Rondônia mostra potencial produtivo a empresários chineses durante encontro em Porto Velho

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Técnicos do governo de Rondônia mostraram a um grupo de empresários chineses, nesta terça-feira (26), o potencial produtivo do estado, as vertentes que estão em expansão e as vantagens disponíveis para investidores. A apresentação, conforme o governador em exercício Maurão de Carvalho, revela que o estado tem, naturalmente, características estratégicas para o mercado mundial.

A delegação chinesa é composta Ding Wei Hong, Su Shiang Ih,  Wang Chenxi, Liu Jiufeng, Chang Xinyue, da Datang Environment Industry Group Co. Ltd. Eles estão acompanhados de representantes da Câmara de Comércio Brasil China.

Ao final da apresentação, os empresários manifestaram otimismo em relação ao conteúdo apresentado. Os entendimentos continuarão sendo mantidos para a concretização de negócios futuros.

Uma explanação técnica antecedeu a mostra do portfólio de oportunidades de negócios. Representantes do governo de Rondônia definiram os caminhos jurídicos que tornam viáveis o comércio de produtos regionais, citando, entre eles, a Parceria Público Privada (PPP), como é operada e casos em que foi aplicada.

INCENTIVOS

A utilização dos incentivos foi tratada na abordagem feita por Geraldo Afonso, da Superintendência de Desenvolvimento de Rondônia (Suder), que indicou as Zonas de Processamento de Exportação como um caminho estratégico a ser trilhado. Ele também apontou as vantagens da proximidade com os países andinos e porto de Manaus como meios para chegar a comércios promissores

Já o presidente da Sociedade de Portos e Hidrovias (Soph) Leudo Buritis indicou o porto de Porto Velho como um caminho economicamente viável por ser composto da variação de rotas mais curtas para a Ásia e Europa. A hidrografia privilegiada, segundo ele, é um componente que se completa com a operacionalização do porto o ano inteiro.

Na piscultura, defendida por Ilce Oliveira, da Secretaria da Agricultura (Seagri), o potencial produtivo em expansão foi o principal argumento utilizado. Ela revelou ainda que os piscicultores utilizam tecnologia de ponta, tem compromisso ambiental e apoio do estado. Além disto, ela acentuou que a produção em 2011 era de 10 toneladas de pescado, tendo saltado para mais de 100 mil toneladas em 2016. “Há, ainda, a possibilidade de explorar lagos das hidrelétricas, cuja capacidade é de 800 mil toneladas de peixes”, concluiu.

TECNOLOGIA

Na área de tecnologia, a Infovia, a rede de cabos de fibra ótica que transporta dados e informações, além de oferecer 1 giga de velocidade para atender órgãos públicos, incluindo escolas e hospitais, é a preparação do estado para as inovações que virão. “Somos o estado brasileiro que oferece mais velocidade neste campo”, disse o especialista Fábio Folly, da Diretoria Executiva da Tecnologia da Informação e Comunicação (Detic).

Também foram disponibilizadas informações sobre a agricultura, energia, mineração e rede de águas e esgotos.

Aniversário de Porto Velho será comemorado na EFMM

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Com atividades de lazer, esporte, cultura, e também de saúde, além de música para todos os gostos, será comemorado no próximo dia 1º de outubro, domingo, o aniversário de criação do município, ocorrido em 2 de outubro de 1914. As ações serão realizadas pela prefeitura, através da Funcultural (Fundação Cultural de Porto Velho).

EFMM- 2017

O evento será no pátio da estrada de ferro Madeira-Mamoré, no centro histórico da cidade. A agenda de eventos terá início às 9h, com ações de atendimento à saúde, por acadêmicos das faculdades São Lucas e Fimca. Depois das 16h até às 23h, serão exibidas atrações musicais, com grupos de samba, pagode, sertanejo, forró, axé, dentre outros. O prefeito dr Hildon estará presente, assim como seu secretariado e convidados.

O presidente da Funcultural, Antônio Ocampo Fernandes, diz que a opção por se fazer a comemoração um dia antes do dia festivo se explica porque o data ocorre logo após o domingo e a agenda vai até tarde da noite. “A preocupação é que a população tenha tempo de descansar durante o feriado”, explica.

data festiva se explica porque a data ocorre logo após o domingo e a agenda vai até tarde da noite. “A preocupação é que a população tenha tempo de descansar durante o feriado”, explica.

EFMM 1914

Ocampo Fernandes falou da preocupação do prefeito dr Hildon em não deixar a data passar em branco, para manter viva na memória dos portovelhenses a data de criação do município, implantado em 24 de janeiro de 1915.

Sistema de detecção de raios do Brasil melhora alertas para salvar vidas

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Levantamento do Inpe revela que o Brasil teve, em média, nos últimos seis anos, 77,8 milhões de raios por ano (FOTO: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Um mecanismo que começou a ser implantado em 2011 para melhorar a detecção de descargas atmosféricas permite ajudar a salvar vidas no Brasil. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o total de raios identificados no Brasil saltou de 55 milhões, calculados, em 2002, para quase 80 milhões devido a uma nova metodologia de análise, a Rede BrasilDATDataset. O sistema integra diferentes tecnologias de detecção de raios em superfície e permite uma identificação com maior precisão, dando mais eficácia para as situações de alerta.

“A nova rede BrasilDATDataset, além de detectar cerca de 99% das tempestades que ocorrem no país, tem uma base de dados de raios que permite esclarecer a causa da maior parte dos eventos associados aos raios. A rede também permite aperfeiçoar as ferramentas de alerta para a proteção de vidas, considerando que, no Brasil, em média, 300 pessoas são atingidas por raios a cada ano, das quais 100 morrem. O número, embora tenha reduzido nos últimos anos, ainda é muito alto comparado a países desenvolvidos”, diz comunicado divulgado pelo Inpe.

Anteriormente, segundo o Inpe, o número de raios era calculado com base nos dados de satélites, que apresentavam restrições devido à amostragem temporal, uma vez que os equipamentos não eram geoestacionários; à eficiência de detecção, que depende do tipo de tempestade; e à discriminação entre as descargas que atingem o solo e aquelas que ficam dentro das nuvens.

Levantamento feito pelo Grupo de Eletricidade Atmosférica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Elat/Inpe) revela que o Brasil teve, em média, nos últimos seis anos, 77,8 milhões de raios por ano. Com um índice de 44,32 raios por quilômetro quadrado ao ano, a cidade paraense de Santa Maria das Barreiras tem a maior densidade de raios do país.

De acordo com o Inpe, o ano de 2012 foi o campeão em registros de raios em todo o período analisado, com um total de 94,3 milhões de descargas. Segundo o órgão, o fenômeno La Niña, que provocou o aumento da incidência de raios na região Norte do país, foi o responsável pelo recorde.

No ano seguinte, em 2013, foram detectados 92 milhões de raios; mais 62,9 milhões, em 2014; e 68,6 milhões em 2015, quando o El Niño aumentou a incidência de raios na Região Sul e em parte das regiões Sudeste e Centro-Oeste.

Segundo o levantamento, o estado do Tocantins tem a maior densidade de raios por quilômetro quadrado entre as unidades da Federação, com índice de 17,1 ao todo. Ele é seguido pelo Amazonas (15,8), Acre (15,8), Maranhão (13,3), Pará (12,4), por Rondônia (11,4), Mato Grosso (11,1), Roraima (7,9), Piauí (7,7) e São Paulo (5,2).

O governo federal gastou mais de 1 bilhão de reais em auxílio-moradia em 2016

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Pertences do ex-deputado Eduardo Cunha sendo retirados de apartamento funcional em 2016. (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

A fatura dos benefícios diretos e indiretos que o governo concede a parlamentares, servidores e funcionários com cargos comissionados para cobrir suas despesas com habitação é uma conta salgada e difícil de ser acompanhada. Só com auxílio-moradia, os gastos passam de R$ 1 bilhão. No caso dos imóveis oficiais, que não têm uma rubrica específica no Orçamento, eles vão além da manutenção dos apartamentos e passam por liminares contestadas no STF (Supremo Tribunal Federal) e inquilinos indesejados que o governo tenta despejar.

Em 2016, os Três Poderes gastaram R$ 1,145 bilhão com auxílio-moradia, segundo cálculo feito pela organização Contas Abertas, de monitoramento de dinheiro público. De janeiro a agosto de 2017, foram R$ 744 milhões, contra R$ 500 milhões no mesmo período em 2015 (em valores correntes, ou seja, sem atualizar pela inflação).

Esses R$ 1,145 bilhão seriam suficientes para custear, durante um ano, por exemplo, o bolsa-aluguel de 238,5 mil famílias de baixa renda em São Paulo, cidade com o maior déficit habitacional do País.

No caso dos imóveis funcionais, é difícil contabilizar quanto a União gasta com isso, já que esses dados não estão agregados no Orçamento. O que há são empenhos esporádicos de recursos. A Câmara, por exemplo, separou em junho R$ 2,5 milhões para gastar com a limpeza e a portaria de seus apartamentos funcionais, identificou o Contas Abertas.

Além do debate sobre o reequilíbrio das contas públicas, cada vez mais premente diante de quatro anos consecutivos de déficit do governo, esse tema ganhou destaque em agosto, quando o blog da jornalista da Globonews Andreia Sadi revelou que a assessora da primeira-dama Marcela Temer, Cintia Borba, responsável por supervisionar a rouparia e a limpeza do Palácio do Jaburu, passou na frente de outros servidores e conseguiu um apartamento custeado pelo Estado na capital federal.

O governo respondeu que a assessora da primeira-dama cumpriu os pré-requisitos para ocupar o apartamento funcional: tem cargo comissionado de alto nível e não é proprietária de imóvel em Brasília, entre outros.

Borba ocupa, assim, um dos 76 imóveis residenciais da Secretaria de Administração da Presidência da República, cedidos preferencialmente a ministros e, em seguida, a servidores em cargos de “natureza especial” e comissionados.

Quem mais, em Brasília, tem direito ao benefício de imóveis funcionais ou auxílio-aluguel? A lista é longa – inclui membros do Legislativo, do Executivo e do Judiciário.

No âmbito do governo federal, a SPU (Secretaria do Patrimônio da União), do Ministério do Planejamento, administra outros 544 imóveis, ocupados por ministros e servidores de ministérios, agências governamentais, da AGU (Advocacia-Geral da União) e da própria Presidência. Cabe aos ocupantes pagar condomínio e taxas como água e luz.

Cada apartamento custa R$ 12 mil por ano ao governo em manutenção, segundo a SPU, e 230 deles estão desocupados.

Para reduzir as despesas, a secretaria colocou à venda neste ano 24 apartamentos e uma casa na capital federal, que renderam R$ 15,7 milhões à União. Um segundo leilão é previsto para este mês.

Há outros 525 imóveis sob o controle do Itamaraty e 362 sob o Ministério da Defesa, ocupados, por exemplo, por diplomatas, oficiais de Chancelaria e integrantes das Forças Armadas.

A Advocacia-Geral da União informa que correm na Justiça centenas de ações de reintegração de posse de imóveis funcionais – tentativas do governo de recuperar imóveis que considera ocupados ilegalmente. Cerca de 120 desses casos estão pendentes, aguardando decisão judicial.

A União costuma pedir, além da liberação do imóvel, uma indenização pela ocupação irregular, mas muitas ações do tipo se arrastam na Justiça.

Judiciário

A possibilidade de morar às custas do contribuinte também se estende a milhares de membros do Judiciário, na forma de um bilionário auxílio-moradia que se sustenta por uma liminar de 2014.

A decisão provisória, assinada pelo ministro Luiz Fux, do STF, determinou um auxílio-moradia de R$ 4.377 a todos os juízes federais em atividade no País, decisão que, por simetria, se estendeu a membros do Ministério Público e dos Tribunais de Contas – inclusive os que têm residência própria em Brasília.

Estima-se que em torno de 17 mil magistrados e 13 mil procuradores tenham direito ao benefício.

Críticos viram na medida uma forma do Judiciário elevar salários num momento de congelamento do orçamento. O Contas Abertas estima que o custo da liminar, de 2014 até hoje, possa chegar a R$ 4,5 bilhões.

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