Governo suspende novas bolsas de pós e graduação no exterior

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Cortes no orçamento e o aumento no custo de manutenção de estudantes no exterior por causa da alta do dólar afetam ao menos dois programas mantidos pelo governo federal para apoiar estudantes brasileiros. O primeiro caso é o da suspensão de novas bolsas de pós-graduação no exterior pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), agência do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

De acordo com o CNPq, “a suspensão se refere apenas a novas bolsas, é temporária e tem relação com a meta fiscal do governo, mas será retomada assim que houver a recomposição do orçamento”.

Os cortes nas verbas de fomento à pesquisa no exterior já tinham praticamente congelado, em 2015, a oferta de novas bolsas concedidas pelo CNPq: no ano passado foram concedidas apenas 68 bolsas. Em 2014 o número foi de 7.883.

Ciência Sem Fronteiras
O segundo caso de bolsas congeladas ocorre com o programa Ciência sem Fronteiras (CSF), que não concedeu nenhuma nova bolsa tanto em 2015 quanto em 2016. Em 2014, 26.119 bolsas foram concedidas. “Novas ações serão anunciadas oportunamente”, informou a Capes ao G1 por meio de nota.

O Ciência sem Fronteiras é uma iniciativa conjunta entre MEC e MCTI, que dá bolsas para que alunos de graduação e pós-graduação façam estágio no exterior. Além disso, “busca atrair pesquisadores do exterior que queiram se fixar no Brasil ou estabelecer parcerias”.

A Capes diz que o programa continua sendo executado até que todos os bolsistas concluam seus programas de capacitação no exterior. Atualmente, 13.300 bolsas do CSF estão em andamento.

A coordenação ressalta ainda que o Ciência Sem Fronteiras “alcançou a meta de concessão de 101 mil bolsas de estudos entre 2011 e 2014. Deste total, 65.205 foram pela Capes e o restante pelo CNPq”.

Previsão para bolsas tradicionais
Ao G1, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), órgão ligado ao Ministério da Educação (MEC) informou que seus “programas tradicionais” de bolsas no exterior serão mantidos e devem ter novas vagas neste ano.

“Há previsão de divulgação de abertura de processo seletivo para doutorado sanduíche, pós-doc e estágio sênior ainda no primeiro semestre e para doutorado pleno no segundo semestre”, informou a Capes.

Fonte: G1

PMDB escala ex-líder do governo para guiar impeachment e defender Temer de ‘provocações’

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O senador Romero Jucá (PMDB-RR) foi escalado para assumir a presidência do PMDB no lugar do vice Michel Temer com a missão de marcar uma posição clara da legenda diante o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff e proteger o vice.

“O presidente Michel Temer não vai participar desse jogo, mas ao mesmo tempo o PMDB dará as respostas necessárias com a clareza necessária e com a firmeza necessária e a qualquer tipo de provocação”, disse a jornalistas.

No plenário do Senado, o senador continuou a dizer que Temer tem sido vítima de uma série de ataques e manipulações. O peemedebista se refere a declarações de governistas, da presidente Dilma e do ex-presidente Lula.

No fim de semana, Lula disse que Temer, por ser professor de direito, sabe que está ocorrendo um golpe no País. Em nota, o vice respondeu: Justamente por ser professor de direito constitucional, Michel Temer tem ciência de que não há golpe em curso no Brasil”

“Temer tem sido vítima de uma série de ataques, de uma série de manipulações, sofismas, armações e agressões, e ficava em uma situação difícil porque, ao mesmo tempo em que é vice-presidente da República, com todo o poder institucional que tem, é também presidente do PMDB, e, em tese, teria que descer ao debate, teria que expor posições, e, mais do que isso, teria que fazer enfrentamentos”, explicou.

Jucá, que foi líder do governo de Lula e de Dilma, também fez questão de explicar que em 40% do partido votou contra a continuação da aliança Dilma e Temer para disputar as eleições de 2014. Segundo ele, esse racha só cresceu e culminou com o desembarque da legenda do governo.

Segundo ele, o vice não precisa deixa o cargo porque foi eleito. “Não vai renunciar porque não ocupa um cargo nomeado pela presidente.”

Seguindo o mesmo discurso de Temer, ele negou que há um golpe em curso.

“A saída está na regra, está na Constituição. Qualquer outra saída mirabolante, desculpem-me, aí sim é golpe, aí sim é golpe. Eleições gerais para todo mundo está na Constituição? Não. Todo mundo renuncia está na Constituição? Não. Traduzindo para a população, a regra tem que ser cumprida. Para saber se a regra é cumprida não precisa ir no Supremo não. Pergunta ao Arnaldo Cezar Coelho: Arnaldo, isso pode? Ele vai dizer: Pode não. Porque se pudesse mudar a regra, quando o Brasil estivesse perdendo de 7 a 1 da Alemanha, pararíamos o jogo e diríamos que estava cancelado e que amanhã nós começaríamos de novo com 0 a 0.

Essa não é a saída que o País espera, não é essa a saída. A saída é majoritariamente este Congresso se afirmar, majoritariamente, sem ter vergonha os partidos se colocarem e, a partir daí, termos um quadro político que vai efetivamente definir os rumos deste País.”

Fonte: HUFFPOST BRASIL

STF decide que USP suspenda fornecimento da ‘pílula do câncer’

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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, determinou que a Universidade de São Paulo (USP) deverá fornecer a fosfoetanolamina somente “enquanto remanescer o estoque” do composto.

Depois disso, o fornecimento poderá ser suspenso tendo como justificativa a ausência de registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a falta de estudos publicados sobre os benefícios de sua utilização na cura do câncer, a falta de estudos que atestem sua segurança e o desvio de finalidade da instituição de ensino.

A decisão foi tomada depois de a USP apresentar um pedido ao STF contra uma decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo que determinou o fornecimento da fosfoetanolamina para pacientes com câncer.

Em sua decisão, Lewandowski afirmou que “não caberia ao Poder Judiciário respaldar a prática de uma medicina não baseada em evidências”. A decisão suspende todas as decisões judiciais proferidas em âmbito nacional que tenham determinado à USP o fornecimento da substância até que elas sejam julgadas em definitivo.

Entenda
A fosfoetanolamina, que ficou conhecida como “pílula do câncer”, vinha sendo distribuída pelo Instituto de Química de São Carlos (IQSC) da USP havia vários anos de forma irregular, desde que um professor da unidade, Gilberto Orivaldo Chierice, desenvolveu um método de síntese da substância.

O pesquisador trabalhava com a hipótese de que o composto seria capaz de tratar câncer, porém tinha obtido apenas resultados preliminares em modelos experimentais sobre esse possível efeito.

A substância não passou pelos estudos necessários para comprovar sua ação antitumoral e sua segurança para o uso em pacientes, portanto, não é um medicamento.

Quando Chierice se aposentou, o IQSC deixou de fornecer a substância para pacientes, levando diversas famílias a acionarem a justiça para conseguir a pílula. O Tribunal de Justiça de São Paulo, então, determinou que a universidade deveria fornecer a substância sob pena de multa. A USP, por sua vez, recorreu dessa decisão no STF, o que levou à decisão desta terça-feira.

Projeto de lei
Em 22 de março, o Senado aprovou, em votação simbólica, o projeto de lei que que permite a fabricação, distribuição e o uso da fosfoetanolamina sintética.

Pelo projeto aprovado, pacientes com tumor maligno poderão usar a “pílula do câncer”, desde que exista laudo médico que comprove a doença. O paciente ou seu representante legal terá ainda que assinar um termo de consentimento ou responsabilidade. A proposta vai além e também permite a fabricação da fosfoetanolamina sintética mesmo sem registro sanitário.

Diante da decisão, a Anvisa anunciou que iria recomendar à presidente Dilma Rousseff o veto ao projeto de lei. Para a agência, é perigoso distribuir para a população uma substância que não passou pelos testes que comprovem sua segurança.

Estudos
Atualmente, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) coordena, ao lado do Ministério da Saúde, uma iniciativa federal para pesquisar a fosfoetanolamina, anunciada em outubro de 2015. Na ocasião, foi anunciado que o projeto teria um financiamento de R$ 10 milhões por parte do MCTI.

Três laboratórios estão participando dessa etapa inicial do estudo: o Centro de Inovação e Ensaios Pré-clínicos (CIEnP), em Santa Catarina, o Laboratório de Avaliação e Spintese de Substâncias Bioativas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (LASSBio-UFRJ) e o Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos da Universidade Federal do Ceará (NPDM/UFC).

Resultados iniciais, divulgados em março, apontam que as cápsulas têm uma concentração de fosfoetanolamina menor do que era esperado e que somente um dos componentes da cápsula — a monoetanolamina — apresentou atividade citotóxica e antiproliferativa, ou seja, capacidade de destruir células tumorais e inibir seu crescimento.

Fonte: G1

WhatsApp adota criptografia em conversas, entenda como funciona

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Nesta semana, o WhatsApp começou a notificar usuários do aplicativo de que já está utilizando a chamada criptografia de ponta-a-ponta. “As mensagens que você enviar para esta conversa e chamadas agora são protegidas com criptografia de ponta-a-ponta”, dizia a mensagem. O aviso deixou alguns usuários em dúvida sobre o que deveria ser feito e o que seria a criptografia.

whattsA criptografia de ponta-a-ponta é um recurso de segurança utilizado pelos administradores do aplicativo. De acordo com comunicado na página oficial do WhatsApp, o sistema visa criptografar (cifrar a mensagem para deixá-la impossível de ser lida quando armazenada) nas duas “pontas” (pessoas que estão conversando) da mensagem. Os desenvolvedores também apontam que é preciso ter a versão mais recente do aplicativo para que a a criptografia de ponta-a-ponta seja ativada.

“A criptografia de ponta-a-ponta do WhatsApp está disponível quando você e as pessoas com as quais você conversa estão na versão mais recente do nosso aplicativo. Muitos aplicativos somente criptografam mensagens entre você e eles próprios, mas a criptografia de ponta-a-ponta do WhatsApp assegura que somente você e a pessoa com que você está se comunicando podem ler o que é enviado e ninguém mais, nem mesmo o WhatsApp. As suas mensagens estão seguras com um cadeado e somente você e a pessoa que as recebe possuem a chave especial necessária para destrancá-lo e ler a mensagem. E para uma proteção ainda maior, cada mensagem que você envia tem um cadeado e uma chave. Tudo isso acontece automaticamente: não é necessário ativar configurações ou estabelecer conversas secretas especiais para garantir a segurança de suas mensagens”, diz comunicado.

De certa forma, o impedimento de que funcionários do WhatsApp tenham acesso à mensagem também protege a empresa. No início de março, o vice-presidente do Facebook (empresa que é dona do WhatsApp) no Brasil foi preso por não ter repassado informações de mensagens que circularam no aplicativo. Com o modelo de chave criptográfica, nem mesmo o WhatsApp teria acesso a essas mensagens.

“Importante: A criptografia de ponta-a-ponta está sempre ativada, desde que todos os envolvidos estejam usando a versão mais recente do WhatsApp. Não há nenhuma maneira de desativar a criptografia de ponta-a-ponta”, diz o comunicado.

Nos Estados Unidos, o acesso de mensagens criptografadas gerou uma polêmica entre a Apple e o FBI. A polícia pede que a empresa divulgue dados de mensagens em uma investigação sobre terrorismo. Porém, a Apple (que usa a criptografia de ponta-a-ponta) afirma que seria preciso criar uma “chave mestra” para desbloquear as mensagens e que isso acarretaria no fim da privacidade de usuários. Até o momento, o FBI não conseguiu as informações.

Fonte: Agência Brasil

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