PF prende Wesley Batista, presidente da JBS, em São Paulo

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A Polícia Federal (PF) prendeu preventivamente o diretor-presidente da JBS, Wesley Batista, na manhã de hoje (13) na capital paulista. Além da prisão, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva de Joesley Batista, irmão de Wesley e acionista da J&F, que está preso temporariamente desde domingo (10), quando se apresentou à PF em São Paulo, juntamente com outro executivo da empresa, Ricardo Saud.

As ações fazem parte da 2ª fase da Operação Tendão de Aquiles. Os mandados foram expedidos pela 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo, a pedido da PF, que investiga o uso indevido de informações privilegiadas em transações no mercado financeiro entre 24 de abril e 17 de maio deste ano. Nesse período, foram divulgadas informações relacionadas a acordo de colaboração premiada firmado pela J&F com a Procuradoria-Geral da República.

A investigação apura ordens de venda de ações de emissão da JBS S/A na Bolsa de Valores pela empresa controladora, a FB Participações S/A, e a compra dessas ações em mercado, por parte da JBS. Com as irregularidades, o mercado era manipulado, fazendo com que os acionistas absorvessem parte do prejuízo gerado pela baixa das ações.

Outra situação foi a intensa compra de contratos de derivativos de dólares pela JBS S/A, em desacordo com a movimentação usual da empresa, que se favoreceu com a alta da moeda norte-americana após o dia 17.

Os suspeitos poderão responder por crime de uso de informação relevante, ainda não divulgada ao mercado, para propiciar vantagem indevida com valores mobiliários. As penas variam de um a cinco anos de prisão e multa de até três vezes o valor da vantagem ilícita obtida.

Em nota, a defesa dos irmãos Batista lamenta a ação. “Sobre a prisão dos irmãos Batista, no inquérito de insider information, é injusta, absurda e lamentável a prisão preventiva de alguém que sempre esteve à disposição da Justiça, prestou depoimentos e apresentou todos os documentos requeridos. O Estado brasileiro usa de todos os meios para promover uma vingança contra aqueles que colaboraram com a Justiça”.

Lula dispensa avião e chega de carro em Curitiba

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve prestar depoimento na tarde desta quarta-feira. (Ueslei Marcelino/Reuters)

Ex-presidente usa veículo de passeio e vem na véspera de depoimento

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dispensou o uso de avião particular, como em maio, e viajou em um carro de passeio até Curitiba. A informação foi confirmada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), que afirmou que foi notificada da chegada do ex-presidente por volta da meia noite de terça-feira.

Lula depõe nesta quarta, as 14h, ao juiz Sergio Moro no segundo processo em que é réu na Justiça Federal do Paraná.

Durante a véspera do depoimento, forças de segurança deram informações controversas sobre o paradeiro de Lula. Estava considerada a hipótese de que ele viesse de carro, mas havia a preparação para uma possível caravana de ônibus ou uma repetição de maio, quando o petista chegou de avião na manhã do encontro com Moro.

O novo depoimento ocorre no processo em que Lula é acusado de receber um terreno para o Instituto Lula e um apartamento vizinho ao seu em São Bernardo do Campo da Odebrecht, em troca de vantagens ilícitas para a empreiteira. Ele nega e atribui as acusações, feitas pelos delatores da empresa, de ter como objetivo obter os benefícios da colaboração premiada.

PF desarticula grupo que desviou mais de R$ 380 mil de verbas públicas

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Investigados ganhavam licitações e depois desviavam os recursos públicos por meio de superfaturamentos e inexecuções dos contratos

A Polícia Federal, em conjunto com a Controladoria Geral da União, deflagrou a Operação Fraternidade nesta quarta-feira, 13, para desarticular grupo criminoso investigado por desviar verbas públicas na ordem de R$ 380.604.801,70. O montante seria referente a obtenção da organização especializada em fraudes em licitações entre janeiro de 2002 e março de 2013. Ao todo, são cumpridos – no Ceará e Piauí – 45 mandados judiciais, sendo nove prisões temporárias, 24 buscas e apreensões, 12 de conduções coercitivas, além de sete mandados de intimação.

Segundo a PF, a operação foi iniciada a partir de levantamento da Controladoria Geral da União. Os principais investigados já tiveram vínculos com dezenas de pessoas jurídicas, das quais 68 teriam recebido verbas públicas de 171 municípios cearenses, conforme os investigadores. Os desvios atingiram também recursos federais, de acordo com informações preliminares.

A operação ainda está em andamento e envolve 148 policiais federais, além de sete servidores da Controladoria-Geral da União. A PF aponta que o principal método do grupo era utilizar empresas controladas em conjunto e em forma de rodízio. Sem chamar atenção das autoridades, os investigados ganhavam licitações e depois desviavam os recursos públicos por meio de superfaturamentos e inexecuções dos contratos.

Em nota, a PF informa que os envolvidos responderão criminalmente, na medida de suas condutas, pelo cometimento dos crimes de organização criminosa, crimes da lei de licitações, falsificação de documentos, corrupção e lavagem de dinheiro.

O nome Fraternidade é uma referência ao grupo formado, entre outros, por três irmãos, com vinculação com diversas empresas.

Irregularidades

A CGU aponta, além de superfaturamento dos contratos, prática de falsificação de documentos, lavagem de dinheiro, múltiplos vínculos societários entre as empresas e utilização de pessoas jurídicas de fachada e de pessoas interpostas em contratações públicas promovidas por prefeituras.

Os recursos federais e municipais desviados advinham do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar (Pnate) e Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

FALANDO A VERDADE 12/09/2017

Minutagem:
12’49’’ = Ex-Procurador teria trabalhado para a J&F antes de se desligar do cargo.
50’40’’ = Redução da maioridade penal volta a ser discutida no senado.

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