Desfile 7 de Setembro acontece a partir das 17 horas em Porto Velho

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Em homenagem aos 195 anos de independência do Brasil, o governo de Rondônia, com o apoio da prefeitura da capital, 17ª Brigada de Infantaria e Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), prepara para esta quinta feira (7) a partir das 17 horas, o Desfile Cívico-Militar, em Porto Velho, na avenida Migrantes, no trecjo da avenida Jorge Teixeira com as ruas Antônio Lacerda (à direita) e Santa Barbara (à esquerda), antes da avenida Rio Madeira. Tudo preparado com uma estrutura bem maior e com mais conforto para atender ao público que vai prestigiar o desfile.

Transporte

A prefeitura de Porto Velho, por meio da Secretaria Municipal de Transportes e Trânsito (Semtran), informou que, para facilitar o deslocamento das pessoas até o local onde haverá o desfile de 7 de Setembro, na Avenida Imigrantes, será disponibilizada uma linha de ônibus exclusiva para o evento, com 4 ônibus e frequência de 15 minutos partindo do terminal central.

O horário de funcionamento será das 16h30min às 21horas.

Na ida até a Avenida Tiradentes, o ônibus fará o segunte trajeto: Terminal Central à rua Euclides da Cunha, Avenidas Farquar, Imigrantes, Jorge Teixeira, rua Benedito Souza Brito e rua Santa Barbara.

No retorno ao terminal o itinerário será esse: Rua Aparício de Moraes, Avenidas Jorge Teixeira, Imigrantes, Farquhar, 7 de setembro, Rogério Weber e Terminal Central.

Infraestrutura

De acordo com a equipe do Departamento de Relações Públicas e Cerimonial do governo, além do camarote 40×5 metros, climatizado, com capacidade para 500 pessoas, entre autoridades civis e militares e convidados, estão sendo montadas arquibancada com capacidade para quatro mil pessoas, 17 tendas cobertas para prevenção à chuva, e disponibilizados 1.100 cadeiras, enquanto que no ano anterior foram apenas 300; e 50 banheiros térmicos, 20 a mais que em 2016.

Do total de tendas, nove são no tamanho 10×10, seis de 5×5 e duas de 8×8, essas últimas reservadas aos músicos. A novidade é que três tendas de 10×10 ficarão em frente ao camarote e serão destinadas, exclusivamente, aos idosos, gestantes e pessoas com deficiência. As demais serão distribuídas em vários pontos da avenida. Outra alteração também foi feita na extensão do gradil que separa o público das pessoas que estarão desfilando. Neste ano serão quatro mil metros, dois mil a mais.

Com relação à segurança, conforme o capitão Renato Suffi, chefe do setor de Comunicação Social da Polícia Militar, haverá policiamento preventivo no entorno e no local do evento, policiamento de trânsito para garantir a fluidez do tráfego e agentes do Serviço de Inteligência que estarão circulando à paisana. São mais de 400 policiais escalados para o dia.  Já nas proximidades do camarote haverá destacamento da PM e do Exército; e para os casos de emergência ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e viaturas da PM estarão de prontidão na esquina da rua Santa Bárbara, enquanto um caminhão do Corpo de Bombeiros estará na rua Uruguai.

Programação

A programação prevê que o dispositivo militar estará pronto às 16h40, enquanto que a revista da tropa pelo comandante da 17ª Brigada, general José Eduardo Leal de Oliveira, será às 17h20; revista da tropa pelo governador Confúcio Moura, acompanhado do general, às 17h40; pedido de autorização para início do desfile às 17h55; início do desfile militar, incluindo o motorizado (viaturas operacionais e administrativas, barcos e ônibus da PM, Corpo de Bombeiros, Exército e Marinha), às 18h; início do desfile estudantil (14 escolas), 18h40; início do desfile de entidades e organizações sociais, 19h40; e o término às 20h10.

Operação Lava Jato: Palocci diz que Odebrecht pagou vantagens a Lula

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O ex-ministro Antônio Palocci disse ontem (6) que a Odebrecht adquiriu um apartamento em São Bernardo do Campo para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e um terreno para a construção do Instituto Lula, como compensação pelas vantagens que a empresa recebeu durante o governo do petista. Ele depôs diante do juiz federal Sérgio Moro, em Curitiba, na condição de réu da ação penal da Opereção Lava Jato que apura estes fatos, apresentados em denúncia do Ministério Público Federal (MPF).

“Eu queria dizer, a princípio, que a denúncia procede. Os fatos narrados nela são verdadeiros. Eu diria apenas que os fatos narrados nessa denúncia dizem respeito a um capítulo de um livro ainda maior de um relacionamento da Odebrecht com o governo do ex-presidente Lula e da ex-presidente Dilma, que foi uma relação bastante intensa, bastante movida a vantagens dirigidas à empresa, a propinas pagas pela Odebrecht para agentes públicos em forma de doação de campanha, em forma de benefícios pessoais, em forma de caixa 1 e caixa 2”, disse Palocci ao iniciar o depoimento. “E eu tenho conhecimento porque participei de boa parte desses entendimentos na qualidade de ministro da Fazenda do presidente Lula e ministro da Casa Civil da presidente Dilma”.

O ex-ministro detalhou, ainda, como as diretorias da Petrobras foram divididas entre os três principais partidos que compunham o governo durante as administrações petistas. “Na Diretoria de Serviços, [ficou] o PT, na Diretoria Internacional, o PMDB, e na Diretoria de Abastecimento, o PP. Desenvolveu-se uma relação de intenso financiamento partidário de políticos, pessoas, empresas. Esse foi um ilícito crescente na Petrobras, até porque as obras cresceram muito e, com elas, os ilícitos”, disse.

Palocci também disse a Moro que conversava com Lula sobre essas relações. Ele narrou como foi questionado pelo ex-presidente em 2007 se estaria havendo “muita corrupção” nas diretorias de Serviços e de Abastecimento.

Segundo o ex-ministro, a Odebrecht repassou R$ 4 milhões em espécie ao Instituto Lula como propina. Palocci disse ainda que a empreiteira havia disponibilizado uma reserva de R$ 300 milhões em propina ao PT, e que o ex-presidente sabia se tratar de “dinheiro sujo”.

Dilma

Antônio Palocci contou que havia uma desconfiança da Odebrecht quanto à eleição da ex-presidente Dilma Rousseff. Ele narrou uma reunião que teria ocorrido no dia 30 de dezembro de 2010 entre Lula e Emílio Odebrecht, dono da empreiteira.

“Nessa reunião, o presidente Lula leva Dilma, presidente eleita, para que ele diga a ela das relações que ele tinha com a Odebrecht e que ele queria que ela preservasse o conjunto daquelas relações em todos os seus aspectos, lícitos e ilícitos”, contou o ex-ministro. Ele disse que não estava na reunião, mas que ficou sabendo dela através de Lula.

Em seguida, Palocci disse que a Odebrecht foi beneficiada durante o governo Dilma em algumas situações. A pedido do juiz Sérgio Moro, o ex-ministro citou como exemplo que a empreiteira desejava assumir a administração de um aeroporto de grande porte e havia perdido as licitações para concessão dos aeroportos de Guarulhos, Campinas e Brasília. Segundo ele, a licitação do aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, foi direcionada para que a empreiteira vencesse o certame. “Havia uma cláusula que impedia o vencedor da licitação de Cumbica de participar da licitação do Galeão em condições livres. Isso foi colocado por solicitação da Odebrecht”, contou.

Detido em Curitiba

O ex-ministro está detido na carceragem da Polícia Federal (PF) de Curitiba. Ele já foi condenado em outra ação penal da Lava Jato a 12 anos de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Neste processo, o Ministério Público Federal (MPF) afirma que o Grupo Odebrecht comprou um terreno no valor de R$ 12,4 milhões para a construção do Instituto Lula — obra que não chegou a ser executada. Ainda segundo a denúncia, o ex-presidente também recebeu como vantagem indevida da empreiteira uma cobertura vizinha ao apartamento onde mora, em São Bernardo do Campo.

O depoimento do ex-presidente Lula nesta ação penal está marcado para o dia 13 de setembro.

Outro lado

O Instituto Lula, em sua página no Facebook, divulgou uma nota em que diz que o depoimento de Antonio Palloci é contraditória “ com outros depoimentos de testemunhas, réus, delatores da Odebrecht e provas e que só se compreende dentro da situação de um homem preso e condenado em outros processos” e que busca negociar com o MPF e com o juiz Sérgio Moro um acordo de delação premiada “que exige que se justifique acusações falsas e sem provas contra o ex-presidente Lula”.

“Palocci repete o papel de réu que não só desiste de se defender como, sem o compromisso de dizer a verdade, valida as acusações do Ministério Público para obter redução de pena e que no processo do tríplex foi de Léo Pinheiro”, diz a nota.

A nota também diz que a acusação do Ministério Público usa o argumento de que o terreno teria sido comprado com “com recursos desviados de contratos da Petrobrás” só para poder ser julgado dentro do âmbito da Operação Lava Jato pelo juiz Sérgio Moro e que “não há nada no processo ou no depoimento de Palocci que confirme isso”. Também cita que Palocci falou de uma série de reuniões onde “não estava e de outras onde não haveriam testemunhas de suas conversas. Todas falas sem provas.”

O Instituto Lula reafirma, na nota, que jamais solicitou ou recebeu qualquer terreno da Odebrecht e que nunca teve outra sede além daquela em que instituto funciona atualmente. Lula reafirmou que “jamais cometeu qualquer ilícito nem antes, nem durante, nem depois de exercer dois mandatos de presidente da República eleito pela população brasileira.”

Para onde vão os R$ 51 milhões do ‘bunker’ de Geddel?

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Na terça-feira (5), a Polícia Federal deflagrou a Operação Tesouro Perdido, terceira fase da investigação batizada de Cui Bono, que apura um esquema de corrupção na Caixa Econômica Federal. Seguindo a pista de uma ligação anônima, a PF chegou a um apartamento em Salvador que seria utilizado como um “bunker” por Geddel Vieira Lima, ex-vice-presidente do banco e ex-ministro do governo do presidente Michel Temer (PMDB).

O imóvel é de propriedade de Silvio Silveira, que o teria emprestado a Geddel supostamente para armazenar documentos herdados do seu pai, falecido em 2016. O que os agentes não esperavam é que o mandado de busca e apreensão autorizado pelo juiz federal Vallisney de Souza Oliveira fosse resultar na maior apreensão de dinheiro vivo da história do país. Em malas e caixas, foram encontrados um total de R$ 51.030.866,40 – divididos em R$ 42.643.500 e US$ 2.688.000,00, que na cotação atual equivale a R$ 8.387.366,40.

Ironicamente, a maior parte do dinheiro, ainda que não de forma definitiva por enquanto, terá como destino um banco público – a Caixa ou o Banco do Brasil. Os dólares, por sua vez, serão armazenados pelo Banco Central. A PF explica que, em um primeiro momento, o dinheiro em espécie é tratado da mesma forma que todos os demais objetos, documentos, dispositivos eletrônicos, entre outros, que forem apreendidos em uma operação policial.

Após a busca, tudo o que foi retirado deve ser catalogado e lacrado, como os sacos exibidos pela polícia após a contagem dos valores ligados ao ex-ministro, e posteriormente registrado em um inventário, que passa a constar dos autos do processo. A partir desse momento, os valores são encaminhados às instituições bancárias para serem depositados em uma conta judicial, inacessíveis ao acusado.

A decisão final será do juiz responsável pelo caso. Geddel pode tentar comprovar que o dinheiro é “evidentemente lícito” e obtê-lo de volta de forma rápida. Essa comprovação pode ser feita se, por exemplo, o acusado puder indicar que fez uma venda lícita de um carro para outra pessoa e recebeu o pagamento em dinheiro, tudo de forma documentada. Ou seja, se os valores tiverem uma origem lícita que possa ser atestada.

Independentemente das alegações do ex-ministro, o juiz pode optar pela retenção total ou parcial de valores a fim de garantir o cumprimento de uma eventual sentença. Além da pena de cadeia, Geddel, se for considerado culpado, pode ser obrigado a pagar uma multa referente ao prejuízo causado à União. Caso haja dinheiro em seu nome bloqueado, este é encaminhado para o ente público lesado pelo crime, no caso, a própria Caixa.

Justiça mantém segundo depoimento de Lula perante Moro

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A segunda instância da Justiça Federal negou recurso e decidiu manter para o dia 13 deste mês o segundo depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva perante o juiz federal Sérgio Moro, em Curitiba. A decisão foi proferida pelo desembargador João Pedro Gebran Neto, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), com sede em Porto Alegre.

Os advogados do ex-presidente recorreram ao TRF4 por entender que Lula não tem condições de prestar depoimento sem ter acesso aos sistemas de informática My Web Day e Drousys, usados pela empreiteira Odebrecht para controlar pagamentos de propina a políticos.

Ao analisar o caso, Gebran Neto disse não cabe intervenção prévia na decisão do juiz Sergio Moro, que também negou pedido dos advogados de Lula para suspender o interrogatório.

“Dessa forma, embora ponderáveis os argumentos defensivos de que o material trazido possa justificar a reinquirição de testemunha ou de corréu, não vejo ilegalidade flagrante na decisão de primeiro grau a ponto de autorizar a intervenção excepcional do juízo recursal, ainda mais em sede de habeas corpus, em particular em questão que deve ser solvida em momento oportuno”, entendeu o magistrado.

O interrogatório será na ação penal na qual o ex-presidente é acusado de ter sido beneficiado pela Odebrecht na compra de um terreno do Instituto Lula e de um apartamento vizinho àquele em que residia em São Bernardo do Campo (SP).

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