, Lula está de volta ao Poder Executivo desde quando deixou a Presidência da República, em dezembro de 2010.

Havia a possibilidade de Lula ir para a Secretaria de Governo foi criada a partir da fusão entre a Secretaria-Geral da Presidência e da Secretaria de Relações Institucionais, quando Dilma cortou ministérios e juntou algumas secretarias.

Lula investigado

Alvo principal da 24ª fase da Operação Lava Jato, chamada Aletheia, Lula ficou sob holofotes desde que foi levado em condução coercitiva a prestar depoimento na Polícia Federal.

O ex-presidente passou a considerar a hipótese de se tornar ministro depois que a juíza Maria Priscilla Ernandes, da 4ª Vara Criminal de São Paulo, decidiu, na última segunda-feira (14), transferir para o juiz federal Sérgio Moro, que conduz a Operação Lava Jato na primeira instância, a decisão sobre o pedido de prisão preventiva contra ele.

Com o foro privilegiado, Lula passa a ser julgado direto em última instância. Isso significa que todo o processo tem de ser remetido para o STF (Supremo Tribunal Federal). Assim, o ex-presidente passa a ser julgado pelo Supremo, e não mais pelo juiz Sérgio Moro.

No final da manhã de ontem, com a validação da delação premiada do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), Dilma convocou seus ministros mais próximos — entre eles José Eduardo Cardozo, da Advocacia-Geral da União; Jaques Wagner, da Casa Civil; Ricardo Berzoini, da Secretaria de Governo; e o chefe de gabinete da Presidência, Giles Azevedo — para uma reunião de emergência, tentando avaliar o impacto das novas denúncias.

Dilma também cobrou explicações do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, sobre as acusações de que teria oferecido dinheiro e ajuda a Delcídio, ex-líder do governo no Senado, para que ele não fizesse a delação.

De acordo com duas fontes palacianas, a presidente ficou assustada com o espectro da delação de Delcídio e sem condições de avaliar o impacto que as novas denúncias terão em seu governo. Na delação, há uma gravação de Mercadante falando com um assessor próximo de Delcídio, José Eduardo Marzagão, e oferecendo dinheiro para que o senador não fizesse a delação.

Oposição

A oposição já prepara uma ação contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva após ter aceitado o ministério no governo da presidente Dilma Rousseff. A junta jurídica do DEM redigiu uma ação popular por desvio de finalidade para garantir uma liminar que suspenda a nomeação do petista. O partido ingressará com a ação na Justiça Federal.

 

Fonte: R7

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