CVM diz que novos inquéritos sobre JBS dependerão de denúncias e fiscalizações

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O novo presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Marcelo Barbosa, afirmou ontem (6) que a abertura de inquéritos e processos envolvendo a JBS, com o surgimento de mais informações sobre a empresa, dependerá de denúncias à autarquia ou do resultado de fiscalizações feitas por sua área técnica que identifiquem algum fato merecedor de averiguação.

“Surgindo novas informações decorrentes do vazamento [de gravação de conversa entre empresários da JBS], o que for cabível vai ser avaliado aqui, dentro do curso dos inquéritos”, disse Barbosa, em entrevista coletiva. A divulgação dos áudios foi autorizada na terça-feira (5) pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo Barbosa, que tomou posse ontem, a CVM tem uma matriz de prioridades, o que permite a identificação de casos que merecem resposta mais rápida, o que ajuda a reduzir o estoque de processos em análise. Ele disse que os inquéritos têm de ser examinados com cuidado para que não se comprometa o trabalho final.

De acordo com deliberação na terça feira  da CVM, o presidente da comissão também vai relatar processos, mas somente para os novos. O nome de Barbosa não saiu no primeiro sorteio, mas ele participará alternadamente das rodadas. Barbosa disse que a medida se insere no esforço de otimização do trabalho da comissão, responsável pela regulação e fiscalização do mercado de capitais brasileiro, além de contribuir para a redução do estoque de processos e do tempo de tramitação. “Aumentando o número de relatores potenciais, a gente tem um potencial grande de tempo e melhor distribuição entre os membros do colegiado.”

MP 784

Ao comentar a Medida Provisória (MP) 784, que elevou de R$ 500 mil para R$ 500 milhões o valor máximo de multas aplicadas pela CVM, Barbosa disse que possibilitou acordos de leniência do Banco Central e da comissão com instituições financeiras que cometeram ilícitos. Terça feira (5), parlamentares da comissão mista que analisa a medida aprovaram parecer favorável da relatora da MP, senadora Lídice da Mata (PSB-BA). Para se converter em lei, o texto precisa ser aprovado ainda pelo plenário da Câmara dos Deputados e do Senado.

Barbosa destacou ainda que outro campo em que a CVM pode ajudar é o da educação financeira. Segundo ele, é reduzido o número de investidores individuais no Brasil. “Temos investidores de renda variável na casa de 500 mil pessoas. E o Brasil tem 28 milhões de CPFs. Tem pessoas que poderiam investir diretamente em bolsa [de valores], ou em fundos, e não investem, talvez por falta de um pouco mais de educação financeira.”

A MP 784 cria um fundo de desenvolvimento do mercado que tem, entre outras finalidades, a inclusão financeira. “A proteção do investidor começa com esclarecimento e educação”, enfatizou Barbosa. Para ele, a qualidade da informação que chega para o mercado também pode ser melhorada, destacando aquilo que é útil. Esse fundo será formado com recursos dos termos de compromisso que a CVM firmar e suas diretrizes serão dadas pelo Conselho Monetário Nacional. A CVM será administradora do fundo, cujos recursos deverão ser usados para desenvolver o mercado e promover a inclusão financeira.

FALANDO A VERDADE 06/09/2017

Minutagem:
19’34’’ = Agora foi a PGR que denunciou Lula, Dilma e o PT por formação de organização criminosa.
50’05’’ = Joesley diz que Janot sabia de tudo.

Apple perde a vice-liderança do mercado de smartphones para a Huawei

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A Apple perdeu a nobre posição de vice-liderança no mercado mundial de smartphones. A gigante do iPhone foi ultrapassada pela chinesa Huawei, que superou a rival ocidental pela primeira vez em sua história, segundoa consultoria Counterpoint Research, no período compreendido entre junho e julho deste ano.

Com isso, a Huawei está atrás apenas da Samsung em número total de unidades vendidas, refletindo um investimento pesado da companhia em pesquisa e desenvolvimento, e também em marketing, o que inclui casos como o celular da KFC.

O período observado ainda não inclui os dados de agosto, mas a consultoria aponta que eles também são favoráveis à Huawei. A tendência, no entanto, é que a situação seja revertida a com o relatório de setembro, com lançamento de uma nova geração de iPhones, causando um impulso em vendas.

Reprodução

A Counterpoint indica que a Huawei tem alguns fatores limitadores que impedem que a empresa se firme como a segunda colocada permanente no ranking, mais notavelmente a fraca presença no importantíssimo mercado americano além da Índia e no sul da Ásia, tendo como pontos fortes a China, a Europa, Oriente Médio e América Latina (com exceção do Brasil, claro).

Apesar da perda da segunda posição, a Apple não tem muito o que se preocupar. O iPhone 7 e o iPhone 7 Plus continuam sendo os celulares mais vendidos do mundo, e a empresa continua praticamente monopolizando todo o lucro do mercado de smartphones.

Fonte: OlharDigital

Amazon pretende começar a vender mais do que apenas livros no Brasil

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A Amazon é uma das maiores empresas de tecnologia do planeta e praticamente controla o comércio eletrônico nos países em que atua, mas você não saberia dizer isso observando a atuação da companhia no Brasil. Por aqui, a Amazon ainda se mantém fiel às suas raízes de comercializar apenas livros e os leitores digitais Kindle. Isso, no entanto, está para mudar.

A companhia tem planos para começar a expandir sua presença brasileira após cinco anos. O primeiro indício veio com o anúncio de uma série de vagas para trabalhar na Amazon Brasil, que indicam a entrada em outros ramos. A segunda vem do próprio gerente regional da empresa, Alex Szapiro, que fala abertamente sobre a expansão, como informa a Folha de S. Paulo.

“Nós não vamos ficar só em livros. Não comentamos planos, infelizmente não podemos especular, mas dou uma dica: as vagas em aberto permitem inferir”, afirma Szapiro, apontando também que a sede da empresa em São Paulo hoje tem ocupa quatro andares, mas em breve precisará de mais dois.

As vagas abertas pela Amazon incluem especialistas em impostos e contadores experientes, o que por si só já mostra uma mudança de panorama. Livros são produtos isentos de tributos, o que indica a diversificação de produtos. Além disso, a empresa procura profissionais de logística e do varejo para lidar “com uma variedade de produtos”.

Agora a questão que fica é como essa diversificação acontecerá. Nos países onde a Amazon é gigante, ela atua em duas frentes: vendendo seus próprios produtos e operando o marketplace, no qual fornece a base para que outros vendedores atinjam mais clientes, às vezes cuidando de toda a logística do pedido para o vendedor. Não se sabe se a Amazon Brasil seguir esse modelo completamente ou operar apenas uma das duas partes; por enquanto, a loja funciona nessas duas frentes no país, mas apenas comercializando livros.

Fonte: OlharDigital

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