Ministério da Justiça questiona pesquisa sobre barateamento de passagem aérea

compra-de-passagem.jpg

A autenticidade de uma pesquisa da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) segundo a qual a cobrança de bagagens despachadas levou ao barateamento das passagens de avião será averiguada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. O Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), vinculado à pasta, questionou a consistência das informações, divulgadas na última quinta-feira (21), e fará uma investigação dos dados apresentados.

De acordo com a pesquisa, a redução no valor das passagens foi de 7% a 30%, entre junho, mês em que a Resolução nº 400, da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), passou a vigorar, e o início de setembro.

Para o DPDC, o levantamento deveria ter exposto com mais clareza a metodologia aplicada, além de ter considerado outros fatores como ocasionadores da queda de preços, como variações do dólar, da inflação e do Produto Interno Bruno (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país).

“O índice máximo da suposta queda do preço [de 30%] também torna suspeita a informação divulgada, considerando que uma oscilação dessa ordem não ocorreria em tão pouco tempo e com base em um fator exclusivo”, afirmou  o chefe da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), Arthur Rollo. A Senacon é vinculada ao DPDC.

Na prática

Com a resolução da Anac, foi estabelecido um aumento da franquia de bagagem de mão de 5 para 10 quilos. O passageiro que estiver com uma bagagem de mão com peso superior a 10 quilos terá que despachar o volume, pagando uma taxa extra. Algumas companhias aéreas permitem que o passageiro opte por pagar pelo volume despachado no momento da compra da passagem ou somente no balcão de check-in. Caso escolha a segunda alternativa, o valor da taxa tem sido mais alto.

STF afasta Aécio do mandato e determina recolhimento domiciliar noturno

aecio.jpg

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu ainda ontem (26), por 3 votos a 2, afastar o senador Aécio Neves (PSDB-MG) do exercício de seu mandato, medida cautelar pedida pela Procuradoria-Geral da República (PGR) no inquérito em que o tucano foi denunciado por corrupção passiva e obstrução de Justiça, com base nas delações premiadas da empresa J&F.

Na mesma sessão, a Primeira Turma negou, por unanimidade, o terceiro pedido de prisão preventiva de Aécio feito pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, que deixou o cargo no último dia 17. Outras duas solicitações de prisão foram negadas por decisões monocráticas (individuais) no STF: uma do ministro Edson Fachin e outra do ministro Marco Aurélio Mello.

Votaram pelo afastamento os ministros Luís Roberto Barroso, Rosa Weber e Luiz Fux, ficando vencidos os ministros Alexandre de Moraes e Marco Aurélio Mello. Pelo mesmo placar, foi determinado que Aécio não pode se ausentar de casa à noite, deve entregar seu passaporte e não pode se comunicar com outros investigados no mesmo caso, entre eles sua irmã Andréa Neves.

Em seu voto, Fux afirmou que a atitude mais elogiosa a ser tomada por Aécio, desde o início, seria se licenciar do mandato para provar sua inocência. “Já que ele não teve esse gesto de grandeza, nós vamos auxiliá-lo a pedir uma licença para sair do Senado Federal, para que ele possa comprovar à sociedade a sua ausência de culpa”, disse.

“Muito o se elogia por ter saído da presidência do partido. Ele seria mais elogiado se tivesse se despedido ali do mandato. Já que ele não teve esse gesto de grandeza, nós vamos auxiliá-lo a pedir uma licença para sair do Senado Federal, para que ele possa comprovar à sociedade a sua ausência de culpa no episódio que marcou de maneira dramática sua carreira política”, disse Fux.

O ministro Roberto Barroso foi o primeiro a divergir do relator, Marco Aurélio, e de Alexandre de Moraes, que abriram o julgamento afastando qualquer medida cautelar contra o senador.

“O fato é que há indícios bastante suficientes, a meu ver, da autoria e da materialidade aqui neste caso”, afirmou Barroso, que fez um longo discurso contra a cultura de corrupção que, segundo ele, superfatura todos os contratos públicos no país.

Para Barroso, é indiferente se o dinheiro de propina vai para o enriquecimento ilícito ou o financiamento ilegal de campanhas políticas. “O maior problema é o ambiente de corrupção e de desonestidade que se cria no país para se obter os recursos para pagar essas propinas. Portanto, se nós queremos mudar essas práticas não é possível ser condescendentes com elas”, afirmou.

Votos vencidos

Logo no início do julgamento, o ministro Marco Aurélio, relator do caso, negou uma questão de ordem suscitada pela defesa para que o caso fosse julgado no plenário do STF, e não na Primeira Turma, no que foi acompanhado pelos demais ministros da Primeira Turma.

Em seguida, Marco Aurélio, primeiro a votar por ser o relator, repetiu os mesmos argumentos com os quais havia devolvido, em julho, no último dia do recesso de meio de ano do Judiciário, o direito de Aécio exercer seu mandato de senador, que havia sido suspenso em maio por Fachin, relator anterior do processo.

Marco Aurélio repetiu as críticas que fez a Aécio na decisão de julho, pelos quais disse ter pago “um preço incrível”. O ministro leu em plenário o currículo político do senador, dados considerados por ele para rejeitar qualquer medida cautelar contra o senador. O ministro Alexandre de Moraes acompanhou o relator.

Denúncia

Em junho, o senador Aécio Neves foi denunciado por Janot por corrupção passiva e obstrução de Justiça, acusado de receber R$ 2 milhões em propina do empresário Joesley Batista, dono da empresa JBS, com o qual foi gravado, em ação controlada pela Polícia Federal, em conversas suspeitas. Em delação premiada, o executivo assumiu o repasse ilegal.

O dinheiro teria sido solicitado pelo próprio Aécio, cujo objetivo seria cobrir despesas com advogados. Em troca, ele teria oferecido sua influência política para a escolha de um diretor da mineradora Vale. Ele nega as acusações, afirmando que a quantia se refere a um empréstimo particular.

Sobre a acusação de obstrução de Justiça, Janot acusou Aécio de “empreender esforços” para interferir na distribuição de inquéritos na Polícia Federal, de modo a caírem com delegados favoráveis aos investigados.

A irmã do parlamentar, Andrea Neves, o primo de Aécio, Frederico Pacheco, e Mendherson Souza Lima, ex-assessor do senador Zezé Perrela (PMDB-MG), também foram denunciados.

Defesa

O senador nega as acusações. Sua principal linha de defesa no processo é a de que a quantia que recebeu de Joesley foi um empréstimo pessoal, sendo uma operação sem nenhuma natureza ilegal.

O advogado Alberto Toron disse que entrará com um pedido de reconsideração, anexando novas provas ao processo. “Há provas a serem produzidas para tirar essa certeza de que houve crime cometido pelo senador”, disse o representante de Aécio.

“Essa é uma decisão que pode ser revista por ocasião de recebimento da denúncia, e a qualquer momento, quando novas provas surgirem. Tenho absoluta certeza de que o Supremo Tribunal Federal, em face de novas provas, saberá rever essa decisão”, acrescentou o representante de Aécio.

Toron afirmou que Aécio está afastado somente da atividade legislativa, podendo manter contato com outras lideranças políticas. “Ele não é um cassado político, à moda do que ocorria na ditadura de 1964. Ele pode falar sobre política, ele pode conversar com lideranças”, afirmou.

Fonte: EBC

Palocci pede desfiliação em carta duríssima entregue ao PT

PALOCCI.jpg

Ex-ministro Antonio Palocci (BETO BARATA/Estadão Conteúdo)

No documento, ele escreve “Não posso deixar de destacar o choque de ter visto Lula sucumbir ao pior da política”

Suspenso pelo Diretório Nacional do PT há cinco dias, Antonio Palocci entregou nesta terça (26) uma carta de desfiliação da sigla (leia o documento na íntegra abaixo). O documento de quatro páginas foi endereçado à presidente do partido, a senadora Gleisi Hoffmann (PR).

No texto, Palocci adota um tom duríssimo contra o partido da qual já foi um dos principais nomes. Diz que o PT deveria reconhecer seus erros e colaborar com a Justiça, sugestão que ele próprio teria dado a Lula e Rui Falcão numa conversa antes de ser preso.

Palocci diz que seu depoimento a Sergio Moro foi absolutamente verdadeiro e que ele tem como provar o que diz. “Não posso deixar de destacar o choque de ter visto Lula sucumbir ao pior da política”, escreveu Palocci.

Na carta de desfiliação entregue à senadora Gleisi Hoffmann nesta terça (26), o ex-ministro Antonio Palocci afirmou que Dilma Rousseff e o ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli vão confirmar o conteúdo das suas denúncias.

“Um dia, Dilma e Gabrielli dirão a perplexidade que tomou conta de nós após a fatídica reunião na biblioteca do Alvorada, onde Lula encomendou as sondas e as propinas, no mesmo tom, sem cerimônias, na cena mais chocante que presenciei do desmonte moral da mais expressiva liderança popular que o país construiu em toda nossa história”.

Na duríssima carta de desfiliação entregue ao Partido dos Trabalhadores, o ex-ministro Antonio Palocci questiona a defesa feita por Lula durante os depoimentos concedidos ao juiz Sergio Moro.

“Até quando vamos fingir acreditar na autoproclamação do ‘homem mais honesto do pais’ enquanto os presentes, os sítios, os apartamentos e até o prédio do Instituto são atribuídos a Dona Marisa?”

Palocci diz que o próprio Lula vai acabar confirmando os atos de corrupção do PT, da mesma forma que chegou a fazer no caso do mensalão, quando deu uma entrevista na França.

whatsapp-image-2017-09-26-at-6-00-43-pm

whatsapp-image-2017-09-26-at-6-01-08-pm

whatsapp-image-2017-09-26-at-6-01-10-pm

whatsapp-image-2017-09-26-at-6-01-11-pm

Fonte: VEJA

FALANDO A VERDADE 26/09/2017

Minutagem:
24’41’’ – O Horário de Verão vem aí.
40’17’’ – Branco se faz passar por Negro para entrar na Universidade.

scroll to top