Palocci incrimina Lula em depoimento a Sergio Moro

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O ex-ministro Antonio Palocci (PT), preso na 35ª fase da Operação Lava Jato deixa o Instituto Médico Legal (IML) após realização de exame de corpo de delito, em Curitiba.

Ex-ministro declarou ao magistrado que relação entre governos Lula e Dilma e a Odebrecht era ‘movida a propina’

Em depoimento ao juiz federal Sergio Moro nesta quarta-feira (6), o ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil Antonio Palocci, preso pela Operação Lava Jato, incriminou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na ação penal em que o petista é suspeito de ter recebido propinas da Odebrecht por meio de um apartamento de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, e na compra de um terreno que abrigaria a sede do Instituto Lula.

“De fato, queria dizer a princípio que a denúncia procede, os fatos narrados nela são verdadeiros. Diria apenas que os fatos dizem respeito a um capítulo de um livro um pouco maior do relacionamento da empresa em questão, da Odebrecht, com o governo do ex-presidente Lula e da ex-presidente Dilma que foi uma relação bastante intensa movida a vantagens dirigidas a empresa a propinas pagas pela Odebrecht a agentes públicos”, afirmou Palocci ao magistrado, logo no início da oitiva.

Neste processo, Lula é acusado pelo Ministério Público Federal dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro por supostamente ter recebido propinas de 13 milhões de reais da Odebrecht.

Parte do dinheiro, 12,4 milhões de reais, sustentam os procuradores, teria sido gasta na compra de um terreno para abrigar a sede do Instituto Lula em São Paulo – o instituto acabou sendo construído em outro endereço. Outros 504.000 reais teriam sido usados na compra da cobertura contígua à de Lula no edifício Hill House, em São Bernardo do Campo (SP). As duas compras teriam sido feitas por meio de laranjas: no caso do terreno, o empresário Demerval Gusmão; no caso da cobertura, Glaucos da Costamarques, primo do pecuarista José Carlos Bumlai, amigo de Lula.

Serão julgados nessa ação penal o ex-presidente, Antonio Palocci, Gusmão, Costamarques, o empreiteiro Marcelo Odebrecht, o ex-assessor de Palocci Branislav Kontic, e o advogado de Lula, Roberto Teixeira.

Fonte: VEJA

Alta dos combustíveis puxa inflação oficial em agosto

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A alta no preço dos combustíveis de 6,67% em agosto foi a principal responsável pela variação da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no mês. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a gasolina teve aumento de 7,19% e o etanol, de 5,71% no período.

Os transportes, aliás, foram o grupo de despesas com maior inflação (1,53%) e maior impacto na inflação de agosto. Outro grupo de despesas com alta de preços importante foi habitação, com inflação de 0,57%. Entre os itens que tiveram aumento de preços em agosto estão a energia elétrica residencial (1,97%) e a taxa de água e esgoto (1,78%).

Alimentos

Por outro lado, o grupo de despesas alimentação e bebidas teve deflação (queda de preços) de 1,07% no mês e contribuiu para frear a inflação. A alimentação em casa ficou 1,84% mais barata, apesar do aumento do custo da refeição fora de casa (0,35%).

Entre os alimentos com as maiores quedas de preços estão o feijão-carioca (-14,86%), tomate (-13,85%), feijão-preto (-6,36%), açúcar cristal (-5,90%), alho (-5,83%), leite longa vida (-4,26%) e hortaliças (-3,68%).

Copom anuncia nova Selic no final do dia; mercado prevê queda para 8,25%

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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, ficou em 0,19% em agosto deste ano. A taxa é a mais baixa para meses de agosto desde 2010 (0,04%). A taxa ficou abaixo dos 0,24% de julho deste ano e dos 0,44% de agosto do ano passado.

Segundo dados divulgados hoje (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IPCA acumula taxa de 1,62% no ano, a menor acumulada para o período desde o início do plano real, em 1994. Em 12 meses, a taxa acumulada chega a 2,46%, abaixo do piso da meta de inflação, que é de 3%.

Os alimentos foram os principais responsáveis pelo recuo da inflação em agosto, com uma queda de preços de 1,07% no mês. O grupo de despesas comunicação teve uma deflação (queda de preços) de 0,56%.

Por outro lado, os transportes (com inflação de 1,53% no mês) e habitação (0,57%) foram, mais uma vez, os responsáveis por evitar uma queda maior do IPCA.

Congresso encerra votação e aprova nova meta fiscal

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Com a rejeição a duas emendas, deputados e senadores encerraram nesta terça-feira (5) a votação e aprovaram a nova meta fiscal para 2017 e 2018. O texto, que segue para sanção presidencial, altera o déficit público para R$ 159 bilhões nos dois anos.

A meta anterior era de R$ 139 bilhões para este ano e de R$ 129 bilhões para 2018. O governo aguardava a aprovação da revisão da meta para concluir a elaboração da proposta orçamentária para o ano que vem, que precisa ser encaminhada ainda nesta quinta-feira ao Congresso Nacional.

Um dos motivos para a revisão da meta fiscal foi a queda na arrecadação. Apenas neste ano, as receitas devem ficar R$ 42,5 bilhões abaixo do previsto. A modificação da meta evita o aumento de impostos.

Fonte: Portal Brasil, com informações do Senado Federal

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