Como perdemos a noção de Civilidade e Ética

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 Assim como todos neste país com um mínimo de civismo, tenho tentado analisar e compreender o turbilhão político no qual vivenciamos nos últimos dias. Juro que nunca fui partidário ou sindicalista nem me considero um “politizado”, neste aspecto creio que me insiro no grupo da maioria da população brasileira. Contudo determinados episódios me levam a crer que perdemos definitivamente a noção de civilidade e ética.

Fico incrédulo e enojado com tamanha falta de respeito às instituições do país, sobretudo ao cargo maior de nossa representatividade: a presidência. E neste caso, que fique bem claro, não estou me referindo apenas à pessoa que ocupa o cargo mas também ao posto pátrio. O Presidente da República é o Chefe do Estado. Assim, nos termos da Constituição, ele “representa a República”, “garante a independência nacional, a unidade do Estado e o regular funcionamento das instituições democráticas”.

Como garante do regular funcionamento das instituições democráticas tem como especial incumbência a de, nos termos do juramento que presta no seu ato de posse, “defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição da República”. Neste sentido, é inconcebível o nível de ofensas, chacotas e deboches direcionados à representante máxima da República. É preciso, acima de tudo RESPEITO se não tivermos quem o terá?

Recentemente um jornal francês publicou uma caricatura satirizando nossa justiça, além de extremo mau gosto foi altamente desrespeitoso com a nação e não me lembro de ter lido algo sobre pedir uma retratação, ao contrário, aceitamos como se fosse algo normal, aceitamos, fazemos pior aqui. Não é normal!

Os grandes meios de comunicação do Brasil é outro caso que merece ser estudado em âmbito científico. Não é de hoje que conduzem os grandes acontecimentos do país, quando não os tem, cria. Como parasitas, vivem disso. Chega a ser cômico acreditar na imparcialidade dos grandes conglomerados da imprensa brasileira, outro mal típico de países que não priorizam a EDUCAÇÃO.

Temos uma massa frágil, manipulável e pretendem manter assim. A residência mais miserável do país possui TV, mas não o hábito da leitura (sobretudo da “leitura das entrelinhas”). Quem lê o mundo para o povo pobre, portanto, é a TV, e não ele próprio, que olha o mundo pela ótica das emissoras.O que é lamentável como seres pensantes.

Há mais de cinco séculos movimentos intelectuais como o Renascimento Cultural e o Iluminismo têm buscado a autonomia no pensar social, a partir do racionalismo, movimentos que sempre primaram pela liberdade, sobretudo liberdade de compreensão de mundo. Dante, Rousseau, Voltaire certamente estariam consternados com o nível de alienação que atingimos. Seguimos no caminho inverso. A grande mídia tem como principal finalidade o controle ideológico das massas populares para manter e sustentar o capitalismo, sistema do qual depende, ainda que encha inúmeros editoriais falando em “democracia” e “liberdade de imprensa”. A educação seria a saída, a única saída.

Se quisermos colaborar eficazmente a construir uma sociedade melhor, mais solidária e mais justa, devemos identificar os ardis da manipulação e aprender a pensar com todo o rigor. Não é muito difícil. Um pouco de atenção e agudeza crítica nos permitirá desmascarar as prestidigitações de conceitos que se estão cometendo e aprender a fazer justiça à realidade. Esta fidelidade ao real nos proporcionará uma imensa liberdade interior.

Nestes tempos de grande euforia política, todos se tornam especialistas, cada um dono de sua verdade, muitos questionam a atuação da JUSTIÇA. Até que ponto ultrapassamos seus limites e prol de interesses questionáveis. Não custa lembrar queEtimologicamente, justiça é um termo que vem do latim justitia. É o principio básico que mantém a ordem social através da preservação dos direitos em sua forma legal.A Justiça pode ser reconhecida por mecanismos automáticos ou intuitivos nas relações sociais, ou por mediação através dos tribunais.

Em Roma, a justiça é representada por uma estátua, com olhos vendados, que significa que “todos são iguais perante a lei” e “todos têm iguais garantias legais”, ou ainda, “todos têm iguais direitos”. A justiça deve buscar a igualdade entre todos. É muito preocupante – e perigoso, quando os pilares de sustentação da justiça de uma nação divergem sobre sua forma de atuação. Justiça deve ser aplicada, não interpretada.

Bases como RESPEITO, EDUCAÇÃO E JUSTIÇA têm fomentado nações que atingiram grande nível de desenvolvimento humana, cabendo a nós ansiarmos dias melhores, afinal somos parte da mudança que queremos. Para corroborar com nosso pensar, vale reflexão nas palavras do grande poeta e dramaturgo alemão Bertold Brecht (1898-1956).

INTERTEXTO –
Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro

Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário

Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável

Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importei

Agora estão me levando
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.

 

Embaixada desmente “Veja” sobre asilo a Lula na Itália

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A embaixada italiana no Brasil desmentiu categoricamente  a reportagem publicada pela revista “Veja” de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seus aliados teriam conversado com o embaixador Raffaele Trombetta sobre um “plano secreto” para tirar o petista do país e lhe conceder asilo político na Itália.

Em um comunicado oficial  a embaixada desmentiu os fatos relatados pela revista sobre supostas conversas entre aliados de Lula e Trombetta em Brasília.

Embaixador Itália

Raffaele Trombetta – embaixador da Itália no Brasil

“As informações referentes ao evento ocorrido na embaixada e às supostas conversas do embaixador Raffaele Trombetta são inverídicas”, anunciou a sede diplomática italiana no Brasil.

O comunicado oficial também esclareceu que, quando foi procurado pela “Veja” para se pronunciar sobre o assunto por telefone, o chefe de gabinete de Trombetta, Alberto La Bella, disse que “não queria comentar fatos que, no que tange à embaixada, eram e são totalmente inexistentes”.

Sobre a foto de Trombetta publicada pela revista em um evento no Palácio do Planalto, a embaixada explicou que “a pessoa destacada na fotografia e sentada em uma das primeiras fileiras não é Trombetta, como pode-se constatar facilmente”.

“O embaixador Trombetta estava sentado, junto com os outros embaixadores, no espaço reservado ao corpo diplomático”, disse a nota.

Na reportagem, que consta na edição recente da revista, a “Veja” afirma que o embaixador promoveu um jantar em Brasília no dia 16 de março, para cerca de 40 convidados, entre eles aliados de Lula, e que neste encontro Trombetta e amigos do petista teriam comentado sobre as consequências do ex-presidente solicitar asilo à embaixada italiana.

“O plano prevê que Lula pediria asilo a uma embaixada, de preferência a da Itália, depois de negociar uma espécie de salvo-conduto no Congresso, que lhe daria permissão para deslocar-se da embaixada até o aeroporto sem ser detido –e, do aeroporto, voaria para o país do asilo”, publicou a revista.

Fonte: UOL

Empresas pegas na Operação Lava-Jato responderão também nos EUA, diz ex-assessor da Casa Branca

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Os mesmos argumentos legais que levaram os Estados Unidos a punir dirigentes da Fifa (entidade máxima do futebol) por atos de corrupção praticados em outros países deverão ser usados pelo governo americano para processar empresas brasileiras condenadas na Operação Lava-Jato, diz o ex-assessor da Casa Branca Joel Velasco.

Em entrevista à BBC Brasil, Velasco – que trabalhou com o ex-vice-presidente Al Gore e serviu como conselheiro sênior na embaixada dos EUA no Brasil no governo Bill Clinton – afirma que a operação brasileira representa um caso sem precedentes para autoridades dos Estados Unidos. Procuradores brasileiros e americanos têm trocado informações sobre a Lava-Jato há algum tempo e, por enquanto, sabe-se que o Departamento de Justiça dos EUA investiga o papel da Petrobras no escândalo.

Para Velasco, é questão de tempo até que as autoridades americanas batam à porta de todas as subsidiárias da petrolífera e construtoras implicadas no caso. Dezenas de empresas estão envolvidas na operação, entre as quais algumas das maiores empreiteiras brasileiras. Várias delas já tiveram dirigentes presos e condenados pela Justiça no Brasil. O Foreign Corruption Practices Act (legislação nos EUA que trata da corrupção de empresas no exterior) e outras leis permitem ao governo americano processar qualquer companhia estrangeira por atos de corrupção executados fora dos Estados Unidos, desde que a empresa tenha algum vínculo – ainda que mínimo – com o país.

Fonte: BBC Brasil

Dilma teme que PP, PR e PSD sigam PMDB na debandada do governo

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Aliados da presidente Dilma Rousseff temem um “efeito manada” sobre a base do governo caso o PMDB confirme o rompimento com o Planalto em reunião de seu diretório nacional na próxima terça (29). Os mais afetados tendem a ser PP, PR e PSD.

O governo dá como certa a saída do PMDB, partido do vice-presidente Michel Temer, da base. Nas contas do Planalto, a ala rebelde do partido é agora majoritária e deve sacramentar a ruptura da aliança com o PT.

Juntos, PP, PR e PSD somam 121 deputados. Seus líderes têm dito que não veem sinal de reação de Dilma diante da crise.

Dirigentes nacionais dessas siglas têm sido pressionados por parlamentares a deixar o governo.

Presidente do PP, o senador Ciro Nogueira (PI) recebeu recados de que sua bancada não está disposta a ir para o sacrifício por Dilma.

Segundo seus aliados, ele chegou a informar o Palácio do Planalto sobre esse movimento.

O relato é que Nogueira afirmou que poderia reunir cerca de 30 dos 49 votos para Dilma na Câmara, “mas só se fosse para vencer”.

A fala mostra que, com o agravamento progressivo do desgaste do governo, as chances de segurar aliados na base de Dilma Rousseff é cada vez menor.

Outro sinal desse distanciamento é o recente encontro do presidente nacional do PSD, o ministro Gilberto Kassab (Cidades), com o vice-presidente Michel Temer, principal beneficiário do impeachment de Dilma.

O Planalto recebeu a informação com alarme. O PSD, fundado por Kassab em 2011, nasceu governista, mas já dava sinais de distanciamento no Congresso.

Hoje, segundo integrantes do partido, cerca de 70% da bancada é a favor do impeachment.

Dentro do PMDB, a leitura é que a ala que resiste ao afastamento do Planalto perdeu força nos últimos dias, especialmente após a decisão do diretório do Rio de Janeiro de romper com o PT. Até então, esta era a seção da sigla mais próxima de Dilma.

O próprio Planalto admite que, nesse cenário, a “possibilidade de negociação por meio das lideranças partidárias está cada vez mais restrita” e será preciso apostar nas conversas de varejo, cercando individualmente nomes que possam se aliar ao governo contra o impeachment.

Há ainda uma tentativa de atrair siglas nanicas, oferecendo a elas cargos de segundo escalão.

Um exemplo dessas tratativas deve ser oficializado na próxima semana, quando um nome do PTN, que tem 13 deputados, deve ser alçado à presidência da Funasa (Fundação Nacional de Saúde). O cargo ficou vago após a demissão de um afilhado do vice Michel Temer.

Com essa manobra, aliados de Dilma conseguiram uma promessa de que 10 dos 13 deputados do PTN votarão contra o impeachment.

Apesar da ofensiva, o próprio governo admite que a capacidade de segurar aliados com a oferta de cargos está limitada. Dois fatores contribuem para isso. Primeiro, a perspectiva de poder de Temer, que já discute um futuro governo. Depois, o fato de que Dilma teria que sobreviver pelos próximos dois anos com baixa popularidade e sob pressão das ruas.

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