Ala do PMDB quer expulsão dos ministros que não deixarem cargos no governo

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A ala oposicionista do PMDB quer impedir que os sete ministros filiados ao partido se licenciem da legenda para permanecer nos cargos. Defensores do rompimento querem aprovar nesta terça-feira (29) a expulsão de quem se recusar a desembarcar do governo.

Hoje, além da vice-presidência da República, o PMDB ocupa os ministérios da Saúde, Minas e Energia, Agricultura, Ciência e Tecnologia, Turismo, Aviação Civil e Portos.

O diretório do partido irá se reunir nesta terça e a tendência é decidir pelo desembarque, apesar da resistência de ministros e alguns senadores e deputados. Os peemedebistas pró-impeachment passaram a manhã discutindo o que fazer com quem resistir a deixar o governo caso se confirme a decisão pelo rompimento.

 “Essa decisão tem que ser encarada com seriedade. Os ministros que quiserem permanecer no governo vão ter que se desfiliar do partido. Os raros governistas que ainda restam no partido sonham com uma reunião que não defina nada”, afirmou Carlos Marun (PMDB-MS), um dos líderes do movimento de saída do governo.

“Não podemos permitir uma coisa dessas. Vamos aprovar a saída do governo e a punição para quem não sair”, afirmou Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), também oposicionista. “Não existe meio-dentro ou meio meio-fora. Não vamos permitir essa jogada a mais. Quem quiser propor isso, que meta a cara. Os ministros, em vez de defender a não saída, têm que dizer por que não querem sair”, afirmou o peemedebista.

Os posicionamentos da ala antigoverno são reação à decisão de alguns ministros de não entregar os cargos mesmo diante de uma eventual decisão pelo desembarque. O jornal o Estado de S.Paulo mostrou neste sábado (26) que integrantes do partido próximos ao governo têm apontado também impasse diante da possível supressão de “centenas” de cargos do segundo e terceiro escalões em um ano de eleições municipais.

Fonte: R7

Jornal britânico ‘The Independent’ tem última tiragem impressa

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O jornal britânico The Independent, cujas vendas desabaram nos últimos anos, aparece neste sábado (26) pela última vez em papel – a partir de agora apostará exclusivamente numa versão digital para enfrentar a crise da imprensa.

Na sexta à noite, os jornalistas enviaram a edição para a gráfica pela última vez e, em seguida, postaram fotos nas redes sociais com suas equipes batendo a mão na mesa, uma tradição para saudar a saída de um colega.

Em sua última edição impressa, o The Independent afirma que as pessoas vão lembrar sua “transição ousada” para o formato 100% digital como um “exemplo para outros jornais ao redor do mundo”.

“Hoje, as prensas pararam, a tinta está seca e logo o papel vai deixar de ser amassado (…). Um capítulo se encerra, mas outra se abre, e o espírito do The Independent continuará a florescer”, acrescentou.

O proprietário do jornal, o britânico de origem russa Evgeny Lebedev que havia anunciado no mês passado o abandono da edição impressa, escreveu que o jornalismo “foi completamente transformado”, de modo que o The Independent “também teve que mudar”.

Como muitos jornais, o The Independent – nascido em 1986 – teve de enfrentar um forte declínio do número de leitores da sua edição impressa. No final, vendia cerca de 40.000 cópias, o diário nacional com menos vendas no país.

No seu auge, em 1989, o jornal de centro-esquerda, conhecido pelas manchetes politicamente engajadas e pela importância que dava às imagens, chegou a vender mais de 420.000 exemplares diários.

Em 2003, realizou uma campanha sangrenta contra a intervenção britânica no Iraque ao lado dos Estados Unidos, ao lado de outro jornal de centro-esquerda, o The Guardian.

Em editorial, o Guardian presta uma homenagem ao The Independent, chamando-o “de um jornal verdadeiramente excepcional”, observando que sofreu com as mudanças profundas no mercado da publicidade, com uma mudança na receita para sites como o Facebook.

Quatro suplementos
A última edição em papel do Independent incluiu quatro suplementos que traçam a história do jornal, o primeiro jornal nacional que desaparece das bancas britânicas desde o Today, em 1995.

O Independent também é o primeiro grande jornal nacional britânico a dar este passo entre o papel e o exclusivamente digital – caminho já trilhado pelo jornal espanhol Público ou francês La Tribune, que sai em papel uma vez por semana.

O grupo que detém o The Independent, Esi Media, vai vender a sua versão popular resumida, chamada de “i”, para o grupo Johnston Press.

Espera-se que a venda gere cerca de 25 milhões de libras (32 milhões de euros), segundo a imprensa britânica, um montante que será investido em seu site.

Seu site, que atrai cerca de 70 milhões de visitantes por mês, já é rentável e espera um aumento na receita de cerca de 50% este ano.

No entanto, Esi mídia já avisou que não haverá demissões; no total, cerca de 150 pessoas trabalham atualmente para o jornal.

Fonte: G1

Nova Lei: Quem atrasar a pensão alimentícia pode ser preso em regime fechado e ter o nome no SPC e Serasa

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A lei está mais dura com quem não paga pensão alimentícia. De acordo com o Novo Código de Processo Civil, o devedor pode pegar até três meses de prisão em regime fechado.

Uma enfermeira, que prefere não ser identificada, está lutando pelos direitos da filha. O pai parou de pagar pensão alimentícia há nove meses. “Tem cursinho, tem plano de saúde, tem várias coisas e o meu salário não está dando. E é pai, tem que ajudar o filho, não tem como”, conta.

Ela entrou com um processo na defensoria pública. Pela nova lei, o juiz vai mandar ouvir o devedor. Ele terá três dias para pagar ou apresentar uma justificativa. Se não aparecer ou se a justificativa for negada, poderá ser preso por até três meses em regime fechado. Antes cabia ao juiz definir o regime de prisão. O devedor deve ficar em cela separada. A pena não livra a pessoa da dívida, mas ela poderá ser solta a qualquer momento se quitar o débito.

Outra nova ferramenta para forçar o devedor a pagar a pensão alimentícia é a seguinte: o juiz vai mandar colocar o nome dele na lista suja do SPC e da Serasa. E aí a pessoa fica impedida, por exemplo, de pegar financiamentos e de parcelar compras.

Para o defensor público, Lucas Borges, outra mudança na lei apertou ainda mais o cerco contra os devedores. “Mesmo antes dele ser citado é possível o bloqueio dessas contas”.

Para quem paga o benefício e está com dificuldades financeiras, o conselho é acionar a justiça o quanto antes. “A hipótese de desemprego, deve conduzir esse devedor de imediato a procurar um advogado e buscar a exoneração ou a revisão dessa pensão alimentícia”, explica o advogado Dierle Nunes.

Um homem, que prefere não ser identificado, diz que a ex-mulher não dá nenhum centavo para os três filhos desde 2013. Desempregado, ficou difícil bancar tudo sozinho. Agora, ele espera a decisão da justiça. “Acho que vai ser uma forma das pessoas ficarem com medo e começar a pagar”.

Fonte: O Globo

Moro manda soltar 9 na Lava Jato e deve enviar planilhas ao STF

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Moro diz que é ‘provável’ que envie 23ª e 26ª fases da Lava Jato ao STF

O juiz Sérgio Moro afirmou que é provável que envie ao Supremo Tribunal Federal (STF) as investigações da 23ª e da 26ª fase da Operação Lava Jato. A informação está em despacho deste sábado (26) assinado pelo juiz e que também liberou nove presos temporários da última etapa da operação.

Na decisão, Moro explica que abriu vista para que o Ministério Público Federal (MPF) se manifeste sobre uma eventual declinação de competência sobre estas duas fases da Lava Jato, e a consequente remessa das investigações ao STF.

“Decidirei a questão na próxima segunda-feira, mas é provável a remessa de ambos os feitos à Egrégia Suprema Corte diante da apreensão na residência do executivo Benedicto Barbosa da Silva Júnior de planilhas identificando pagamentos a autoridades com foro privilegiado”, justificou o juiz no despacho.

Moro reafirma que é prematura qualquer conclusão sobre a natureza ilícita, ou não, dos pagamentos que fazem parte da planilha. “já que não se trata de apreensão no Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, através do qual eram realizados os pagamentos subreptícios (de propina, por exemplo, aos agentes da Petrobrás)”, diz Moro.

O juiz ainda afirma que é notório que o Grupo Odebrecht realizou diversas doações eleitorais nos últimos anos.

23ª fase
Esta etapa da operação foi denominada “Acarajé”, porque, segundo as investigações, era um dos codinomes utilizados por funcionários da Odebrecht para o pagamento de propina em espécie. Além de funcionários da empreiteira, também foram presos o marqueteiro do PT João Santana e a mulher dele, Monica Moura.

O casal é suspeito de receber dinheiro desviado da Petrobras em uma conta não declarada no exterior, e também no Brasil. Santana é publicitário e foi marqueteiro das campanhas da presidente Dilma Rousseff e da campanha da reeleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006.

As investigações apontaram que Santana e Moura receberam em conta não declarada no exterior US$ 3 milhões de offshores ligadas à Odebrecht. Já no Brasil, os investigadores encontraram uma planilha com Maria Lúcia Tavares, ex-funcionária da empreiteira, que faz referências a pagamentos de R$ 22,5 milhões a alguém de codinome “Feira”.

Segundo a ex-funcionária, que também foi presa nesta fase e virou delatora da operação, “Feira” era o codinome utilizado para Monica Moura, em um jogo de palavras com o sobrenome do marqueteiro e a cidade de Feira de Santana. João Santana e Monica Moura seguem presos preventivamente em Curitiba.

Foi nesta fase, também, que a PF prendeu o executivo da Odebrecht Benedicto Barbosa Júnior e apreendeu, na residência dele, uma planilha com referências a pagamentos para políticos de diversos partidos. Esta é a planilha a que Moro faz referência ao justificar o envio ao STF.

26ª fase
A delação de Maria Lúcia Tavares embasou a deflagração da fase “Xepa”, que descobriu o “Setor de Operações Estruturadas” da Odebrecht. De acordo com a polícia, se tratava de um departamento exclusivo dentro da empreiteira para o gerenciamento e pagamento de valores ilícitos.

O Ministério Público Federal (MPF) afirma que os pagamentos feitos pela Odebrecht estão atrelados a diversas obras e serviços federais e também a governos estaduais e municipais. Dentre elas está a construção da Arena Corinthians, segundo o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima.

A estimativa é de, ao menos, R$ 66 milhões em propina distribuída entre 25 a 30 pessoas. Este valor, segundo a Polícia Federal (PF), estava disponível em apenas uma das contas identificada como pertecente à contabilidade paralela da empresa.

Além do estádio, a operação também investiga irregularidades no Canal do Sertão, na Supervias, no Aeroporto de Goiânia e na Trensurb, do Rio Grande do Sul.

“Se chegou a observar R$ 9 milhões de um dia para outro em dinheiro em espécie”, disse a procuradora do Ministério Público Federal (MPF) Laura Gonçalves Tesser. Os pagamentos ilegais ocorreram já com mais de um ano da Lava Jato em curso.

Fonte: G1

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